[PNED] OS EMPATAS: Boletim 29.07.04
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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
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Quinta-feira, 29 de Julho de 2004
Destaque: OS EMPATAS
Escândalo! Não é que classificaram as margens da albufeira da Aguieira como
protegidas? Como se atrevem? Não vêem que assim se impede o desenvolvimento
turístico das suas margens?
Não, isto não é Portugal. Temos sempre a tendência para dizer: “só nesta
país!”. Mas não. Quem acompanhou e acompanha o que se passou e passa nos EUA
com a administração Reagan ou a administração Bush (e mesmo em parte nos
intervalos), quem veja o que se passa em França, para citar apenas dois
exemplos, sabe que o processo de auto-aniquilamento das bases vitais em que
assenta toda economia e toda a sociedade (pulsão suicidária que, sob outra
forma, Freud previra) parece imparável em todo o mundo.
Mas com o mal dos outros podemos nós bem, pensaríamos. Cá é que nos custa
mais. Mas… há trinta anos que temos vagas de incêndios estivais… e que
progredimos? Nunca foram tão gigantescas como as de há dois anos para cá,
acompanhando o processo geral de degradação climática pelo qual no fundo
quase ninguém se sente responsável.
E o Alviela? Denuncia-se agora (e bem) a mortande de peixes no rio Alviela e
clama-se: Basta de poluição no rio Alviela! Mas isso é o que se diz desde
pelo menos 1977, quando já a CLAPA, um dos primeiros grupos ecologistas que
existiu em Portugal (Comissão de Luta contra a Poluição do Alviela) o
proclamava alto e bom som… e todos os sucessivos governos prometiam atacar
o problema de raiz! Ora o que aconteceu? Aconteceu que há hoje muitos mais
rios, barragens e albufeiras onde o mesmo se passa!
Numa situação em que só talvez quando a generalidade do ambiente estiver
degradado de forma insuportável até para o senhor presidente da Câmara de
Santa Comba Dão é que a população se voltará em massa para as soluções que
preconizamos há décadas (e então talvez se volte contra nós e nos exija
soluções milagrosas que só todos os cidadãos em conjunto poderiam aplicar),
que podemos entretanto fazer? Criar bolsas de resistência e de alternativa,
sabendo que só muito lentamente serão compreendidas, que mesmo os nossos
mais próximos muitas vezes não compreenderão e acharão que exageramos ou que
somos extremistas (“fundamentalistas”, como eles dizem), e sabendo que as
probabilidades de êxito são mínimas… e mesmo assim sabendo que nada disso
terá força suficiente para nos fazer desistir ou tergiversar.
Lá nos encontraremos.
Felicidades
JCMarques
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1. Mural com Dez Metros para Os Jardins da Câmara de Famalicão
pt/publico/2004/07/29/LocalMinho/LM03.html
Por ÂNGELO TEIXEIRA MARQUES
A aquisição de uma escultura, por 180 mil euros, alusiva à passagem dos 170
anos de criação do concelho de Vila Nova de Famalicão suscitou ontem acesa
discussão na reunião do executivo municipal. https://jornal.publico.
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2. Câmara de Viana Admite Atrasos na Execução do Programa Polis
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