por Manuel Correia Fernandes -arquitecto e professor catedrático da FAUP
(in Jornal de Notícias 2 de Setembro 2005)
«Localização ou colocação dos equídeos deu em ser assunto do dia
Cavalos. Não abundam na cidade, ao contrário de outras alimárias. Claro que estou a falar de estátuas equestres. Da lista das que a cidade tem, constam seis dois Pedros (o IV e o V), um João (VI), um Vímara (Peres) e uma parelha conduzida por dois “tratadores” apeados (uns e outros sem nome). Havia, ainda, um Afonso (Henriques), mas, sem se saber porquê, foi apeado e mandado recolher.
O facto é que, ultimamente, a localização ou a colocação dos ditos equídeos deu em ser assunto do dia, ainda que só num dos casos a coisa tenha tido foros de polémica pública. É o caso da estátua de D. Pedro IV na Praça da Liberdade que os autores do projecto de redesenho daquele espaço, decidiram manter no mesmo local, mas dando-lhe uma volta de 180 graus, de modo a ficar de frente para a Avenida e para os Paços do Concelho.
A cidade, no entanto, decidiu achar que isso não era uma coisa boa e viu (e ouviu) erguerem-se vozes contra esta enigmática ideia. O facto é que também ninguém demostrou que o bicho só pode ficar como está. É certo que a diferença entre estas duas posições, para além de ténues razões históricas, de tradição, ou outras, é de umas centenas de milhares de euros, mas, este, parece não ser um argumento decisivo.
Entretanto, esta questão foi relegada para segundo plano, face à amplitude da transformação a que aquela zona da cidade vai ser sujeita, fazendo deste problema equestre, um problema menor! Veremos. (…)»
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