Apresentação do projecto de requalificação da Avenida dos Aliados :
projecção de fotografia da Fonte de Médicis,
(Jardins de Luxemburgo em Paris).
«Fonte com traço de Siza
No remate da placa central, confrontando com a plataforma em calcário e basalto em que assenta a estátua de Almeida Garrett, segundo desenho do arquitecto Fernando Távora, será construída uma fonte concebida expressamente para o efeito por Álvaro Siza Vieira, que ficará rodeada de bancos, cadeiras e seis fileiras de árvores.
Foi inspirada no modelo da La Fontaine Médicis. Instalada nos jardins do Luxemburgo em Paris. Na opinião do seu criador, a nova fonte cumprirá um função significativa na definição do espaço em que ficará instalada e responderá satisfatoriamente às dificuldades rpopostas pela declive local.»
(Imagens e texto transcritos da revista oficial da CM – Porto Sempre nº8 – Abril/2005
A possibilidade da construção de uma fonte na Avenida já tinha sido anteriormente anunciada na mesma revista (Porto Sempre), no seu nº 5, em Julho/2004
«Avenida dos Aliados -poderá ter uma fonte
O Presidente da CMP pediu ao arquitecto Souto Moura, responsável pela requalificação da Avenida dos Aliados, que estude a possibilidade de aí ser instalada uma fonte.
Esta decisão do autarca ficou a dever-se ao facto de a Avenida dos Aliados – a principal sala de visitas da cidade -constituir um símbolo de celebração e exaltação colectivas, já que sempre foi aí que o longo dos tempos, a população do Grande Porto confluíu para celebrar, em uníssono, eventos importantes. A História, mesmo a mais recente, está recheada de diversos desses exemplos, tais como a celebração do 1º de Maio em democracia, a manifestação ao IV Governo Provisório, ou as mais recentes vitórias do FC do Porto e da selecção Nacional.
A Fonte, imagem evocativa de projecção da alegria comungada pela comunidade portuense, constituirá,por certo, mais um elemento iconográfico importante numa Avenida já de si carregada de fervores tripeiros e da persistência das memórias do orgulho português.»
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O que diz o parecer do IPPAR sobre a fonte:
«(…) A manutenção dos múltiplos cruzamentos rodoviários da nova placa central conduzem inevitavelmente à manutenção do seccionamento do espaço, aspecto bem patente na planta e nos perfis apresentados. Acresce ainda que a preservação das características actuais da praça Humberto Delgado, a introdução de um elemento escultórico de água e a nova arborização reforçam essa individualização. (…)»
« (…) A implantação de uma fonte, colocada axialmente na parte superior da Avenida, introduz um elemento novo, em relação a composição urbanística existente, que se julga opção aceitável, conjugada com o reforço de arborização proposto para essa área, funciona como fecho superior da avenida, separando formalmente este espaço contínuo da praça Humberto Delgado que se assume, definitivamente, como um espaço de aproximação ao edíficio da Câmara Municipal (…)
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Segundo alguns especialistas a placa de betão fica tão perto da superfície que não deixa profundidade de solo bastante para crescerem árvores com porte razoável.
Volto a sublinhar: É um trabalho de claro compromisso e cedência de arquitectos, ao poder político.Puro trabalho de cosmética. Se apresentasse este trabalho de arquitectura ao Siza Vieira quando ele foi meu professor levava uma forte gargalhada.
Por sua vez Souto Moura esquece-se que quando deu exemplos de praças europeias para defender o seu projecto(!), elas continham um claro desaparecimento do trânsito automóvel. Aqui nem isso foi reduzido. Mantém-se tudo como está nesse capítulo, pois o estacionamento já ha muito que proibido. Muda~m-se somente os eixos das vias .
Irá ser uma franco lugar de passagem impróprio de qualquer reconversão urbana
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