( enviado por um portuense inconformado)
«Foram roubados os desenhos que serão sempre pertença da Avenida dos Aliados e não é o facto de os levarem para outro sítio (rua Sampaio Bruno) que vão deixar de estar associados à nossa querida Avenida dos Aliados!
É lamentável cem vezes mais o que estão a fazer. Se queriam perpetuar os desenhos então que os levassem para junto da estátua Almeida Garrett. Aí sim, seria o único sítio e não se admitindo outro.
É um roubo e uma vergonha mudá-los de sítio: eles pertencerão sempre aos ALIADOS. »
Em defesa do Jardim e Monumento da Rotunda da Boavista
PEDIDO DE INFORMAÇÃO À EMPRESA METRO DO PORTO S. A. E À CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO Colocado em 12...
Mais uma grande imbecilidade patrocinada pelos nossos actuais políticos.
Pudesse Portugal ter oportunidade de intervir nas suas cidades com mais frequência e poderíamos, em vida, experimentar as múltiplas sensações que as diferentes morfologias urbanas são capazes de provocar. Gosto da evolução e estou ansioso por provar a nova “Praça dos Aliados”, talvez a única do género na cidade do Porto. Não ficarei minimamente “atado” ao que já foi, porque esse ido eu já vivi e ninguém me pode tirar. Venham mais “cidades”.
(resposta ao ultimo comentário)
Pois, há pessoas sem “laços” nem “ataduras” ao passado. Cheios de âsnsias de experimentar rapidamente outra coisa…
Felizmente que AINDA não somos todos assim pois caso contrário “história”, “património”, “memória” seriam conceitos obsoletos, desprovidos de sentido, que só compreenderíamos de modo abastracto…
Mas já reparou bem na contradição do que afirma? Diz gostar de “experimentar as múltiplas sensações que as diferentes morfologias urbanas são capazes de provocar”? Pois foi justamente isso que se perdeu: a possibilidade de se experimentar um espaço característico, único, diferente que qualquer cidade mais culta e civilizada se apressaria a preservar.
Construir algo de novo , moderno, sim mas em local onde não não existisse nada. Isso o pobre Porto cabisbaixo, não foi capaz de fazer: de inovar e de realmente crescer.
Como disse alguém (a propósito de outra cidade)”An Insecure City Demolishes Its Own Charm.” (Infelizmente não é só no Porto…)
Enfim. Já gastei demasiado tempo com este assunto.
Mas só mais uma observação: há vários outros aspectos que lhe escapam completamente…
Se quiser ficar elucidado e compreender realmente o que está em questão os arquivos estão a sua disposição.
Bom proveito.
Cara(O) Babince.
“Pudesse Portugal ter oportunidade de intervir nas suas cidades com mais frequência…”
Ainda bem que isto não ocorre frequentemente e quando ocorre, acontecem grandes Imbecilidades, como esta e outras espalhadas pelos quatro cantos deste País.
Desrespeito ao Património, desrespeito as Leis e desrespeito ao povo…
Não vou lamentar por aquilo que não sinto. Ao contrário do que afirmam não revelo estes meus pensamentos por desconhecimento dos factos. Há realmente grandes erros humanos perante o património, mas este não será um bom exemplo, ao contrário dos de cariz ambiental. É somente a cidade, a mutação, a evolução, como muitas houve na história da cidade do Porto. Quem viu lembrará, quem não viu não sentirá falta.
Nem tão-pouco necessito de fotografias porque aqueles Aliados estão gravados na minha memória, lindos, com uma calçada magnífica, porém teremos novas experiência em breve e já estou a preparar-me para as viver sem deixar que este “atadísmo” prejudique o desfrutar de uma nova realidade. É outra forma de ver a questão, como digo não posso lamentar porque mais do que um sentimento situacional é um modo de viver. Não tentarei sequer que pensem como eu, do mesmo modo como acredito não terem a mesma intenção. Diversidade, só.
A cadeia de roupa Springfiel tem nas suas montras um conjunto de belas fotografias dos monomentos mais emblemáticos de algumas capitais europeias: o Pártenon de Atenas, o Coliseu de Roma, o Atomium de Bruxelas, a Torre Eiffel, o Big Ben e até da Torre de Pisa. Lisboa está representada por um velhinho eléctrico vandalizado com graffiti a subir uma ruela decadente e íngreme.
A cadeia espanhola Springfiel podia mostrar a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, os Jerónimos, o Castelo de São Jorge, a Ponte 25 de Abril, o Aqueduto das Águas Livres, a Praça dos Restauradores… mas preferiu mostrar-nos um cansado carro eléctrico a subir uma ruela deprimente…
Apesar de tudo o que já foi dito, creio que esta sala de visitas da minha cidade, vai ter um ambiente pedonal muito agradável, vestindo um fato muito mais notenho. Deixem para o Sul a luminusidade do calcário, o Porto só será o que sempre foi envolvido pelos cinzentos da bruma e do granito.
oh meu deus… não percebo estas criticas… completamnete infundadas. se soubessem um pouco de história sabiam que a calçada existente (e que vai deixar de existir) é uma cópia da existente em lisboa e que foi colocada há relativamente pouco tempo… o calcário não é próprio do porto, mas sim o granito. não percebo é que com tantas más construções que a pouco e pouco têm vido a descaratacterizar a cidade, são tão obsssessivos com o que se está a fazer (e bem!) na avenida dos aliados, por dois arquitectos experientes e que acima de tudo gostam da cidade. gostava de saber onde é que estão as vozes de protesto, quando se constroem os predios horriveis e sem nexo por toda a cidade. a verdade é que eu passo a noite na avenida e aquilo tá vazio. o que traz vida a uma rua, a uma avenida, a uma cidade, não é porcaria de um calcário, mas pessoas; pessoas a conviverem, e felizes a desfrutar da sua cidade. deixem quem sabe trabalhar, e preocupem-se com aqueles que nãos sabem e fazem, por interesse próprio. mas eu percebo quem quer preservar uma praça vazia e tristonha em nome da tradição tem todo o direito de o fazer. só uma pergunta: quando foi a ultima vez que deram um passeio a noite na av. dos aliados?
cumprimentos