CICLO DE CINEMA SOBRE AGRICULTURA, RURALIDADE, SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
No Porto, Cinema Passos Manuel (junto ao Coliseu)
SEIS SESSÕES, DUAS POR DIA, AO LONGO DE TRÊS DIAS
Março 31 (quinta) + Abril 1 e 2 (sexta e sábado) sempre às 18:30 e 21:30
EXTRA: SEXTA 1 ABRIL 17:00 – APRESENTAÇÃO DE MARIE-MONIQUE ROBIN
Compra de Bilhetes e de Passes Se não reservou ou comprou antecipadamente, pode comprar bilhete para cada sessão individual na bilheteira, que abre 45 minutos antes de cada uma das sessões (cada bilhete, €3,00). Para o passe, que dá direito a todas as seis sessões (duas por dia), e que custa €12,00, só tem vantagem se adquirido o mais tardar no primeiro dia do ciclo. Condições especiais – reserva de bilhetes e passes e compra antecipada É já possível comprar bilhetes e passes antecipadamente. Pode fazê-lo na sede da Campo Aberto (Rua de Sta Catarina, 730-2.º andar no Porto, no seguinte horário: segundas, das 14:30 às 17:30; terças, das 14:30 às 17:30; quartas, das 10:30 às 12:30 e das 14:30 às 17:30; quintas, das 14:30 às 18:00). Se não lhe der jeito ir levantar os seus bilhetes a esse local, pode comprá-los por transferência bancária e solicitar que lhe sejam entregues na bilheteira do Cinema Passos Manuel a partir de quinta 31 de março às 17:15 e sempre 45 minutos antes de cada sessão ao longo dos três dias. Esse sistema só pode ser usado até terça 29 de março. A partir daí, só na sede da Campo Aberto no dia 30 ou na bilheteira a partir de 31 de março. IBAN PT50003507300003575610354 Em descritivo indique o seu nome e a data e hora da sessão ou das sessões que quer adquirir. Exemplo: Melo31mar18H. Para passes, use: MeloCCTPasse. Se não puder indicar descritivo envie comprovativo por email para atividadesca@gmail.com Cada bilhete custa 3 euros, e um passe – que dá acesso a todas as sessões – custa 12 euros. Se comprar três bilhetes (para a mesma sessão) recebe um quarto bilhete gratuito (para a mesma sessão). Se comprar três passes recebe um quarto passe gratuito. Além disso, quem comprar 12 bilhetes (de uma ou várias sessões) recebe um passe gratuito. Assim pode associar os seus familiares, colegas e amigos à compra de bilhetes e passes, resultando um bilhete ou passe gratuito para uma pessoa. Aproveite por isso para apoiar a divulgação desta iniciativa, revendendo bilhetes ou passes e assim garantindo o seu acesso grátis! Contacto para reservas e mais informações: atividadesca@gmail.com |
Coorganização: Associação Colher Para Semear – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais e Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
Apoios: este festival tem o patrocínio da Porto Editora (em especial, relativo aos direitos de exibição dos filmes de Marie-Monique Robin), da Santa Casa da Misericórdia do Porto (relativo à produção de divulgação gráfica), de IdealBio Produtos Biológicos (relativo a outras despesas implicadas), e da LIPOR (relativo a despesas relacionadas com a exibição em sala), e conta ainda com o apoio do Cinema Passos Manuel.
Leia mais abaixo (clique aqui em cada tópico para «saltar» para cada secção do texto):
• Programa
• Contexto e Histórico
• Metodologia
• A II Mostra Filme a Filme
• Biobibliografia de Marie-Monique Robin
PROGRAMA
Se o dia inicial, 31 de março, apresenta apenas filmes portugueses, os dois dias seguintes apresentam dois filmes por dia todos da mesma autora/realizadora, a jornalista de investigação e realizadora francesa Marie-Monique Robin, várias vezes premiada e Legião de Honra pelo Governo francês, que estará presente nesses dois dias. Na sexta 1 de abril das 17:00 às 18:15 será apresentada pelos organizadores e por ela própria. Sempre que possível, os filmes serão seguidos de debates, nos limites de tempo disponíveis. O cartaz desta Mostra inclui o programa pormenorizado. Está também disponível um folheto desdobrável com resumos de cada filme.
31 de Março, quinta-feira
18:00 Abertura
18:30/20:30
Águas em conta: realização Carlos Eduardo Viana; produção: Ao Norte; duração; duração 55 minutos
Milho à terra!; realização: Carlos Eduardo Viana; produção: Ao Norte; duração: 50 minutos
21:30 / 24:00
Planalto; realização: Gonçalo Mota; duração: 10 minutos
Acto I – Ao Encontro da Semente; realização: Sara Baga; duração 15 minutos
O Pão que o Diabo Amassou; realização: José Vieira; duração: 82 minutos.
1 de Abril, sexta-feira
17:00 / 17:30
Apresentação de Marie-Monique Robin e debate
17:30 / 19:50
O Mundo Segundo a Monsanto, de Marie-Monique Robin; duração 2:20
19:50 /20:30 Debate
21:30 / 24:00
O Nosso Veneno Quotidiano, de Marie-Monique Robin; duração 2:20
2 de Abril, sábado
18:30 / 20:30
As Colheitas do Futuro, de Marie-Monique Robin; duração 1:36
21:00 / 24:00
Mas que Belo Crescimento! de Marie-Monique Robin; duração 1:32
CONTEXTO E HISTÓRICO
A iniciativa de uma mostra de cinema dedicada às questões da agricultura, da ruralidade, da saúde e da alimentação no mundo contemporâneo tem por base uma conjunção de fatores: a agricultura passou a ser um problema de vastas dimensões, ultrapassando grandemente a sua simples caraterização económica como setor primário, os territórios rurais estão a passar por importantes alterações, entre as quais avulta o seu abandono, alterações essas resultantes do deperecimento das artes agrárias, e estes processos têm vindo a ser documentados e questionados por trabalhos cinematográficos de grande valor, que já constituem um espólio notável. O mundo urbano, por seu lado, tem o maior interesse em tudo o que se passa no mundo rural, já que depende inteiramente dele, no sentido lato, para se alimentar e sobreviver.
Histórico
A ideia de se apresentarem publicamente, num pequeno festival, alguns dos filmes que desde há duas décadas têm vindo a ser realizados sobre estas temáticas surgiu no seio da associação Colher Para Semear – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais, por estar diretamente confrontada com as práticas agrícolas e a produção de alimentos, ideia a que aderiu a Campo Aberto – Associação de Defesa do Ambiente, com sede na região do Porto. Com esta parceria, e tendo a Campo Aberto desde a sua fundação em 2000 dedicado atenção prioritária aos problemas do ambiente urbano e do ambiente rural, divulgando e incentivando também a agricultura urbana sempre que o pode fazer, introduz-se um elemento voltado igualmente para a cidade e para a alimentação, que inclui a perspetiva do consumidor e dos perigos a que está exposto devido a algumas das modernas práticas de produção de alimentos, provenientes da agricultura e da pecuária convencionais intensivas.
Um primeiro ciclo (que incluiu cinco filmes europeus, um norte-americano e um japonês) foi organizado em Novembro de 2014 em Idanha-a-Nova, com apoio financeiro da edilidade local, e pretende-se dar seguimento a esta iniciativa.
Na medida em que nesta Mostra, nos dois últimos dos três dias, se pretende dar a conhecer as questões abordadas por esta filmografia de Marie-Monique Robin da forma mais ampla possível, desejamos que algumas das projeções, dentro das condicionantes de tempo existentes, sejam seguidas de debate, havendo na sexta 1 de abril uma apresentação da realizadora e da sua obra, que precederá a exibição dos seus filmes. Ao mesmo tempo, serão facultadas diversas publicações no foyer do cinema, designadamente os livros de Marie-Monique Robin correspondentes a cada um dos seus filmes, entre os quais um traduzido no Brasil (O Mundo Segundo a Monsanto). Atividades complementares estão em projeto.
FILME A FILME NA II MOSTRA CINEMA COM TERRA
Águas em conta: realização Carlos Eduardo Viana; produção: Ao Norte; duração; duração 50 minutos
Este filme acompanha a divisão da água de rega na Montaria (S. Lourenço), a mais extensa freguesia do concelho de Viana do castelo, onde essa partilha é uma tradição ancestral, ainda hoje visível em algumas aldeias de Portugal. Regista o depoimento de responsáveis pela gestão da água e de agricultores que a utilizam, bem como os trabalhos comunitários que lhe estão associados, como a limpeza e a manutenção dos regos, levadas e espaços de retenção da água. A água que corre livre nas levadas e ribeiros é dividida durante os meses de verão para irrigar os campos agrícolas. Esta partilha obedece a um complexo sistema de divisão profundamente enraizado nas populações rurais. Há dias e horas marcados que são escrupulosamente cumpridos pelos consortes que têm direito à água.
Milho à terra!; realização: Carlos Eduardo Viana; produção: Ao Norte; duração: 50 minutos
Realizado com a colaboração de agricultores da freguesia de Outeiro (concelho de Viana do Castelo, a cerca de 7km a norte desta cidade), o filme acompanha todo um ciclo de vida agrícola: a preparação das terras, a gradagem. a sementeira do milho, as sachas, as regas, a colheita, a desfolhada na eira, a trituração do grão no moinho e o fabrico do pão. Mostra práticas e técnicas da vida rural que, nas últimas décadas, se perderam.
Planalto; realização: Gonçalo Mota; duração: 10 minutos
Alegoria de algo que pode acontecer a todo o instante (e que na realidade está a acontecer a todos os instantes), a ação de Planalto decorre em 2034, numa região, pelo que podemos subentender, que o progresso industrial tornou quase desabitada.
Seed Act – Acto Semente: realização: Sara Baga; produção: Liquen; duração: 15 minutos
Num ambiente cada vez mais hostil para o uso e preservação de sementes tradicionais, apenas alguns perceberam que a aniquilação da biodiversidade pode estar próxima. A partir das margens da sociedade operam visionários. São guardiões de sementes, que agem em diversos contextos para proteger a nossa herança global. Neste 1.º Acto, vamos ao Encontro da Semente, onde o humilde grão guia o valoroso labor da Associação Colher para Semear.
O Pão que o Diabo Amassou; realização: José Vieira; duração: 82 minutos.
Numa aldeia da Beira Alta – Adsamo – José Vieira interpela os moradores como alguém da família, captando a visão do mundo de pessoas que vivem a um ritmo oposto ao das cidades e que não invejam os «grandes centros». Estas pessoas constituem um repositório de filosofia, feita de uma experiência que vem de longe; a sua aparência simples, de aldeãos, pode ocultar essa riqueza mental aos olhares superficiais formatados pelo especioso significado do que é o progresso. O cineasta é em Adsamo um observador imerso na comunidade, promotor de diálogo e de revelações. Foi dali perto, quando tinha sete anos, que os pais, emigrantes, o levaram para França, onde vive.
Muito antes da crise económica de 2008, o mundo rural já se encontrava ameaçado pelo alastrar da monocultura global, essencialmente urbana e dominada pelo mercado. Se no século XVIII havia um romantizar da vida campestre e dos camponeses, no século XX esta mostrou-se uma forma de vida dura e trabalhosa. Mesmo com os esforços do Estado Novo de construir um ideal de um Portugal rural «honesto», a fuga das pessoas para as cidades e para os latifúndios alentejanos à procura de formas de subsistência transformou o interior nortenho do país. Conta-se aqui uma história que se repete vezes sem conta num interior que desaparece pouco a pouco.
O Mundo Segundo a Monsanto
Este filme narra a história da multinacional norte-americana Monsanto, hoje líder mundial dos OGM, considerada como um dos grandes poluidores da era industrial (PCB, agente laranja, hormonas de crescimento, Roundup…). Após uma investigação que durou três anos, na América do Norte e do Sul, na Europa e na Ásia, o filme reconstitui a génese de um império industrial que se tornou um dos primeiros fornecedores de sementes do mundo.
Baseado em documentos e depoimentos inéditos de cientistas, advogados, políticos e representantes da Food and Drug Administration ou da Environmental Protection Agency dos Estados Unidos, este documentário mostra como se esconde, por trás da imagem da empresa limpa e verde que a propaganda publicitária apresenta, um projeto hegemónico que ameaça a segurança alimentar do mundo e o equilíbrio ecológico do planeta.
O Nosso Veneno Quotidiano
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a incidência da taxa de cancro duplicou nos últimos trinta anos (deduzido o fator de envelhecimento da população). Ao longo deste período, a progressão de leucemias e tumores cerebrais nas crianças foi de cerca de 2 por cento por ano. E a OMS constata uma evolução similar nas doenças neurológicas (Parkinson e Alzheimer) e autoimunes, ou nas disfunções da reprodução humana. Como explicar esta inquietante epidemia, que atinge em particular os países ditos «desenvolvidos»?
É a esta questão que responde O Nosso Veneno Quotidiano, resultado de uma investigação de dois anos na América do Norte, na Ásia e na Europa. A partir de numerosos estudos científicos, mas também dos depoimentos de representantes de agências de regulamentação como a FDA americana ou a Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA), o filme mostra que a causa principal da epidemia é de origem ambiental: deve-se às cerca de cem mil moléculas químicas que invadiram o nosso meio ambiente, e principalmente a nossa alimentação, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Este documentário descreve o modo de produção dos alimentos desde os campos agrícolas (pesticidas) até ao prato dos consumidores (aditivos e plásticos alimentares), analisa com detalhe o sistema de avaliação e homologação dos produtos químicos, através dos exemplos dos pesticidas, do aspartamo e do Bisfenol A, e mostra que este sistema é inteiramente deficiente e inadequado. Revela as pressões e manipulações a que a indústria química recorre para continuar a ter no mercado produtos altamente tóxicos e explora as pistas graças às quais as pessoas podem proteger-se, apoiando os seus mecanismos imunitários na… alimentação, como demonstram muitos estudos científicos (caluniados pela indústria… farmacêutica).
As Colheitas do Futuro
Durante dois anos, Marie-Monique Robin deslocou-se a doze países, de quatro continentes, em busca da resposta a uma interrogação: poderá uma agricultura sã impor-se e desempenhar a missão fundamental de alimentar o mundo? E, do mesmo passo, poder-se-á calar o bico à ideia de que sem os produtos químicos os rendimentos baixariam 40 por cento?
A sua resposta é positiva. Para o demonstrar, a autora concentra-se em experiências diversas e de grande alcance. A agroflorestação, que incorpora na atividade agrícola a cultura de árvores com vista às suas contribuições positivas (sombra, húmus, humidade, madeira, fruta, etc.), é um dos «achados» mais surpreendentes dos agrónomos que formalizaram este princípio, já conhecido dos nossos antepassados. No Malawi, a conversão à cultura do milho sob «árvores leguminosas», que fertilizam o solo, convenceu 120 000 famílias, que deixaram de ter fome e viram aumentar os seus rendimentos.
Dezenas de milhares de pequenos camponeses exploram um princípio similar em hortas florestais do Bangladeche, em comunidades rurais do Quénia, dos Camarões ou da Nigéria. E em França também podemos ver belas culturas de milho na companhia de nogueiras. Seria possível fazer a mesma coisa em 40 por cento das terras europeias.
Esta «viagem à agroecologia» revela um sem número de técnicas simples e astuciosas face aos bulldozers das tecnologias convencionais: coberto vegetal permanente, semeadura direta, enterramento de vegetais em verde, fertilização natural, plantas que repelem ou atraem os animais nocivos, etc.
Da Alemanha, do México ou do Japão chegam-nos baforadas de oxigénio cujos resultados quase nos deixam incrédulos.
Os bons resultados agrícolas ultrapassam com frequência os da agricultura convencional, os custos de exploração baixam, sem excesso de trabalho, e os rendimentos destes agricultores aumentam. E não se trata de êxitos excecionais. Vastas extensões de terras e diversos relatos de agências da ONU ou de institutos muito sérios apoiam a credibilidade de uma verdadeira transição agronómica mundial. A conclusão otimista presente neste filme é sem dúvida apenas um início. Mas revela que a influência do agronegócio já começou a baixar. (Adaptado de um artigo de Patrick Piro, na revista francesa Politis, Outubro de 2012).
Mas Que Belo Crescimento!
Num registo diferente dos dois primeiros filmes e dando continuidade ao terceiro, este documentário procura esboçar, de forma prospetiva e portadora de esperança, o que, no plano essencial da agricultura e das energias, já se encontra no terreno, em diversos países do mundo, com vista à superação de um sistema político-económico essencialmente devastador. Um conjunto de empenhados investigadores diz aqui, em diversos tons, que é preciso dizer adeus ao crescimento exponencial e infinito, e, ao mesmo tempo, ao inesgotável maná das energias carbonadas. E, por isso, conceber concretamente soluções para uma mudança de paradigma económico, ecológico, social.
São estas soluções em curso um pouco por todo o mundo que a autora documenta, mostrando campos tão vastos como a agricultura urbana, de Toronto a Rosário, na Argentina, a auto-suficiência energética numa ilha dinamarquesa ou num vale do Nepal, a criação de moedas locais numa ex-favela brasileira ou numa povoação da Bavária.
A viagem termina no Butão, país que é abordado como laboratório de uma mudança global, onde a famosa «felicidade nacional bruta» substituiu o PIB como instrumento de avaliação do desenvolvimento. Alternando reflexões de investigadores sobre a sociedade pós-crescimento e imersão concreta em germinantes iniciativas locais (designadamente de dez mulheres «lançadoras de futuro»), os 90 minutos deste filme, abundante em informações, têm uma inegável virtude: são um estimulante reservatório de ideias e de energia. (Adaptado de um apontamento crítico da revista francesa Télérama, de 1-11-2014).
BIOBIBLIOFILMOGRAFIA DE MARIE-MONIQUE ROBIN
Marie-Monique Robin, jornalista de investigação e cineasta, foi galardoada com dois dos mais importantes prémios de jornalismo, o Albert Londres, francês, em 1995, e o Rachel Carson, norueguês, em 2009, além de muitos outros (até agora, são cerca de trinta). Em 2013 foi condecorada em França com a Légion d’Honneur. A sua filmografia, desde 1989, abarca até à data cerca de quarenta filmes, entre curtas e longas-metragens, em que tem abordado uma grande diversidade de assuntos. São de citar, por exemplo, Cuba si, Cuba no (1990), Voleurs d’organes (1993), La Faillite des paysans (1997), Escadrons de la mort, l’école française (2003), Torture made in USA (2008), Les déportés du libre échange (2012). A sua bibliografia (onze obras editadas) é paralela às suas longas-metragens, sendo essa aliás uma particularidade do seu trabalho de investigação: os seus livros constituem aprofundados dossiês sobre os assuntos investigados. É formada em ciências políticas pela Universität des Saarlandes, da Alemanha, e em jornalismo pela Universidade de Estrasburgo.
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