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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Domingo, 20 de Agosto de 2006
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Última águia-real salva no Gerês onde os gados são a prioridade
A última águia-real no Noroeste peninsular resistiu ao incêndio que, há uma semana, percorreu três mil hectares no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). A devastação atingiu o habitat de lobos, mamíferos diversos, répteis e anfíbios inumeráveis. “A Natureza pode esperar, mas as pessoas não”, nota o director, Henrique Pereira, ainda com a máscara de cansaço de uma semana negra. Inclemente, o fogo destruiu metade da Mata do Mezio, numa zona alta do complexo da Peneda e do Soajo, e destruiu a do Ramiscal.
Se a “lição maior” que o director do Parque tira deste incêndio é a importância do ataque inicial (página seguinte), a segunda é “a promoção da floresta autóctone” de carvalhos e outras folhosas, quer em povoamentos quer formando mosaicos com as plantações de resinosas (pinheiros, sobretudo) que também abundam no PNPG, servindo-lhe de protecção, explica. Reduzir o combustível nas áreas florestais, combater as espécies infestantes (outro perigo nos incêndios), deslocar a sede e as delegações para dentro do parque, melhorar os trilhos de visita e disciplinar a exploração de saibreiras são outras acções que Henrique Pereira deseja concretizar.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/nacional/ultima_aguiareal_salva_geres_onde_ga.html
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2. Fogo entrou no Parque por três frentes distintas
Este ano, já se verificaram 60 ignições dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Duas – uma na zona de Palheiros, próximo da Mata de Albergaria; e outra na Ermida – terão queimado uns 300 hectares. Nenhuma das outras terá chegado aos dois hectares.
As condições climatéricas “eram muito complicadas e os meios de combate estavam sobrecarregados com todas essas ignições”, reconhece Henrique Pereira. “O problema é que não havia meios aéreos disponíveis para o ataque inicial”, nota, sublinhando que a existência ou não de aceiros nas zonas do Mezio e do Ramiscal – objecto de polémica há uma semana – seria indiferente para o desfecho.
Não quer dizer que se feche a discutir aceiros – e foram feitos de emergência. Mas sublinha que no Ramiscal não é possível (dado o declive e por ser uma reserva integral) e que nem sequer será necessário, porque o carvalhal é resistente ao fogo. No Mezio, só podem ser feitos em condições a estudar na zona de pinhal, vulnerável ao fogo. Na de folhosas (vidoeiro), é desnecessário, acentua.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/nacional/fogo_entrou_parque_tres_frentes_dist.html
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3. Um “Polis” para áreas protegidas
Passado o drama, é hora do futuro. O director do Parque reconhece tensões com as populações, afectadas por ataques de lobos ou enfrentando restrições na aprovação de construções. Mas diz que quer trabalhar com elas. Com os municípios, afirma Henrique Pereira, não sente tensões e tem feito o levantamento dos problemas e iniciativas necessárias apoio à visitação (os visitantes são importantes para as economias locais), discutir o futuro da circulação na geira romana, a classificação dos socalcos do Sistelo como património cultural da Unesco, entre outras.
“O Parque Nacional tem de passar a ser visto pelas populações como um amigo, pois é uma mais-valia”, diz por seu lado o presidente da Câmara dos Arcos de Valdevez. Mas aponta as restrições, designadamente ao nível da edificabilidade como ponto de atrito, com projectos reprovados pelo PNNG. O Parque devia fixar regras para os projectos, obrigando por exemplo à assinatura de um arquitecto. Francisco Araújo vai mais longe propõe a criação, pelo Governo, de um programa de apoio à reabilitação em áreas protegidas semelhante ao Polis para os meios urbanos. “O próximo quadro de apoio europeu é a última oportunidade”.
A sua principal crítica é a ausência de investimentos nas áreas protegidas – na recuperação das casas dos guardas, na reflorestação com espécies autóctones, na relação com as populações, na certificação das áreas protegidas como origem de produtos de qualidade (carne, mel, artesanato, etc). No relacionamento com as populações, “o Parque, que é a expressão da política de conservação da natureza, deve ter posição activa, promover planos de requalificação” dos núcleos populacionais. Não fica muito caro, pensa. E pode obter recursos próprios. Por exemplo as estradas e caminhos abandonados em zonas sensíveis deviam ser recuperados para serviço do parque (vigilância e combate a fogos) e para acesso condicionado e pago. “Quem quiser passar para visitar deve pagar! Diminuir-se-ia pressão dos visitantes nessas zonas e obter-se-iam receitas”.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/nacional/um_polis_para_areas_protegidas.html
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4. Ruído nas águas marinhas ficou dez vezes mais intenso
As águas oceânicas profundas estão muito mais barulhentas do que há 40 anos. E isso deve-se sobretudo ao movimento dos navios, com motores cada vez mais potentes, num ambiente já de si ruidoso, com ventos chuvas e correntes.
As conclusões indicam que os níveis de ruído submarino aumentaram entre dez a 12 decibéis entre 1966 e 2004, o que se traduz numa média de três decibéis por cada década. Durante esse período, a frota mundial mais que duplicou.
Ainda que se desconheça os impactos do ruído na vida marinha, os autores do estudo admitem que eles existam e sugerem mesmo que sejam estabelecidos corredores de circulação de navios longe das áreas onde há concentração de animais.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/sociedade_e_vida/ruido_aguas_marinhas_ficou_vezes_mai.html
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5. Douro festeja 250 anos com música
Músicos brasileiros, portugueses, moçambicanos e cabo- -verdianos vão actuar em oito localidades da região duriense em Setembro, comemorando os 250 anos da Região Demarcada do Douro e a abertura deste território “ao mundo”. Trata-se do festival Outras Músicas, que decorrerá entre os dias 1 e 23 de Setembro em Alijó, Lamego, Mirandela, Régua, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vila Real.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/cultura/douro_festeja_anos_musica.html
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6. Petroleiros já descarregam frente à refinaria de Leça
A monobóia de apoio à refinaria da Petrogal, implantada ao largo de Leça da Palmeira, em Matosinhos, começou a funcionar, em “segredo”, no início deste mês. Segundo confirmou, ao JN, fonte da Galp Energia, dois petroleiros já efectuaram descargas de crude (num total de 210 mil toneladas) através do equipamento.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/porto/petroleiros_descarregam_frente_a_ref.html
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7. Parque da Cidade classificado pela Deco como “bom”
Relativamente ao Parque da Cidade do Porto, a sua localização e os vários acessos facilitam a integração da cidade com a vegetação e a praia. No que diz respeito a serviços, a Deco atribuiu um “muito bom”. O Parque da Cidade apresenta várias infra-estruturas necessárias para uma boa qualidade, nomeadamente casas de banho, chafarizes, bebedouros e cafés.
Para análise do grau de segurança, a Deco avaliou a presença de policiamento, telefones SOS, horários e iluminação. Também aqui o Parque da Cidade alcançou a melhor nota, destacando-se também como um dos mais asseados.
A manutenção da vegetação e a qualidade da água são também dois aspectos classificados com “muito bom”.
Um dos pontos negativos apontados pela Deco é a dificuldade na acessibilidade para deficientes, pessoas com dificuldades motoras e para quem se faz acompanhar de carros de bebés.
Em informação, o parque alcançou um medíocre. “No que diz respeito a informação, iremos identificar, através de placas informativas, todas as árvores e restante vegetação”.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/porto/parque_cidade_classificado_pela_deco.html
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8. Turismo aposta no golfe
São muitos milhões de euros de projectos turísticos que vão avançar nos concelhos sob a alçada da Região de Turismo Verde Minho (RTVM), durante os próximos tempos. Os campos de golfe são os que vão gastar mais dinheiro dos quatro previstos, para já, apenas um está aprovado. Situado entre a zona de Semelhe e Tibães, o campo de golfe de Braga vai ter nove buracos com respectivo hotel e apartamentos turísticos, num investimento que ronda os 70 milhões de euros.
Em projecto está o campo de golfe do Ermal, em Vieira do Minho que vai ficar situado junto à albufeira e terá 18 buracos com hotel, aldeamento turístico e área habitacional com um custo aproximado de 150 milhões de euros. Na margem direita do rio Cávado, no concelho de Amares, está projectado também um campo de golfe com 18 buracos, hotel, aldeamento turístico e área habitacional num total de 100 milhões de euros. Em Lousada, Porto, um campo de golfe está em fase de projecto, com um investimento de 125 milhões de euros.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/norte/turismo_aposta_golfe.html
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9. Água imprópria na Retorta
A Delegação de Saúde de Caminha mantém a interdição do consumo de água na Fonte da Retorta, em Vila Praia de Âncora, tendo colocado no local um aviso, desaconselhando as pessoas a consumir essa água, com parâmetros de alumínio superiores ao estabelecido por lei.
https://jn.sapo.pt/2006/08/20/norte/agua_impropria_retorta.html
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10. Regeneração do ozono atrasada
Os esforços para regenerar a camada do ozono, que protege os seres vivos do excesso de radiação solar, não permitirão a sua reconstituição plena em 2050, como era previsto, sendo necessário esperar pelo menos mais 15 anos, segundo os cientistas. No entanto, a Organização Meteorológica Mundial adiantou ontem que o Protocolo de Montreal, de 1987, e as suas emendas posteriores estão a dar frutos, porque os buracos da camada de ozono na troposfera reduziram-se desde que, entre 1992 e 1994, se registaram os seus máximos históricos.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=236fabda95c920562f603af16a1c08be
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11. Alberto Santos salienta necessidade de “instrumentos correctivos” para a região
Vale do Sousa reclama apoios
A região do Vale do Sousa poderá perder parte dos apoios comunitários destinados a valorizar a agricultura. O presidente de Câmara de Penafiel, durante a abertura da Agrival, transmitiu a “mágoa” da região ao Governo. A situação deverá ser revista.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=a61b0fea5c9113555bc13ef90733f31c
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
https://groups.yahoo.com/group/pned/
Se quiser consultar os boletins atrasados veja
https://campoaberto.pt/boletimPNED/
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.
Para mais informações e adesão à associação Campo Aberto:
Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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