Como já (na PNED) C. Carvalho chamou a atenção, numa entrevista à revista Porto Sempre (nº 8, p.11) A. Siza “alegadamente” revela ter pouco conhecimento da História do Porto ao se interrogar sobre a razão pela qual a estátua do famoso cavalo real tem de estar de costas para a Avenida. (Não é propriamente o cavalo real que nos interessa mas D. Pedro IV a cavalo, mas adiante…)
Como não deve ser o único a interrogar-se (apesar de ser o único a ter um projecto em mãos…)aqui ficam os esclarecimentos de um perito (transcritos com a devida autorização)
«A estátua estava, e graças aos portuenses ainda está, virada a Sul por dois motivos simples que me parece que têm de ficar esclarecidos de uma vez por todas:
1 – Razão Simbólica -> D. Pedro está virado contra o absolutismo Lisboeta de seu irmão D. Miguel.
2 – Razão geográfica -> A iluminação solar no hemisfério Norte tem origem ao Sul durante grande parte do dia solar e nunca (mas nunca mesmo) vem de Norte (aliás, regra seguida pela grande maioria das estátuas do Porto e da Europa).
Conclusão: virar a estátua terá as seguintes conclusões:
1 – Perderá simbolismo histórico e a vontade de quem a decidiu ali colocar.
2 – Passará a ter a sua parte frontal escura durante o dia, ou pelo menos ensombreada.
3 – Matará definitivamente o conceito de Praça da Liberdade, a mais importante da cidade no passado.
4 – Implicará, segundo circula neste fórum, custos absolutamente pecaminosos.
Jorge Ricardo Pinto (geógrafo-prof. Ensino Superior) que sobre o assunto já tinha escrito aqui e aqui.»
Queria apenas esclarecer que, para além de estar longe de me considerar um perito, o segundo texto com link que me é atribuído, não é da minha autoria mas de um caro amigo meu, de seu nome Mário Pastor. Obrigado e boa luta!
P.S. – Para quando o encontro revolucionário para levantarmos a calçada granítica com pás e picareta?
As minhas desculpas a ambos pelo engano.
Esperemos que esse encontro revolucionário não seja nunca necessário e que os calceteiros levantem a calçada granítica por nós! Esperemos que as obras não avancem e que o que ja foi retirado seja reposto! ESPEREMOS!
Estamos confiantes e vigilantes (e prudentes… Sempre ouvi dizer que com pedras e fogo não se brinca)