ALIADOS- CARTAS /QUEIXAS ENVIADAS e respectivos resultados
No blogue da CAMPO ABERTO
- Controlar os ímpetos da autarquia : (10.5.05)
- Av. dos Aliados: carta dirigida ao Presidente da Câmara do Porto (10.5.05) *
- Av. dos Aliados: carta dirigida ao Provedor de Justiça (10.5.05)
- Av. dos Aliados: carta dirigida ao IPPAR (10.5.05)
- Provedor de Justiça responde à Campo Aberto a propósito do caso “Av. dos Aliados” (26.06.05)
- Carta enviada ao Ministério Público (8.7.05)
- Av. dos Aliados – queixas ao Governo português e a Bruxelas (14.07.05)
Aqui nos ALIADOS
- Provedor de Justiça responde à Campo Aberto a propósito do caso “Av. dos Aliados” (29.06.05)
- A quantas andará o “processo R-1962/05 (A1)” ? (30.08.05)
- Dos Jornais – “Projecto dos Aliados avaliado por Inspecção do Ambiente” (5.09.05)
- Nos jornais-“Inspecção-Geral do Ambiente investiga Metropolitano do Porto” (8.09.05)
- Resultados das cartas/queixas e dossiers enviados (9.9.05)
- Nos jornais- “Parlamento vai debater obras nos Aliados” (14.09.05)
- Resultado do envio das assinaturas para a Assembleia da República- relatório (8.10.05)
- Dos Jornais – “Aliados levam Câmara e Metro ao Parlamento” (10.10.05)
- Dos Jornais -“Arranjos nos Aliados não respeitam impacte ambiental” (13.10.05)
- Dos Jornais – “Intervenção da Metro nos Aliados ‘boa para a cidade'” (12.10.05)
- As audições na comissão parlamentar # 1 (14.10.05)
- Audição no âmbito da petição de “Protesto relativo à intervenção urbanística no conjunto da Av. dos Aliados / Pr. da Liberdade no Porto”: IPPAR (18.10.05)
- Audição no âmbito da petição de “Protesto relativo à intervenção urbanística no conjunto da Av. dos Aliados / Pr. da Liberdade no Porto”: METRO (18.10.05)
Na audição ao IPPAR, o deputado Agostinho Branquinho afirma: « Não me queria pronunciar sobre a questão de fundo, sobre as questões de fundo eu julgo que estão claras, o IPPAR foi transparente e cristalino naquilo que nos veio aqui dizer.(…) Eu ouvi dizer portanto, e corrijam-me se porventura eu tenha interpretado mal, que este projecto, não é bem o projecto, que a intervenção vinha a ser muito burilada desde o primeiro semestre de 2000 e eu gostava que me esclarecessem sobre isso (…) se a dada altura este projecto, de tão burilado que foi, não foi metido na gaveta, chumbado liminarmente apesar de ter a assinatura de Siza Vieira (…). Entretanto a memória avivou-se-me e é só para dizer que de facto o projecto tinha sido encomendado pela Porto 2001, mas quem chumbou, quem “chumbou” entre aspas, quem interrompeu, quem parou, quem estancou, foi a Câmara Municipal do Porto na altura invocando questões de ausência de dinheiro…»
Desculpem o desabafo: Realmente a “genialidade” do arquitecto Siza Vieira (e de Souto Moura) é tão avassaladora para alguns que estes até recusam, como ideia insana, que alguma vez se possa ter CHUMBADO um projecto da autoria de tal “génio”. A verdade é que o projecto de Siza Vieira foi mesmo chumbado pelo anterior vereador do urbanismo, Ricardo Figueiredo, e não foi por FALTA de DINHEIRO. A Câmara entendia então que a Praça e Avenida deveriam ter um carácter mais pedonal (logo teria de se reduzir o trânsito por lá, aspecto que o projecto de Siza Vieira – e o actual dele e de Souto Moura – não só não resolvia como agravava), que a viragem da estátua era de recusar sem hesitação e que a Praça e Avenida deveriam manter-se diferenciadas, sem a uniformidade defendida por Siza Vieira e retomada agora pela dupla, uma vez que são espaços que historicamente nasceram desunidos e assim devem permanecer por razões patrimoniais. É o que se lê no JN:
«Há apenas seis meses, o antigo vereador do Urbanismo da autarquia, Ricardo Figueiredo, dava conta que o estudo de Álvaro Siza não seria concretizado. Em
alternativa, a reabilitação dos Aliados e da Praça da Liberdade teria por base a proposta do Gabinete de Projectos da Câmara. Como noticiou o JN, a grande
novidade era a anulação das faixas de rodagem da Praça da Liberdade, confinando-a apenas aos peões. Ricardo Figueiredo justificou, em Julho do ano passado [2004], a alteração com o facto do projecto de Álvaro Siza “não demarcar a Praça da Liberdade em relação à Avenida dos Aliados” e deslocar a escultura de D. Pedro IV, virando-a para o edifício da Câmara.
No entanto, os arquitectos Álvaro Siza e Souto Moura continuaram a desenvolver uma proposta de requalificação urbana para a zona entre a Estação da Trindade e a ponte de Luís I. E, com Paulo Morais na pasta do Urbanismo, o projecto de Álvaro Siza foi recuperado.»
https://jn.sapo.pt/2005/01/13/grande_porto/recuperado_projecto_siza_para_a_aven.html
Assim discursam alguns dos nossos deputados sobre a pertinência das nossas queixas e petições:
Agostinho Branquinho, na audição da Metro do Porto S.A.: «Mas a questão muito concreta que lhe queria colocar resulta da sua intervenção inicial Sr.Presidente (…): quando é que essas obras vão ser executadas e qual vai ser o prazo da execução. Se nós não executarmos a obra, então é que a petição não faria sentido nenhum, portanto nessa perspectiva é que lhe coloco esta questão.»
Ou seja: para que o nosso protesto ganhe significado, deverão iniciar-se primeiro as obras de destruição da Avenida dos Aliados/Praça da Liberdade. Para que serve então o protesto? E para quê uma lei que exige a audição dos cidadãos, ou a democracia que elege estes senhores?