Com a presença de especialistas do IBMC, do escritor Manuel António Pina e da plataforma de objecção ao biotério
27 de Julho de 2009 (Segunda-feira), 21h30
Clube Literário do Porto
Está prevista a construção, na Azambuja, de um dos maiores biotérios da Europa. Este biotério terá capacidade para criar 25 mil animais para serem usados em experiências científicas. O projecto é promovido pela Fundação Champalimaud em parceria com a Universidade de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian e conta com o apoio da Câmara Municipal da Azambuja e do Governo Português. Veja a notícia da RTP sobre o assunto.
No próximo dia 27 de Julho, segunda-feira, pelas 21h30, no Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, 22), a associação Campo Aberto promove um debate sobre o projecto para a construção do primeiro biotério comercial português. O debate será moderado pela Prof. Anna Olsson (investigadora do IBMC) e contará com a presença do Prof. João Relvas (investigador do IBMC) do escritor Manuel António Pina e de um representante da Plataforma de Objecção ao Biotério.
Numa altura em que a Comissão Europeia está a apostar no desenvolvimento de alternativas à experimentação animal e prevê uma redução na utilização de animais para fins experimentais, qual a contribuição deste biotério para o avanço da ciência?
Venha discutir esta e outras questões com investigadores das mais diversas áreas. Deixe desde já a sua opinião em baixo!
Num país ávido de lugares no pódio, onde maior é sempre melhor e dá prestígio, onde o tamanho é ignorantemente avesso à habilidade, é natural contudo triste que saltem da cartola projectos deste tipo.
A cegueira é de tal especificidade que não permite ver para lá da dimensão, ver os atropelos éticos, ver as alternativas, ver que os países realmente civilizados estão no caminho inverso.
Carecemos, de facto e como vimos sendo alertados, de visões verdadeiramente estratégicas e de futuro, pois este vai cair-nos em cima, sem misericórdia.
É triste ver Portugal sempre no sentido oposto a um caminho de respeito e protecção pelo Mundo em que vivemos. A pequenez e fraqueza de espírito dos governantes desde país, não conhece limites.
Acho da maior importância que sejam feitas duas coisas:
– Que se crie uma entidade de supervisão que monitorize onde e como são utilizados os animais criados, e que crie um conjunto de regras a serem observadas.
– Que não se façam retrocessos sociais a custo de falsas moralidades e de ignorância, veja-se o retrocesso da investigação nas células estaminais.
Neste sistema, em que o que conta para a maioria das pessoas é o dinheiro, acumular riqueza, desprezando a vida em prol do cpaital “vil excremento do diabo”, pouco sobra para tratar da natureza e das pessoas.
Esta democracia é o “reino da barafunda”, tipificada nos partidos e nos interesses pessoais e economicos. Enquanto o Homem nao se submeter à Natureza no seu conjunto, deixando de a agredir e explorar, o nosso destino inexoravel vai ser a destruiçao. Enquanto não metermos nas nossas cabecinhas, que somos os “conservadores” agora das futuras geraçoes, gerindo agora o futuro dos vindouros, Homem, e todo o mundo vegetal e animal, estamos a autodestruir-nos.
Portugal traficou, escravizou e armazenou em senzalas milhares de humanos tirados de suas diversas colônias em nome do desenvolvimento econômico. Agora reproduz de maneira HOMÓLOGA no campo científico tamanha violência contra outros seres vivos.