Destaque: Demolições no Porto Morto? Gomes Fernandes, em crónica de hoje no
Jornal de Notícias, defende as demolições previstas pela Porto Vivo para a
zona da Trindade e amplia o conceito ao ponto de advogar critérios que não
passam sequer pelos do IPPAR.
Que o centro do Porto ganharia em “respirar”, provavelmente é certo, mas
porque não deixando abertas (e ajardinando) zonas que no momento já o são em
vez de concretizar projectos de construção frequentemente evocados? De
qualquer forma, e sendo certo que há edifícios do centro da cidade sem valor
significativo, alguns dos quais aliás entre os da segunda metade do século
XX e não propriamente entre os anteriores e mais antigos, a ideia de demolir
quarteirões inteiros não pode ser adoptada ligeiramente. A arquitectura
civil vale mais pelo conjunto do que pelo valor individual de cada edifício
e um conjunto de prédios humildes e sem valor especial um a um podem
constituir um património visual a conservar. É essa aliás uma das
características da arquitectura popular e vernácula, também ela presente no
centro do Porto.
A demolição individual de prédios de facto irrecuperáveis ou de facto sem
valor e sua substituição por construções actuais que, sendo inteiramente
modernas, poderão e deverão ser visualmente indestacáveis por se integrarem
harmoniosamente no tecido antigo (o que tem sido a solução adoptada nalgumas
cidades europeias em zonas antigas, com êxito), não levanta dificuldade
especial. Já a demolição de quarteirões inteiros não pode ser tomada de
ânimo leve. A história do Porto tem já experiência de demolições desse tipo
que, embora estejam hoje integradas na cidade que existe como hoje a
valoramos, vieram posteriormente a ser consideradas um erro. Não vá ele
repetir-se.-JCM
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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
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Quarta-feira, 2 de Agosto de 2006
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Títulos no Público sem acesso livre
– Provedor de Justiça nega razão à CAP nas agro-ambientais
– Seca no alto Tejo preocupa Espanha mas não ameaça Portugal
– Ambientalistas contra regras excepcionais para facilitar a instalação de
empresas no Ribatejo
Associação critica autarcas que pedem alargamento das excepções ao uso
da REN e da RAN
– Ausência da ria de Aveiro do Plano Nacional de Turismo é “erro técnico”
– Da Baixa à Casa da Música Uma visita à nova arquitectura do Porto
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1. Porto e região: Projecto «Geração 21» apresenta conclusões ³preocupantes²
Só um quarto das mães amamenta
Apesar de o estudo «Geração 21» não estar concluído, o obstetra Nuno
Montenegro avança com algumas conclusões ³preocupantes². O médico aponta
como uma das causas para poucas mães amamentarem a pouca informação e
defende o prolongamento da licença de maternidade.
Rui Almeida
Nuno Montenegro, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do
Hospital de São João salientou a importância do estudo «Geração 21», durante
a Semana Mundial da Amamentação, que ontem se celebrou no Hospital de S.
João. O estudo pretende acompanhar 10 mil crianças, nascidas em 2005 e 2006
nas cinco maiores maternidades do Grande Porto, ou seja, Júlio Dinis e
hospitais S. João, Santo António, Gaia e Matosinhos.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=83aa8115e0c04ddb67c1abfdf9c7dc61
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2. Porto: Denúncias do ex-vereador da Câmara do Porto ainda não produziram
efeitos
Paulo Morais espera resultados
Paulo Morais aguarda resultados das denúncias que fez sobre alegadas
irregularidades nos pelouros do urbanismo e critica o facto de as leis
relativas ao planeamento ainda não terem sofrido alterações.
O ex-vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais (PSD) exigiu
³resultados² da investigação judicial às denúncias que fez no final do
último mandato autárquico sobre alegada corrupção associada a processos
urbanísticos.
Lamentou ainda que as leis relativas ao planeamento, aprovação e
fiscalização de processos urbanísticos continuem por alterar. ³É com alguma
perplexidade que constato não existirem até agora, com a celeridade
exigível, resultados da investigação às denúncias que fiz², lamentou o
antigo autarca, em declarações à agência Lusa.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=92fc4a6512b0e5153897edcdd59bd57c
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3. Matosinhos: Guilherme Pinto garante legalidade do Plano de Urbanização de
Matosinhos/Sul
Honório insiste em chamar a IGAT
Honório Novo dirigiu ontem três ofícios a entidades governamentais
solicitando uma investigação ao Plano de Urbanização de Matosinhos Sul. A
atitude resulta da aprovação de um relatório realizado pela edilidade e que
segundo o vereador comunista é limitado e restritivo. Mas Guilherme Pinto
mostra-se tranquilo, negando ilegalidades
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=2d221c392d1ffe604565bc9db5153ffd
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4. Gaia: ³Luz ao fundo do túnel²
Apesar de ser uma urbanização privada, a Câmara de Gaia pretende reabilitar
Vila D¹Este. Está à espera que o Governo proceda a alterações ao programa
Prohabita, que permitirão uma intervenção financiada a fundo perdido e
acesso ao endividamento bancário.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=741e1c8e4161139ac49e990e5b4d5c71
Verdes pedem metro até Vila d¹Este
A deputada do partido ecologista ³Os Verdes² Heloísa Apolónia reivindicou
ontem a extensão da linha do metro do Porto até Vila d¹Este, em Gaia, uma
urbanização com cerca de 17 mil habitantes. ³Irei, ainda durante esta
semana, apresentar um requerimento ao ministro das Obras Públicas e ao
presidente da Câmara de Gaia para perceber em que ponto se encontra este
projecto², afirmou a
parlamentar. No final de uma visita a Vila D¹Este e
de uma reunião com a Associação de Proprietários locais, a deputada
ecologista lembrou que a extensão da linha do metro até àquela urbanização
foi um compromisso assumido pelo presidente da Câmara de Gaia. ³O que eu
quero perceber é se o compromisso se mantém e quando se concretizará², disse
Heloísa Apolónia, sublinhando tratar-se de uma zona com ³grandes carências²
ao nível de transportes públicos.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=c0c87f8c9b488608230598b9d111a589
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5. Porto: Mais um passo em frente para “ler os sinais”?
Titulava o “Público” na edição de 31 de Julho p.p., que a SRU – Sociedade de
Reabilitação Urbana do Porto – “admite demolir quarteirões na zona da
Trindade”, concretamente entre o denominado Palácio dos Correios e os
limites do Metro da Trindade, incluindo o actual parque automóvel com o
mesmo nome. Não é nem pode ser novidade, por se tratar de pequenos
quarteirões profundamente degradados, física e socialmente, e porque nem
todo o tecido urbano antigo, como é o caso em apreço, tem valor patrimonial
urbano e arquitectónico que justifique a reabilitação.
Aliás, sobre a matéria há que dizer que, em outros quarteirões da Baixa, o
processo de reabilitação a levar a cabo pela SRU terá de equacionar
demolições e recomposições fundiárias de algum alcance, sobretudo para
“descongestionar e deixar respirar” o miolo de quarteirões. O objectivo é
criar parqueamento racionalizado em subsolo e espaços de convivência
colectiva ao nível dos pisos térreos, o que significa cuidar “o modelo” de
abordagem à propriedade diferente da retícula estreita e individualizada
dominante. A SRU, pela legislação de enquadramento e apoio, tem margem para
promover esta estratégia abrangente, que não passa só pela aquisição ou
expropriação de propriedade, mas exige um paciente e necessário “rendilhado”
de parcerias, sempre subordinadas a planos estratégicos e de urbanismo e
desenho urbano integrados, com uma visão de alcance e coragem, que saiba
distinguir o essencial do acessório, num processo de tão grandes
implicações.
https://jn.sapo.pt/2006/08/02/porto/mais_passo_frente_para_ler_sinais.html
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6. Porto: Nova alameda é pista para quem gosta de caminhar
Alameda de Cartes é o local escolhido por muitos que querem “abater a
barriga”… caminhando
A nova Alameda de Cartes, no Porto, é o local escolhido por dezenas de
pessoas para longas caminhadas depois da hora do jantar. São famílias
inteiras que procuram combater o stresse, emagrecer, prevenir problemas de
saúde ou simplesmente distrair andando, durante horas, pel a nova via que
consideram boa para a prática desportiva, embora a falta de policiamento
levante alguns receios entre praticantes.
https://jn.sapo.pt/2006/08/02/porto/nova_alameda_e_pista_para_quem_gosta.html
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7. S. João da Madeira: Poluição de fábrica incomoda moradores
Poluição da Novolivacast tem vindo a piorar, dizem os moradores
Apoluição provocada pela antiga metalúrgica Oliva, agora designada
Novolivacast, em S. João da Madeira, está a deixar os moradores que residem
nas imediações cada vez mais preocupados com os malefícios que podem advir
para a saúde. O cheiro, que por vezes é intenso, chega a provocar
indisposições na população. Nas imediações das instalações da empresa é
visível o depósito de partículas nas ruas, varandas de habitações e
viaturas.
https://jn.sapo.pt/2006/08/02/porto/poluicao_fabrica_incomoda_moradores.html
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8. Marco de Canaveses adere à rede nacional
Mais mobilidade para cidadãos com deficiência
A Câmara do Marco de Canaveses aderiu na passada segunda-feira à Rede
Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos e prometeu dar
prioridade à criação de acessos aos edifícios públicos para as pessoas
portadoras de deficiência.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7
baf3&subsec=&id=9a035c555234e55c4c680e58136b34da
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresenta-se o sumário e/ou resumos de notícias de interesse
urbanístico/ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e de O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito específico
são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste, basicamente entre o
Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por José Carlos Marques
Para mais informações e adesão à associação Campo Aberto:
Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
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Apartado 5052
4018-001 Porto
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