Boletim PNED de 24 de Fevereiro de 2005

por Campo Aberto | Fev 24, 2005 | PORTO E NOROESTE EM DEBATE | 0 Comentários

[PNED] Serviços de Ambiente no Porto/A Metro e a Pala: Boletim 24.02.05

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Destaque: Serviços de Ambiente no Porto/A Metro e a Pala

Vegetação é lixo para os serviços de ambiente no Porto: que se retire lixo
das escarpas da Arrábida, muito bem. Mas vegetação? Porquê retirar a
vegetação? Que concepção de “ambiente” têm os seviços de ambiente do Porto
que consideram “lixo” a vegetação nas escarpas?

Mais gente revoltada com a Metro. Desta vez são os comerciantes de
Matosinhos.
Independentemente do motivo da revolta – a pala – o verdadeiro motivo é a
falta de palavra e a não fiabilidade. Já muitos experimentaram essas
qualidades da Metro: os amantes dos jardins e das árvores do Porto, o
Politécnico, o Hospital de São João, os habitantes da zona da Avenida da
Boavista, os moradores da Póvoa. Isto diz alguma coisa da “metro como
pessoa de bem”.
Mas quanto à pala… Será que a única maneira de os portugueses não serem
prisioneiros dos fechados centros comerciais é que se lhes fechem ou cubram
as ruas? Nada no nosso clima justifica essa aberração. Em países bem mais
frios que o nosso, onde apesar de tudo agora até chove raramente no litoral
Norte, o comércio de rua sem pala e sem cobertura anima permanentemente as
cidades.
Enquanto faziam entre 13 e 16 graus em Lisboa e no Porto, em Roma faziam 7
ou 9, e em toda a cidade o comércio de rua florescia. Enquanto neva em
Bruxelas e as temperaturas oscilam entre os -2 e os +2, as ruas comerciais
continuam com uma actividade normalíssima. E não é porque essas cidades não
saibam o que é o calor. Umas, como Roma, porque boa parte do ano são bem
quentes. Outras, como Bruxelas, porque chegado o Verão muitos dos seus
habitantes voam para as praias quentes do mundo. Que exagerado domínio não é
o dos centros comerciais portugueses que enregelou os seus clientes! Ou será
que o busílis não está no clima físico mas sim no clima mental?

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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha

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Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2005

1. A Metro e a Pala Comerciantes de Matosinhos manifestaram-se contra a
Metro

Cerca de 500 comerciantes instalados ao longo do percurso do metro em
Matosinhos manifestaram-se ontem contra o incumprimento das promessas da
Metro do Porto no que diz respeito à inserção urbano do metro naquela
concelho. Entre as iniciativas associadas à manifestação esteve a
inauguração simbólica da prometida pala para a Rua Brito Capelo, o
encerramento de todas as lojas durante uma hora e a paragem por alguns
minutos do metro em Brito Capelo. Ao COMÉRCIO o presidente da Associação
Empresarial do Concelho de Matosinhos (AECM), Fernando Sá Pereira, explicou:
“Tivemos uma reunião com a Câmara e com a Metro do Porto ontem [anteontem]
em que apresentamos a calendarização das intervenções a efectuar. Se
assinassem o compromisso a manifestação ficaria sem
efeito”, explicou, acrescentando que tanto da parte da autarquia
(representada pelo vice-presidente, Guilherme Pinto) como da parte da Metro
(em que esteve presente o membro da Comissão Executiva Duarte Vieira) lhes
foi dito pelos representantes que não teriam competências para assumir os
compromissos. “Dissemos que esperariamos até hoje por uma resposta. Não
veio”, explicou.