Conforme está previsto no plano para a avenida dos Aliados, a calçada portuguesa já começou a ser retirada, sendo substituída pelo granito que há-de uniformizar toda a zona. Apresentado nos paços do concelho a 14 de Março, o projecto, que prevê o desaparecimento de todos os canteiros floridos e o nascimento de uma nova fonte junto à praça General Humberto Delgado, não foi sujeito a consulta pública, apesar da recomendação da AM nesse sentido.
Numa outra missiva, dirigida a Lino Tavares, a Campo Aberto apela ao embargo dos trabalhos, lembrando que “a avenida dos Aliados está inserida no parâmetro de protecção da área de património mundial e é um dos cartões de visita da cidade”.
Do lado do IPPAR, contudo, o embargo é visto com cautela. Lino Tavares explica que este acto administrativo só é usado “em casos extremos” e garante que toda a intervenção da Metro nos Aliados está a ser acompanhado pelo organismo que dirige. Contudo, acrescenta, a análise tem sido feita “em intervenções parcelares”, uma vez que apenas “foi apresentado agora o projecto mais amplo”. Ou seja, todas as alterações de que a avenida será alvo, no seu conjunto, estão ainda em análise por parte do IPPAR.
“As novidades introduzidas por causa do metropolitano tem sido todas vistas em pormenor, a Metro tem sido óptima. Agora, a lei geral do país é clara: em áreas de protecção de imóveis classificados ou em vias de classificação é necessário o aval do IPPAR”, esclarece Lino Tavares, afirmando: “Julgo que dentro de dias daremos o nosso parecer”.
Já no que concerne à ausência de discussão pública sobre o projecto, Lino Tavares explica: “Como cidadão, acho que os debates públicos são fundamentais em tudo. Como responsável do IPPAR, tenho que dizer que isso não é da nossa responsabilidade”.
O PS e a CDU poderão pedir uma reunião extraordinária da AM para discutir esta questão. »
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