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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Sexta-feira, 15 de Dezemmbro de 2006
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Reflorestar 350 hectares queimados
Uma zona de Freixo de Espada à Cinta, fustigada por um dos maiores incêndios de 2003 de que resultaram duas vítimas mortais, vai ser reflorestada através de um projecto pioneiro no Nordeste Transmontano.
O projecto, que vai ser domingo naquela localidade, envolve os serviços regionais da Direcção-Geral de Recursos Florestais, a câmara municipal local, as juntas de freguesia de Freixo de Espada à Cinta e Mazouco, o Parque Natural do Douro Internacional e a Direcção Regional de Agricultura do Norte.
Segundo disse à Lusa o técnico florestal Vítor Rego, o projecto abrange uma área de 350 hectares e além da reflorestação tem também uma preocupação de desenvolvimento rural e de combate à desertificação nas vertentes física e humana. Para combater a desertificação física dos solos, pobres nesta zona, os promotores vão pôr de lado o pinhal que povoava a área ardida e apostar em espécies adequadas aos solos e ao clima da região, nomeadamente o sobreiro, castanheiro, azinheira e carvalho. Para o local estão também pensadas áreas de lazer para a população, a pastorícia, além de manchas de cogumelos comestíveis, que irão contribuir para a economia local. Os técnicos vão introduzir ainda uma espécie de fundo protector da fauna, eficaz na prevenção de incêndios. Uma antiga casa da guarda-florestal vai também ser recuperada para apoio, no âmbito deste projecto que envolverá mão-de-obra local na ordem das centenas de trabalhadores, de acordo com a fonte. O projecto, que envolve cerca de 350 mil euros, vai ser candidatado ao próximo Quadro de Referência Estratégica Nacional.
Os promotores acreditam que será possível arrancar com os trabalhos durante o próximo ano. A zona que vai ser intervencionada foi fustigada por um incêndio em 2003 e que vitimou um casal. O projecto de reflorestação prevê também, para uma fase posterior, a criação de uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF), que será alargada até aos mil hectares, envolvendo um mínimo de 50 proprietários particulares.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=369c253b2a4dc086e5a2e371ae2dfe83
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2. Trinta ideias para o Covelo
O concurso de ideias lançado pela Câmara do Porto para a reabilitação da Quinta do Covelo contou com uma participação significativa. Segundo avançou ao JANEIRO o vice-presidente da autarquia e titular da pasta do Ambiente, Álvaro Castello-Branco, foram recepcionadas “cerca de 30 propostas que se encontram na fase final de avaliação”. Já na próxima semana, revelou, serão conhecidas as classificações e os trabalhos serão expostos.
O vereador referiu que ainda não conhece, em pormenor, os contornos dos projectos concorrentes. “As propostas estão com o júri e só depois de serem tornadas públicas é que irei analisa-las”, aludiu, assinalando, contudo, que a esmagadora maioria vai de encontro às premissas impostas pelo concurso de ideias.
Entre os critérios de avaliação, a Câmara do Porto solicitou a abertura da Quinta do Covelo à cidade, a requalificação da mata e a recuperação da casa em ruína. O júri terá também valorizado “o grau de inovação” e “a preservação dos elementos vegetais existentes”. No projecto definitivo que a autarquia ainda vai definir para o espaço verde, pretende-se também que exista “a possibilidade de alargamento da Rua de Álvaro Castelões e da Travessa de S. João, zonas de estadia/circuitos pedonais”, bem como “a criação de estacionamento na envolvente”. Os três melhores trabalhos apresentados terão direito a um prémio monetário de 15 mil, 10 mil e cinco mil euros, podendo ainda ser atribuídas menções honrosas num montante total de cinco mil euros.
Espaço sub-aproveitado
Actualmente, o estado de preservação da Quinta do Covelo “está muito aquém das suas reais potencialidades”, como assume a Câmara do Porto. Foi neste contexto que, em meados de Abril, surgiu a ideia de abrir um concurso de ideias de forma a colher sugestões para o projecto definitivo de requalificação do espaço verde.
O objectivo assumido anteriormente por Álvaro Castello-Branco era que a intervenção arrancasse logo no início do próximo ano. “Ainda vamos ter de definir exactamente o que vai ser feito, para depois lançarmos o concurso de concessão, execução e construção”, argumentou, agora, o vice-presidente da autarquia portuense, deixando antever que o projecto deverá avançar no terreno mais tarde.
O concurso de ideias lançado pela câmara municipal foi, na altura, aplaudido por algumas associações ambientalistas, entre elas a Campo Aberto. Até porque, criticou Nuno Quental, dirigente da organização, “é um espaço verde que se encontra praticamente ao abandono”. O responsável mostrou-se, por isso, receptivo a contribuir com algumas ideias para a requalificação da quinta. O vereador do Ambiente não avançou os nomes dos trabalhos concorrentes.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=81585ee694ba123510df8a200d0af9c5
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3. Maia: intervenção na Quinta da Lage
O executivo da Câmara da Maia aprovou por unanimidade a constituição de uma parceria público-privada entre a Espaço Municipal e a Miguel Rico Asociados (MRA). O objectivo é começar a construir em 2007 na Quinta da Lage, apesar do Plano de Pormenor de Souto Moura ainda não estar aprovado. O projecto do Parque Maior, uma zona de habitação e comércio com áreas públicas, integrado no Plano de Pormenor do Novo Centro Direccional da Maia, vai avançar no próximo ano. O executivo aprovou, no dia 4, a criação de uma parceria público-privada entre a Espaço Municipal e a Miguel Rico Asociados SA. Esta parceria vai obrigar à constituição de uma empresa mista, designada por Parque Maior – Reabilitação Urbana da Maia S.A., com capitais constituídos pelas duas empresas, 51 por cento pela Espaço Municipal e 49 por cento pela MRA. Silva Tiago disse ao JANEIRO que a intervenção no Bairro do Sobreiro não será prioritária. A primeira zona a ser intervencionada será a Quinta da Lage, um terreno na Rua Altino Coelho.
Falta aprovação
O vereador do Urbanismo explicou que a autarquia ainda não aprovou o Plano de Pormenor elaborado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura, mas isso não impedirá o avanço do chamado Parque Maior. A parceria público-privada terá ainda que ser apresentada à assembleia municipal, o que deverá suceder no próximo dia 20.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=59941bb1c80acaa93a0d1fb74aa9b282
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4. S. Brás será um parque natural
A Câmara de Matosinhos procedeu à demolição de uma casa para dar mais um passo para a concretização do parque ecológico do Monte de S. Brás, em Santa Cruz do Bispo. Guilherme Pinto quer que esta zona verde seja “um pulmão da Área Metropolitana do Porto”.
Área verde
O cerne deste novo equipamento passa pela valorização ambiental do vale do rio Leça, entre a ponte do Carro, nas freguesias de Santa Cruz do Bispo e Guifões, e a Rua das Carvalhas, em Custóias. A autarquia pretende construir no local um grande parque ecológico e urbano e serão criados espaços de convivência e lazer direccionados para que as pessoas possam fruir da zona verde. O projecto, em fase de elaboração, prevê áreas desportivas informais, quinta pedagógica, área de alojamento jovem, escola canina, picadeiro e desportos radicais, entre outras valências.
Este projecto ambiental inclui a limpeza e estabilização das margens do rio Leça, a recuperação dos moinhos, açudes e a ponte da pedra, um percurso pedonal ao longo do curso de água, parques infantis, de merendas, circuito de manutenção, espaço para desportos radicais, percursos de interpretação ambiental e equestres, entre outras valências.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=0b70d61ebf490067f88f6b704e8e58d3
S. Brás recupera imagem
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/porto/s_bras_recupera_imagem.html
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5. Miradouros vão ser recuperados
Cinco caminhos panorâmicos e 11 miradouros da região do Douro, Património Mundial, vão ser recuperados. O investimento é de cerca de 700 mil euros e as obras devem estar concluídas em Setembro de 2007. Foi ainda anunciada a construção de um Centro de Protecção Ambiental.
A partir de Setembro de 2007 vai ser possível passear pela região do Douro, Património Mundial, através de cinco caminhos panorâmicos e 11 miradouros, cuja recuperação vai custar 700 mil euros.
O anúncio foi feito ontem pela Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), que gere o projecto de qualificação de caminhos e miradouros do Alto Douro Vinhateiro (ADV), no decorrer da cerimónia de assinatura dos contratos de adjudicação da empreitada.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=c4effe0d26d8103f956d9722155df6d7
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6. Comerciantes querem cobrir Rua de Cedofeita
Alguns dos comerciantes da Rua de Cedofeita querem retomar o projecto de cobrir a zona pedonal, transformando a artéria numa espécie de centro comercial ao ar livre. “Temos de nos modernizar, porque só assim vamos conseguir chamar as pessoas à Baixa”, argumentou Aventino da Silva. Ao JANEIRO, este lojista adiantou que será formada uma comissão de trabalho que, em conjunto com a associação representativa, “irá desenvolver a ideia”. Certo é que “a esmagadora maioria dos comerciantes da zona pedonal estão de acordo com a cobertura”. O intento conta com o apoio da Associação dos Comerciantes, mas a presidente realça que o seu avanço “depende do impulso” que os lojistas de Cedofeita pretendam dar ao projecto. Trata-se de uma ideia, evocou, “que já foi muito badalada. Agora, é preciso criar todas as condições para que se concretize”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c16a5320fa475530d9583c34fd356ef5&subsec=3df1d4b96d8976ff5986393e8767f5b2&id=fb467efb8d0a5b9c99d63fe886e3e268
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7. Teletrabalho é favorável ao ambiente
O ambiente beneficia com o tele-trabalho, nomeadamente com as reuniões via Internet para poupar deslocações, mas os ambientalistas defendem a necessidade de aumentar a vida e a eficiência dos computadores para manter os benefícios no futuro.
“Temos de reduzir a energia que utilizamos. No futuro não vamos poder gastar o que gastamos. O teletrabalho tem conseguido poupar bastante energia, mas é preciso aumentar a sua eficiência”, afirmou à agência Lusa André Vizinho, da associação ambientalista GAIA, que amanhã participa num encontro nacional sobre o tema “Mobilidade, Novas Tecnologias de Comunicação e Ecoficiência”.
O fabrico de um computador implica 240 quilos de combustíveis fósseis e 22 quilos de químicos, exemplificou o ambientalista, contrapondo que a produção de um carro envolve cinco toneladas de combustíveis fósseis.
“Quem compra um computador devia plantar uma árvore, para compensar o que destrói em termos ambientais, enquanto para um carro deviam ser plantadas cerca de 20 árvores”, adiantou André Vizinho.
Aumentar eficiência
O especialista defende que, em termos ecológicos, “faz sentido” continuar a investir no teletrabalho mas é preciso aumentar a sua eficiência. “É preciso mais tempo de vida para os computadores, para não serem deitados no lixo com tanta frequência, e é também necessário assegurar que passem a ter um mínimo de manutenção, caso contrário os dispêndios de energia continuam a ser muito grandes”, defendeu.
No encontro nacional da Confederação das Associações de Defesa do Ambiente, que tem lugar hoje e amanhã, em Lisboa, o especialista Henrique Schwartz do Conselho Nacional para o Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (CNADS) vai tentar demonstrar “em que medida o uso de informação substitui o uso de recursos naturais como a energia e os materiais”, alterando o nosso modo de vida e a pegada ecológica.
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/sociedade_e_vida/teletrabalho_e_favoravel_ambiente.html
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8. Alunos de Belas Artes revelam o rosto da cidade em fotografia
É o testemunho de uma fracção do Porto em imagens o que propõem, até dia 27 deste mês, os alunos da Faculdade de Belas Artes da cidade. A exposição de fotografia “Aqui perto”, patente nos corredores da Biblioteca Municipal, representa a redescoberta ou um exercício de conhecimento aprofundado da zona onde os estudantes estão inseridos desde 1836 – altura em que foi fundada a Academia Portuense de Belas Artes.
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/porto/alunos_belas_artes_revelam_o_rosto_c.html
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9. Ideia para limpar solos vale prémio a jovens estudantes
Um grupo de seis alunos da licenciatura em “Ciências e Tecnologia do Ambiente” da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto foi distinguido com o prémio “InnovationPoint 2006” pelo projecto “Air de solos”, cujo objectivo é proceder à avaliação, impacte e remediação de solos contaminados com gasolinas. A equipa recebe hoje o galardão em Braga.
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/porto/ideia_para_limpar_solos_vale_premio_.html
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10. Abate de veículos com novas condições
O Governo decidiu ontem, em Conselho de Ministros, facilitar o acesso aos incentivos fiscais ao abate de veículos em fim de vida, com a adopção de medidas de simplificação do regime.
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/economia_e_trabalho/abate_veiculos_novas_condicoes.html
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11. Moradores do “Santo Eugénio” contra extinção da linha 77
“Tirar o autocarro daqui é matar-nos”, exclama Maria Teixeira Gonçalves, com lágrimas nos olhos cansados e a bengala a suportar-lhe os 78 anos. É uma das mais de 600 pessoas residentes no Bairro de Santo Eugénio, em Francos, no Porto, que participaram no abaixo-assinado, já entregue à Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), em sinal de protesto face à suspensão da linha 77, no final do mês.
De acordo com Serafim Branco, de 65 anos, também a residir no bairro, o “problema principal” da decisão é que a maioria dos moradores “é de idade e tem dificuldade em deslocar-se. Retirando o autocarro, as pessoas são obrigadas a ir à Estrada da Circunvalação, onde já tem havido atropelamentos, para apanhar outro”.
E salienta, ainda, que, pelo facto de a Escola EB 2,3 do Viso se situar no Bairro de Santo Eugénio, “as crianças também vão ter de atravessar a Circunvalação”, onde, além de não haver passadeiras, “dificilmente alguém cumpre o limite de velocidade”. “A Circunvalação vai ficar um cemitério”, atira outra residente, Gracinda Rocha.
“A maior parte das pessoas vai ter de usar táxis” para as deslocações frequentes ao médico ou à farmácia, explica Serafim Branco. “E somos todos pobres”, acrescenta Maria Teixeira Gonçalves. As cerca de 20 cabeças em volta acenam afirmativamente. A moradora continua “A STCP diz que o autocarro não dá lucro, mas há motoristas que dizem que é o que mais lucro dá”.
Contactada pelo JN, a STCP informou, por escrito, estar “a diligenciar junto das entidades competentes no sentido de serem criadas condições de atravessamento [da Estrada da Circunvalação] com segurança”. A empresa afirmou também já se ter comprometido, “com a Junta de Freguesia de Ramalde”, a “rever os percursos” naquela zona.
Ontem, por volta das 21.30 horas, teve lugar, num edifício da Rua de Santa Catarina, uma reunião de comissões de utentes da STCP da Área Metropolitana do Porto, descontentes com a reestruturação em curso, informou Manuel Ferreira, da comissão do Bairro de Santo Eugénio. O intuito é “decidir o que fazer” perante algumas alterações anunciadas.
https://jn.sapo.pt/2006/12/15/porto/moradores_santo_eugenio_contra_extin.html
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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Se quiser consultar os boletins atrasados veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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