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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações
indicadas.
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1. Opinião: Crime de lesa-património
Segundo Patrícia Gonçalves revelou em “O Primeiro de Janeiro”, o
edifício que albergava o Cinema e o Café Águia D’Ouro [no Porto] foi
posto à venda pela quantia de três milhões de euros. Goradas a
expectativas de transformar aquele espaço em casino, a Solverde –
que havia adquirido o imóvel em 1989 -, quer agora alienar um espaço
que foi, outrora, uma das referências da cidade e que ela,
vergonhosamente, deixou transformar-se numa ruína perante o
desinteresse daqueles que gostam de, por dá cá aquela palha, fazerem
grandes discursos em defesa do património da cidade.
Se os leitores fizerem o favor de folhear o “Porto Desaparecido”,
escrito em co-autoria por Marina Tavares Dias e Mário Morais
Marques, poderão constatar que o Café Águia D’Ouro não foi um
estabelecimento qualquer. Abriu as suas portas em Janeiro de 1839 e,
de acordo com os jornais da época, recebia os seus clientes
com “bons serviços e neve na estação competente”. Afiançava-se no
mesmo anúncio que “na mesma casa haverá todos os dias gelatina de
mão de vitela e raspa de veado, própria para doentes e melhor para
os sãos”. (…)
Não obstante, quando o Guichard fechou as portas na Praça Nova, os
seus clientes, entre os quais Camilo Castelo Branco, foi no Águia
D’Ouro que assentaram arraiais, fazendo ali a base das suas
tertúlias bem ou mal pensantes. Camilo terá lá passado muitas tardes
jogando dominó e Antero de Quental chegou mesmo a “informar os seus
adversários, em anúncio publicado num jornal de Agosto de 1872, que
o poderiam encontrar nessa café todos os dias das 5 às 7 da tarde”,
ainda de acordo com a obra daqueles dois historiadores. (…)
E chegou-se a 1989. Sabe-se que, por essa altura, os cafés já haviam
perdido a aura de que estavam rodeados. Eram fechados para reabrir
como agências bancárias, enquanto que os cinemas foram destronados
primeiro pelos clubes de vídeo e, depois, pelos 60 canais das
televisões por cabo. Por essa altura, veio a “febre” dos bingos que
derrotaram os cinema Olímpia e Trindade. A Solverde também quis ter
o seu bingo no Porto e fez um “take over” no Águia D’Ouro. Mas os
bingos não “bingaram” e o imóvel, onde no primeiro andar funcionou
durante muito tempo a FNAT, depois INATEL, transformou-se numa
ruína. Para a Solverde, ela – a ruína – vale agora três milhões de
euros; para nós, ela constitui um crime de lesa-património.
Felizmente que o Batalha, ali tão perto, lá vai progredindo…
https://jn.sapo.pt/2006/08/21/porto/crime_lesapatrimonio.html
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2. Porto: Igreja dos Clérigos em obras
De pés assentes na terra, mas com a cabeça voltada para o céu, os
muitos turistas que nesta altura do ano visitam o Porto interrogam-
se sobre o que está a acontecer a um dos mais emblemáticos símbolos
da cidade. Os andaimes já cercam a Torre dos Clérigos, mas ao
contrário do que inicialmente se poderia pensar não são destinados a
dar apoio a trabalhos de requalificação, mas sim a um painel
publicitário. As obras vão decorrer, isso sim, na igreja com o mesmo
nome, como explicou o director da Direcção Regional de Edifícios e
Monumentos Nacionais, Augusto Costa. “Vai ser feita a conservação
das paredes exteriores da igreja, com a substituição do reboco e da
caixilharia”, adiantou, assegurando que a torre “não vai ser objecto
de qualquer intervenção”.
A colocação do painel publicitário resulta do facto do projecto
estar abrangido pelo «Porto com Pinta». Sem adiantar qual o mecenas
envolvido neste programa da Agência para a Modernização do Porto
(Apor), aquele responsável referiu que a instituição pagará parte
dos trabalhos a desenvolver na igreja, ficando a fachada sul sob a
responsabilidade da Direcção Regional de Edifícios e Monumentos
Nacionais.
Sobre o facto dos dois monumentos estarem a ser objecto de
intervenções em pleno de férias, altura em que mais turistas visitam
o Porto, Augusto Costa desvalorizou a questão. “O património não se
compadece com interesses individuais dos turistas. Não podíamos
perder a oportunidade de ter um mecenas disposto a financiar metade
das obras”, advogou. “É óbvio que os turistas podem sair um pouco
prejudicado, mas para o ano terão uma igreja espectacular”,
acrescentou.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=e9f2441cf65
97667bf2dac4ad9445d37
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3. Matosinhos: Biblioteca Florbela Espanca é um sucesso
A resposta da cidade à destemida aposta da Câmara Municipal de
Matosinhos na Cultura está exposta na Biblioteca Florbela Espanca:
43 mil utentes registados nos primeiros seis meses deste ano, dez
mil exemplares emprestados, 15 mil acessos gratuitos à Internet. Até
ao final do ano, o equipamento inaugurado há, apenas, 18 meses
deverá ultrapassar os cem mil utilizadores. Sobretudo agora, com o
alargamento dos utentes a toda a área Metropolitana do Porto.
Mas é Cristina Pacheco, chefe de divisão de Turismo e Animação da
autarquia, quem melhor resume a receita do êxito “Não é uma
biblioteca clássica, onde se fala baixo e cuja função está confinada
aos livros. Temos reuniões mensais com todas as áreas de intervenção
da autarquia onde pensamos e discutimos a melhor forma de
rentabilizar o espaço para melhor servir as pessoas”. Daí os
ateliês, os workshops, as exposições. Daí também o volume de
crianças e jovens que escolhem a biblioteca para entreter as férias.
A Biblioteca Florbela Espanca tem cinco pisos, por onde estão
distribuídos o auditório, o bar, sala de exposições, outra de
jornais, espaço para as crianças e jovens, outro de leitura geral,
zona de leitura para invisuais e outra para consulta do núcleo de
reservados e arquivo histórico. Américo Cardoso, 80 anos, fica, no
entanto, pela área da imprensa. “Nunca fico aqui menos de três
horas”, assegura. Lê um ou dois jornais generalistas, os desportivos
e os da cidade. Todos os dias. O mais difícil, afirma, “é, às vezes,
encontrar um sofá livre”, onde possa recostar-se.
https://jn.sapo.pt/2006/08/21/porto/biblioteca_florbela_espanca_quer_c
he.html
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4. Coura: Junco sem a utilidade de antanho
O corte de junco nos sapais dos rios Coura e Minho “está a acabar
porque a gente nova não quer dedicar-se à agricultura”. Foi esta a
justificação dada por Fátima Simões, residente em Argela, onde
possui uma pequena exploração de bovinos para abate, uma das poucas
agricultoras que se dedica a recolher o junco das junqueiras destes
rios, com a finalidade de o utilizar para “cama” dos animais.
https://jn.sapo.pt/2006/08/21/minho/junco_coura_e_minho_a_utilidade_an
ta.html
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5. Tibães: Monjas preparam-se
A comunidade religiosa que vai fazer regressar o Mosteiro S.
Martinho de Tibães à sua característica originária chega em Setembro
de 2007 a Braga para se adaptar à cultura portuguesa e aprender a
língua. Passado cerca de 150 anos dos beneditinos terem deixado a
principal sede portuguesa, é a vez de um grupo de monjas francesas
conhecidas por Trabalhadoras Missionárias ocuparem o mosteiro.
As monjas não viverão em regime de clausura, característica dos
seguidores de S. Bento, mas vão seguir uma missão idêntica em
relação à valorização do trabalho e ao modelo de auto-suficiência. A
seu cargo ficará uma hospedaria e um restaurante, construídos no que
resta das ruínas do noviciado e do antigo hospício, o local onde os
hóspedes do mosteiro comiam com o Abade Geral por não poderem
partilhar as refeições com os monges no refeitório.
O restaurante “Eau vive” e a hospedaria que vão explorar estão
abertos a todo o público, independentemente de irem ou não à procura
de ajuda espiritual. O principal interesse dos visitantes pode
confinar-se ao museu do Mosteiro de Tibães, aberto ao público há
quase 20 anos, ou aos 40 hectares da zona verde que o envolve e que
se torna numa das melhores paisagens para quem quer descansar.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=3c59dc048e8850243be8079a5c74d079&subsec=&id=4a4c045ac1d
cabc51927d9f41c9c2aec
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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Se quiser consultar os boletins atrasados veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e de O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Para mais informações e adesão à Associação Campo Aberto:
contacto@campoaberto.pt
telefax 229759592
Apartado 5052, 4018-001 Porto
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
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