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style=’font-size:18.0pt;font-family:GillSans’>Comunicado à imprensa
style=’font-size:16.0pt;font-family:”GillSans Light”‘>
style=’font-size:12.0pt;font-family:”GillSans Light”‘>4 de Junho de 2003
lang=PT style=’font-size:22.0pt;line-height:130%;font-family:GillSans’>Basta de
destruição dos espaços verdes!
Os espaços públicos em
geral e as zonas verdes em particular constituem um dos pilares fundamentais
que compõem uma cidade. São muito mais do que meros locais de repouso ou
desafogo: são locais que promovem activamente a coesão social – favorecem o
convívio entre diferentes idades e estratos da população –, a prática de
desporto, o respeito e o contacto com a Natureza (incluindo os seus vários
elementos, como o solo), a inspiração, a reflexão,… Diversificam a paisagem
urbana, tornando-a mais alegre e convivial, permitem a infiltração da água e
facilitam a dispersão dos poluentes. Possuem ainda um inegável valor intrínseco
que pode ser sentido quando observamos uma árvore secular, com toda uma carga
simbólica a ela associada.
Este valioso conjunto de
funções que as zonas verdes desempenham justifica plenamente o investimento que
lhes é atribuído, e justificaria porventura um investimento bem maior, não
fosse, contudo, a lamentável forma com que aqueles espaços são encarados.
Devido a uma exígua e
anacrónica visão do que deve ser o ordenamento do território, o espaço público
acaba por sucumbir demasiadas vezes perante a instalação de estruturas pesadas
que, naturalmente, se deveriam situar noutros locais – o que, houvesse um
planeamento do território rigoroso e pensado a longo prazo, seria perfeitamente
viável. Mesmo que se revele mais oneroso à partida optar por soluções com
menores impactos, isso seria por norma preferível, mesmo do ponto de vista
económico, se os custos ambientais e sociais fossem devidamente incorporados
nas avaliações custo‑benefício.
A construção de parques
de estacionamento subterrâneos em diversas praças, por exemplo, provocou a destruição
destas e do seu coberto vegetal, bem como à perda de parte significativa da
identidade da urbe e à profunda deterioração da sua paisagem. As praças ficam
irremediavelmente condenadas, pois, na maior parte dos casos, a plantação de árvores
com algum porte torna-se impossível. Os portuenses sentem-se cada vez mais
estrangeiros na sua própria cidade!
É comum acenar com o
transplante de árvores afectadas por intervenções como uma panaceia, como se
assim todos os problemas estivessem resolvidos. É preciso salientar que esta
deve ser uma solução de último recurso, a tomar somente quando todas as medidas
a montante destinadas a conservar o coberto arbóreo estiverem esgotadas.
A Campo Aberto e a Olho Vivo
pretendem com esta acção difundir uma mensagem que consideramos ser da maior
importância para o futuro da cidade:
Vale a pena pagar para proteger o espaço público! É preciso um novo
paradigma que rompa terminantemente com os péssimos exemplos do passado e que passe
a respeitar as características paisagísticas e históricas das zonas verdes e o
seu coberto vegetal.
Basta de destruição do nosso património arbóreo e dos espaços verdes!
Apelamos aos cidadãos para manifestarem o seu desagrado pela forma
como os jardins têm sido tratados e para exigirem a criação de uma rede de
novos espaços verdes. Apelamos ainda à Câmara do Porto para que, a partir de
agora, nem mais um jardim seja sacrificado.
lang=PT style=’font-size:14.0pt;line-height:130%;font-family:GillSans’>A LISTA
DOS ATENTADOS
lang=PT style=’font-size:12.0pt;line-height:130%;font-family:GillSans’>(lista
não exaustiva, e limitada ao Porto!):
style=’border-collapse:collapse;border:none’>
lang=PT style=’font-family:GillSans’>Caso
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Impactos resultantes ou previstos
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Metro
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Rotunda e Av. da Boavista
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Provável abate de árvores de
grande porte. Desvirtuação do jardim.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Jardim do Marquês
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Transplantados e mutilados três
plátanos enormes que, se sobreviverem na Praça Velasquez, em caso algum
deverão ser novamente transplantados. Maior parte do jardim ocupado.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Campo 24 de Agosto
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Várias árvores de grande porte
cortadas. Parte do jardim ocupado.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Av. dos Aliados
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Retirados cerca de uma dezena de
bordos.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Trindade
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Transplantados cerca de uma
dezena de plátanos da Rua de Camões
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Urbanizações
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Fluvial
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>A verificar-se, será abatido um
pequeno bosque de sobreiros, espécie que cujo abate é, por princípio,
proibido por lei específica.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Terreno junto ao Hospital da
Prelada
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>O projecto prevê o abate quase
total de um pequeno bosque cerrado com uma enorme variedade de espécies,
incluindo árvores autóctones pouco comuns na cidade (lódão, faia, carvalhos,
pinheiro manso, oliveira, pereira, azevinhos, vidoeiros, loureiros e
figueira) entre várias outras ornamentais (plátanos, bordos, cedros,
camélias, magnólias).
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style=’page-break-before:always’>
style=’border-collapse:collapse;border:none’>
lang=PT style=’font-family:GillSans’>Porto 2001
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Jardim da Cordoaria
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Desaparecimento do coberto
arbustivo. Artificialização, impermeabilização e mineralização do solo.
Destruição das características históricas e paisagísticas do jardim,
nomeadamente do seu carácter intimista e romântico.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Praça Parada Leitão
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Abate totalmente desnecessário
de mais de uma dezena de plátanos de grande porte.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Parque da Cidade
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>O “edifício transparente” cortou
parte da ligação do Parque ao mar ao ocupar uma faixa significativa da sua
frente marítima.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Jardins da Av. Montevideu
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Perda de identidade e
artificialização do jardim. Desaparecimento dos canteiros.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Praça Primeiro de Dezembro
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Substituição do jardim por uma
placa de cimento. Remoção da palmeira que estava no centro.
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Parques de estacionamento subterrâneos
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Praça do Infante D. Henrique
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Destruição absurda de todo o
coberto arbóreo e da praça em si mesma, incluindo vários castanheiros‑da‑Índia
de grande porte.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Jardins do Palácio de Cristal
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Abate de cerca de cinco plátanos
enormes.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Praça Carlos Alberto
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Abate de todo o coberto vegetal.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Praça dos Leões
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Destruição da identidade da
praça, seus canteiros, calçada, e da pedra da fonte (foi substituída por
cimento, pasme-se!) e o abate das palmeiras é inevitável a curto prazo.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Hospital de S. João
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Abate de várias árvores de
grande porte (para a construção de um parque de estacionamento e de um
hotel!).
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Desaparecimento da arborização das ruas
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Alguns arruamentos da Foz e
Nevogilde
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>As árvores cortadas foram
substituídas por alcatrão, alcatrão esse que cada vez mais envolve as árvores
ainda existentes e as asfixia.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Av. da França
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Idem.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Av. do Marechal Gomes da Costa
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>A dupla fileira de grandes
árvores está a ser substituída sem motivo evidente por uma única fileira ao
centro.
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lang=PT style=’font-family:GillSans’>Acessibilidades para o Euro 2004
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Av. Fernão de Magalhães
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Vários castanheiros-da-Índia
transplantados devido à construção de um túnel. Criação de uma barreira
significativa à mobilidade dos peões e deterioração do carácter urbano da Av.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Rotunda a construir na Av. de
Sidónio Pais junto às bombas de gasolina da Galp já desactivadas
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Vai obrigar ao abate de alguns
plátanos de grande porte.
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Reperfilamento da Rua o Primeiro
de Janeiro
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lang=PT style=’font-family:”GillSans Light”‘>Vai obrigar ao transplante de
uma vintena de tílias. O reperfilamento é perfeitamente desnecessário para
aquilo que se pretende.
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lang=PT style=’font-size:14.0pt;line-height:130%;font-family:”GillSans Light”‘>
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