April, Campo Aberto, Fapas, Grupo
Gaia, NDMALO, Olho Vivo, Quercus e Terra Viva
Exmos. Srs.
Temos o prazer de convidar o V. órgão de comunicação social para a visita ao Parque Oriental, no Porto, já
neste Sábado (ver detalhes em baixo). Na visita os participantes poderão ficar
a conhecer o Vale de Campanhã, sua paisagem, fauna e flora. A plataforma
associativa pretende, para além de dar a conhecer esta bela zona da cidade,
alertar novamente para a necessidade da sua preservação e de evitar a todo o
custo o seu atravessamento pela Alameda de Azevedo.
Agradecíamos ainda a divulgação prévia desta iniciativa.
Com os melhores cumprimentos
Nuno Quental
Visita guiada ao Parque Oriental da Região do Porto (gratuita) 24 de Abril, Sábado,
pelas 14:30, em frente ao Horto do Freixo, junto à rotunda
Apareçam, no próximo dia 24 de
Abril, Sábado, pelas 14:30, junto ao Horto do Freixo (saída do Freixo da VCI,
chegando à rotunda é na segunda saída, junto às árvores), e venham fazer parte
da Plataforma Cívica de Defesa do Parque Oriental. Dos 8 aos 80! Todos juntos
faremos a diferença.
A visita vai ser acompanhada por
especialistas das áreas da botânica e ornitologia, que ajudarão os
participantes a identificar as espécies existentes na área.
O Parque Oriental abrange uma
área de cerca de 85 ha e estende-se ao longo do troço final dos vales dos rios
Tinto e Torto. A paisagem é marcadamente rural, embora algo degradada devido à
poluição, às urbanizações desordenadas e ao impacto visual e sonoro de algumas
vias de comunicação.
Contudo, o Parque Oriental não
deixa de possuir uma notável beleza, em boa parte devida aos corredores
ripícolas dos dois cursos de água, aos pequenos bosques, às ainda numerosas
árvores, grande parte das quais autóctones, à fantástica Quinta das Areias,
onde se encontra instalado o Horto Municipal, e ainda graças à variedade de
aves que lá se encontram. Estes valores ganham uma dimensão especial quando
verificamos que o Parque Oriental se situa em plena cidade do Porto – e,
portanto, no seio de uma região urbana bem mais ampla que tem sofrido com a
explosão caótica de cimento e com a falta generalizada de espaços verdes,
sobretudo de dimensão significativa.
Por todas estas razões é inegável
o potencial recreativo, educativo e mesmo produtivo do Vale de Campanhã.
Salvaguardar o Parque Oriental deveria ser um objectivo claramente assumido
pelos poderes públicos. Mas não é. A Câmara Municipal do Porto propõe-se
construir uma estrada, falaciosamente denominada “Alameda de
Azevedo”, inútil em termos de tráfego por estarem previstas vias
alternativas, que, por incrível que pareça, e contrariando uma promessa
eleitoral que perpassou executivos de cores diferentes ao longo de mais de 10
anos, romperá o espaço verde ao meio, fragmentando-o de uma forma
incompreensivelmente arbitrária.
Simultaneamente, o Parque
Oriental é, talvez, dos projectos actualmente em curso que maior potencial
apresenta para aumentar a qualidade de vida da carenciada população local.
Estas pessoas têm sido esquecidas, mas está na altura de pensar também no seu
conforto e dignidade. As associações de defesa do ambiente do Porto estão
unidas em torno da salvaguarda do Parque Oriental. E querem mostrar a todos os
interessados os valores ecológicos e paisagísticos da área. A Alameda de
Azevedo em nada poderá auxiliar à recuperação da zona. Pelo contrário,
inviabilizará o desenvolvimento harmonioso, centrado na criação do Parque
Oriental, que a plataforma Convergir propõe.
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