por António Pinto Gonçalves (publicado no Correio dos Leitores na edição impressa do JN no passado dia 30 de Dezembro de 2005)
«Há cerca de meia dúzia de anos lamentava-se, nos jornais, o facto do Arq. Sisa Vieira ser autor de obras espalhadas por vários países e no Porto não lhe ser dada a oportunidade de mostrar o seu valor com obra emblemática. Pois bem, foi-lhe atribuída a renovação da baixa portuense que certamente irá perpetuar o nome de Sisa Vieira e Souto Moura não pelas melhores razões – destruição dos jardins e da calçada portuguesa com os seus maravilhosos desenhos substituídos por cinzentos cubos de granito na Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade.
A indignação é grande daqueles que realmente amam o Porto, os outros querem é obras de qualquer jeito. Os artigos de opinião nos jornais são todos contra a destruição de jardins e da calçada, que está em curso. Eu sei que não se quer beliscar os protagonistas, dizendo alguém no “Passeio Público” que não concordando com a alteração também não concordava com a campanha contra o “sizentismo”. Outro articulista dizia que também não concordava mas apontando que as alterações de hoje poderão no futuro ser ex-libris – certamente não estaria a pensar no pavilhão Rosa Mota que substituiu o “Palácio de Cristal” esse sim ex-libris.
É de lamentar que os belos jardins com canteiros de flores sejam sistematicamente eliminados para dar lugar a granito, transformando o que antes era verdura em eiras de pedra..
A sala de visitas do Porto ficará adulterada, mais pobre. Será que quem tem poder de decisão baixa os braços? »
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