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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
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Sexta-feira, 01 de Dezembro de 2006
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1. Porto: Rede da STCP encolhe a partir da passagem de ano
Andréia Azevedo Soares
Expansão do metro do Porto condiciona reorganização: 44 linhas acabam, 30
nascem com novos horários e frequências
https://jornal.publico.clix.pt/default.asp?a=2006&m=12&d=01&uid=&sid=12145
STCP acaba com mais44 linhas e cria 30 novas
Hugo Silva
As históricas linhas 78 e 21 da STCP vão desaparecer no final do ano. Assim
como quase todas as carreiras mais antigas, que por agora ainda estão ao
serviço da empresa. A partir de 1 de Janeiro próximo, entra em vigor a nova
rede, com menos linhas, ligações mais curtas, mais transbordos, mas com
tempos de percurso menores, graças, em grande parte, à interligação com o
metro.
Dentro de um mês, a “revolução” está na rua (é o terceiro e último passo da
implementação da nova rede), obrigando milhares de pessoas a alterar hábitos
de viagem. No total, desaparecem 44 linhas e nascem 30. Se a rede antiga
tinha 82 carreiras, a nova tem apenas 58 (incluindo oito com a designação em
dois dígitos, operadas por privados para a STCP, duas de eléctrico e seis
especiais – as “Z” – que funcionam como vaivém em zonas específicas e que
servem de ligação aos autocarros com três dígitos).
Todas as linhas para Gaia são mudadas, assim como a maioria das ligações
para Matosinhos, Gondomar e Maia. Dentro do Porto, também surgem novas
linhas.
O terminal da Praça de Liberdade/Avenida dos Aliados vai desaparecer,
estabelecendo-se cinco eixos principais para interface ao quadrilátero
central constituído pela Boavista (Bom Sucesso), Marquês, Baixa do Porto e
Campo 24 de Agosto junta-se o Hospital de S. João. Na noite de 31 de
Dezembro , a empresa vai mudar as suas 2600 paragens.
A bilhética passará a ser toda sem contacto, podendo os passageiros optar,
depois, pelo tarifário intermodal (também dá para o metro e algumas linhas
da CP) ou pelo tarifário exclusivo da STCP.
As alterações são tão profundas que a empresa vai, pela primeira vez,
recorrer a anúncios na televisão para informar. No dia 16, será distribuído
com o JN um caderno explicativo das mudanças.
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/stcp_acaba_mais44_linhas_e_cria_nova.html
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3. VNGaia: Privados fazem via panorâmica
Carla Sofia Luz
A Câmara de Gaia está a negociar a execução de uma avenida, que ligará o
Candal ao Cais do Cavaco, na marginal fluvial, com três investidores
privados. As empresas possuem terrenos e projectos imobiliários para aquela
zona.
A ambição camarária é criar um acesso mais rápido e directo à frente
ribeirinha, sem ter de percorrer os estreitos arruamentos do miolo do Centro
Histórico e sendo uma alternativa às ruas do Cavaco e de Rei Ramiro. Para
executá-lo, o Município teria de custear a expropriação das propriedades na
encosta da Fraga.
“A via panorâmica ligará a VL8 à marginal de Gaia, junto ao Cais do Cavaco.
Sem o custo dos terrenos, a via não fica por menos de cinco milhões de
euros”, sustenta Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia. Estas
contas levam o autarca a negociar a realização de uma parceria com os
proprietários privados.
“Nós fornecemos o projecto e os proprietários cedem os terrenos e pagam as
vias. A Electro-Cerâmica pertence ao Banco Português de Negócios. Pretende
fechar a zona dos contentores e ter um acesso directo. A Quinta de Santo
António oferece o segundo troço, que custa dois milhões de euros. A empresa
espanhola Exxon constrói o último troço da via”, explica Menezes.
Assim, a Via Panorâmica nascerá junto à Electro-Cerâmica. Passará por baixo
do viaduto da VL8 e ao lado do Estádio de Rei Ramiro do Clube Desportivo do
Candal e descerá a encosta, junto ao futuro empreendimento habitacional na
Quinta de Santo António até desembocar junto ao Cais do Cavaco. A Exxon é a
proprietária da Quinta do Vale dos Amores, onde existiam instalações
petrolíferas. Hoje, o espaço é usado como parque de estacionamento público
gratuito. A empresa tem um projecto imobiliário para a quinta, que passa
pela construção de edifícios de habitação.A implantação deste empreendimento
está definida no Plano de Pormenor de Fraga, elaborado no âmbito do Polis. O
plano prevê a reconversão do Cais do Cavaco com plataforma de acostagem e
restaurantes.
Novas ruas no Cabedelo
A execução da VL2, que aproximará a Rua da Bélgica do Largo do Linho, a
poucos metros da praia de Cabedelo, em Canidelo (Gaia), já foi adjudicada. A
construtora Alberto Couto Alves fará a nova via, orçada em dois milhões de
euros. O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, crê que a obra
ficará concluída até à próxima Primavera. Também a marginal fluvial do Douro
entre a Afurada e o areal de Cabedelo será requalificada. A actual via está
alcatroada, mas não tem iluminação nem passeios. A empreitada poderá avançar
no princípio do próximo ano. O novo desenho prevê a criação de um arruamento
com duas vertentes. Na zona mais próxima do rio, a via será pedonal e, nas
traseiras da urbanização (a edificar na frente da Quinta de Marques Gomes),
ficará a artéria aberta a viaturas. Os automóveis só poderão circular na
marginal até ao Largo do Linho, onde será criada uma rotunda. Aí, surgirá um
parque de estacionamento de superfície com 200 lugares. A partir desse
ponto, a marginal será para peões.
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/privados_fazem_panoramica.html
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4. Porto: Concessão do Rivoli com novo atraso
A Câmara do Porto adiou novamente a decisão sobre a concessão da gestão do
Teatro Rivoli, agora prevista para o “princípio de Dezem bro”, disse ontem à
Lusa fonte da autarquia. “Ainda não há decisão. Não há uma data definida.
Deverá ser no princípio de Dezembro”, admitiu a fonte.
A Lusa contactou alguns dos cinco candidatos à gestão do Rivoli, que disse
ram não ter recebido nos últimos dias qualquer informação ou contacto da
autarquia sobre o concurso. O presidente da Câmara, Rui Rio, afirmou, dia
20, que a autarquia deveria decidir até ao final de Novembro a quem irá
atribuir a concessão da gestão do teatro Rivoli.
“É preferível resvalar 30 dias do que ser muito rigoroso no cumprimento de
prazos e não tomar a melhor decisão”, disse Rio, referindo-se ao atraso
relativamente ao compromisso inicial, de anunciar o futuro concessionário
até ao final de Outubro.
Bastidores, Inatel, Miltemas, Plateia e Portoeventos são os cinco candidat
os à gestão do Rivoli nos próximos três anos, na sequência de um concurso
anunciado em Julho por Rui Rio e que motivou, em Outubro, a ocupação da sala
durante três dias por contestatários da concessão a privados de um espaço
cultural público.
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/concessao_rivoli_novo_atraso.html
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5. Demolição de bairro em Espinho: Nem todos tiveram direito a casa nova
O chamado “bairro dos ciganos”, a sul da Marinha de Silvalde, em Espinho,
começou, ontem, a ser demolido. Os moradores do bairro, esses, já estão
realojados num bloco de apartamentos de habitação social, construído a
algumas centenas de metros daquele local, e que já se encontrava pronto há
quase dois anos e meio
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/fim_bairro_ciganos_alegria_choro_e_r.html
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6. Porto: Arranjo em Miguel Bombarda de novo adiado
A reabilitação da rua das galerias foi adiada mais uma vez. A intervenção é
aguardada há cerca de oito anos. O projecto de execução, concebido pelo
arquitecto Filipe Oliveira Dias, está concluído e já foi entregue à Empresa
Municipal de Gestão de Obras Públicas. No entanto, a obra não avançará no
próximo ano, tal como foi prometido pela Câmara.
O Orçamento do Município do Porto para 2007 é claro. Não existe qualquer
dotação para a empreitada, que visa a beneficiação de parte das ruas de
Miguel Bombarda e da Boa Nova. A actual desorganização de Miguel Bombarda,
com piso degradado e estacionamento caótico, dará lugar a uma via pedonal
com áreas de estar e pavimento desenhado pelo artista Ângelo de Sousa. Ainda
este ano, a Empresa de Gestão das Obras Públicas tinha dado a garantia de
que seria lançado o concurso público, de modo a executar a obra em 2007.
Só que, da listagem de intervenções a lançar pela empresa anexa ao
Orçamento, é possível constatar que a recuperação da Rua de Miguel Bombarda
não dotação atribuída. Estão inscritos, no entanto, mais de 706 mil euros
para 2008. A rubrica, dedicada à melhoria da mobilidade e dos sistemas de
infra-estruturas, contará com 10,5 milhões no próximo ano. Destaque para a
empreitada de beneficiação de várias artérias do centro da cidade,
financiada pelo programa Urbcom. Também o lançamento desta obra no terreno –
passará pelas ruas de Santa Catarina, de Passos Manuel, do Bonjardim e de
Ceuta, entre outras – está atrasado. Orça mais de 5,53 milhões de euros.
O próximo ano será, também, o da conclusão da via estruturante do pólo da
Asprela, que soma cerca de dez anos. O último troço com 500 metros ligará o
acesso rodoviário sem saída, contíguo à Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, à Rua de Eduardo Santos Silva. A Empresa Municipal de
Gestão de Obras Públicas estima gastar 1,4 milhões de euros. Os trabalhos
prolongar-se-ão por oito meses.
Da lista de empreitadas, merecem destaque os 300 mil euros que serão
investidos no arranjo do Queimódromo. Recentemente, o presidente da Câmara,
Rui Rio, afirmou a vontade da autarquia em criar condições para que este
espaço, que já acolheu a Feira Popular, possa receber outros eventos, como
concertos. CSL
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/arranjo_miguel_bombarda_novo_adiado.html
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7. OPINIÃO: As duas faces da esquina
E já que estamos na Praça de D. Filipa de Lencastre, onde se situa a Garagem
d’ “O Comércio do Porto”, edifício a que dedicámos algumas crónicas, tal é a
sua importância na história da Arquitectura do século XX, fiquemos mais um
pouco para olhar outro exemplo excepcional de boa arquitectura em contexto
urbano, como é o caso de um dos edifícios que marcam a passagem da Praça
para a Rua de Ceuta e para o lado ocidental da cidade, o que, durante a
primeira metade do século passado, foi objecto de inúmeros estudos.
O edifício a que nos referimos ocupa o gaveto onde se inicia a Rua da
Picaria e une, num brilhante exercício de composição arquitectónica e
sensibilidade ao contexto urbano, o pré-existente “Edifício da Companhia dos
Telefones”, com frente para esta mesma rua e o denominado “Edifício Soares &
Irmão”, com frente para a nova Rua de Ceuta. Este último é projecto de
Arménio Losa, um dos mais brilhantes arquitectos que marcou, como poucos, a
vida cultural e cívica da cidade até ao ano da sua morte, em 1988. Falaremos
dele a da sua obra em próximas crónicas, assim como, também, de Cassiano
Barbosa com quem Losa partilhou atelier durante longos anos, numa época de
grandes mudanças a que o Porto não foi alheio.
https://jn.sapo.pt/2006/12/01/porto/as_duas_faces_esquina.html
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresenta-se o sumário e/ou resumos de notícias de interesse
urbanístico/ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e de O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito específico
são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste, entre o
Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Alexandre Bahia
Para mais informações e adesão à associação Campo Aberto:
Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
www.campoaberto.pt
campo-aberto.blogspot.com
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