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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Sábado, 30 de Dezembro de 2006
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. 2006 entre os cinco anos mais quentes desde 1931
O ano de 2006 foi um dos cinco mais quentes em Portugal desde 1931 e bateu recordes nalguns indicadores meteorológicos. Segundo dados preliminares do Relatório Climatológico de 2006 do Instituto de Meteorologia (IM), este ano deverá terminar com uma temperatura média de 15,99 graus ou ligeiramente mais, o que representa mais um grau do que o valor médio do período de referência, tabelado pelos anos de 1961-1990. A nível mundial, este ano foi o sexto mais quente, com 0,42 graus acima da média.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/sociedade_e_vida/2006_entre_cinco_anosmais_quentes_de.html
Clima português mais quente
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=98d612e7a889a4052f8377daf84ef1d6
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2. Único parque de campismo da cidade fecha as portas
O parque de campismo da Prelada, no Porto, fecha dentro de dois dias. O novo ano de 2007 dita o fim do único equipamento de acolhimento a campistas existente no centro da cidade, após 45 anos de funcionamento. A falta de rentabilidade levou a Santa Casa da Misericórdia do Porto, detentora e exploradora do espaço, a determinar o encerramento. O Clube de Campismo do Porto (CCP), que esteve na génese do parque em 1961, lamenta a decisão e está disponível para geri-lo.
Para a decisão contaram as exigências da Direcção-Geral de Turismo, que reclama a execução de “obras de monta”, para que o parque “obsoleto” continue a funcionar. Face ao “uso muito marginal” do equipamento, a Santa Casa entendeu que não valia a pena investir na manutenção e tem outro destino para a quinta. Restaurá-la e transformá-la num parque público em articulação com a Casa da Prelada, imóvel de interesse público concebido por Nicolau Nasoni, que acolherá um centro cultural.
Com o encerramento do parque, a cidade do Porto deixa de ter infra-estruturas para os campistas e as autocaravanas. Só podem ficar nos concelhos vizinhos. Na Área Metropolitana, sete dos 14 municípios continuam a ter parques de campismo. Ao todo, há 11 equipamentos, excluindo o da Prelada, quase todos instalados próximo do mar. Gaia e Vila do Conde são recordistas possuem três cada um.
“Estamos a negociar com a Câmara do Porto a possibilidade de estender a quinta da Prelada para os terrenos contíguos ao parque [junto à Cidade Cooperativa da Prelada] e podemos permutá-los com outras propriedades da Santa Casa na cidade”, assinala António Tavares, garantindo que a vontade da Misericórdia é recuperar e transformar a quinta numa grande mancha verde para lazer e com uma componente cultural, assegurada pela Casa da Prelada (onde ficará instalado o arquivo da Misericórdia). E está a escolher o arquitecto paisagista para elaborar o projecto.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/porto/unico_parque_campismo_cidade_fecha_p.html
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3. Aprovada moção sobre futura A32
A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira aprovou, por maioria, uma moção do PSD sobre a futura auto-estrada (A32), que ligará Oliveira de Azeméis a Vila Nova de Gaia. No documento, alerta-se o Governo para a necessidade de criar vários pontos de acesso àquela via.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/porto/aprovada_mocao_sobre_futura_a32.html
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4. Polis prolonga-se até à demoliçãodo prédio Coutinho
Os accionistas do Polis de Viana do Castelo decidiram, ontem, por unanimidade, prorrogar indefinidamente a acção da sociedade gestora do programa (que deveria terminar amanhã) “até à resolução do processo de expropriação do Edifício Jardim”. O mesmo é dizer, até à demolição do prédio Coutinho e posterior construção, no local, do futuro mercado municipal.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/minho/polis_prolongase_a_demolicaodo_predi.html
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5. Novo trilho requalifica moinhos e aldeia do Gerês
O ponto de partida é a Casa dos Bernardos, na freguesia de Santa Isabel do Monte, em Terras de Bouro. Calçado adequado, chapéu, roupa leve e uma garrafa de água são elementos essenciais para o percurso pedestre de cerca três quilómetros que levará o visitante a descobrir 26 moinhos antigos que estão, nesta altura, a ser totalmente recuperados. Pelo meio, assiste-se aos vários processos do fabrico de pão com instrumentos artesanais ainda hoje em uso pela população da freguesia.
O antigo caminho público atravessa cinco lugares de Santa Isabel e quando estiver, no final do ano, à disposição dos pedestrianistas terá várias placas de identificação e informação. Com o rio Návia, como pano de fundo, a futura “Rota do Milho” vai mostrar também algumas mamoas, entretanto descobertas.
Museu Etnográfico
É uma criação manifestada pelos antigos habitantes da extinta aldeia comunitária de Vilarinho das Furnas. No ano de 1981, a Câmara Municipal de Terras de Bouro deu inicio à sua construção consubstanciada no aproveitamento de matéria-prima originária da aldeia e foi inaugurado a 14 de Maio de 1989.
Trata-se de uma construção de arquitectura popular em alvenaria tradicional, cujo desenho final enquadra-se, com perfeição, na cultura edificada da aldeia de Campo do Gerês.
Espigueiros
Os espigueiros são parte integrante das quintas e das casas de lavoura, servindo de arrecadação e conservação de espigas de milho e outros cereais.
Estas estruturas arquitectónicas adornam as casas e as eiras com a sua esmerada obra em granito e madeiramento. Por sua vez, denunciam um pragmatismo popular, com um padrão funcional de grande utilidade para as populações agrícolas, favorecendo a secagem, a conservação dos cereais, protegendo-os do ataque dos animais roedores, por outro lado revelam um valor artístico, com a sua delicadeza morfológica.
Mamoas
No topo Nordeste da chã da Nave, nas proximidades de uma nascente de água, conservam-se duas mamoas, bem perceptíveis na linha de superfície do solo e distantes uma da outra cerca de 50 metros. Tratam-se de monumentos megalíticos a que se atribui uma função funerária, apresentando similitudes formais com inúmeros conjuntos dispersos pelas serras do Noroeste e aos quais se atribui uma cronologia situada entre os séculos IV e III a.C.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/minho/novo_trilho_requalifica_moinhos_e_al.html
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6. Santa Isabel do Monte vai sofrer uma autêntica revolução visual
Santa Isabel do Monte é um território de montanha, situado na bordadura do relevo com o mesmo nome, onde encostas abruptas descem sobre o apertado vale da ribeira de Freitas. Das várias épocas e, consequentemente, dos povoamentos humanos restam vestígios da sua história, com referência para os túmulos megalíticos, vulgarmente denominadas por mamoas, ou por Covas da Moura, localizadas no sítio dos Candais, no lugar de Campos Abades. Estas estruturas arqueológicas, construídas a partir de terra, cascalho e calhaus de granito, pelas suas similitudes formais com outros exemplares que se encontram nas serras do Noroeste, se atribui a função funerária, com identificação cronológica situada entre os quarto e terceiros milénios antes de Cristo.
A freguesia está a sofrer uma autêntica reformulação visual com a alteração das paisagens construídas tornando-as mais condizentes com a ruralidade que é a sua marca mais típica. No âmbito do programa Leader, que “atribuía verbas direccionadas para a criação ou para as requalificações turísticas” e nos quais os trilhos pedestres estão incluídos, foi substituído os alumínios por madeira, colocadas telhas portuguesas, requalificados espigueiros e uniformizadas as cores das próprias habitações. “Até a iluminação e os recipientes de recolha de lixo obedeceram a critérios muito rígidos”, refere o presidente da câmara de Terras de Bouro, outro dos guias deste passeio.
Aliás, António Afonso fez o percurso a incentivar os outros dois moradores a transformarem a aldeia “num verdadeiro roteiro turístico, mas para isso, é preciso criar estruturas para a venda de produtos regionais ou construir um pequeno restaurante para que as pessoas possam saborear os alimentos que ao longo do percurso descobrindo e que seriam confeccionados na altura”.
O autarca remata a conversa dizendo que “a aposta é por aqui e vocês têm que perceber isto. Nós estamos aqui para vos apoiar no que precisarem”. O ocre e o vermelho sangue de boi dominam as cores da paisagem, ainda salpicada por gruas e andaimes que marcam o final das reabilitações “vamos também retirar os cabos eléctricos e de telefone e pô-los debaixo do solo porque assim se exige”.
Com a passagem de dois trilhos pela freguesia, a câmara está a pensar criar estruturas de apoio ao turista sobretudo ligadas à parte do artesanato e da gastronomia, “uma vez a Casa dos Bernardos oferece alojamento de qualidade”. Para os próprios habitantes, a autarquia vai recuperar a escolha velha e transformá-la em centro de dia. Uma praia fluvial a construir em breve irá ter capacidade para armazenar água para combater incêndios.
De vista obrigatória é a aldeia de Campos Abades, que teve origem na granja cisterciense do mesmo nome fundada pelos monges do mosteiro de Santa Maria de Bouro e cuja composição do núcleo populacional é completada com espigueiros, palheiros, currais e pequenas hortas unidos/separados entre si por muros de pedra solta, formando um conjunto compacto e concentrado, característico do povoamento serrano do Noroeste português.
É um dos segredos mais bem guardados pelos habitantes da freguesia e por isso mesmo, ninguém fala nem ninguém sabe, nem ninguém quer saber. “Quanto menos se referir esse nome, melhor! Mais em paz ficamos!”, refere Manuel da Silva Dias, um dos nossos guias pelo novo trilho. Esse nome é “mafarrico” também conhecido por demónio ou diabo. É à volta dele que se construiu uma lenda que os mais antigos ainda hoje se benzem antes de a contar “não vá o Diabo tecê-las!”. A “Lenda Do Mafarrico” situa-se na zona de Rebordochão, onde existem umas alminhas que, ao contrário de todas as outras espalhadas pelo resto da freguesia, têm uma particularidade: a cruz de pedra que lhe pertence não está em cima do oratório mas ao lado. “Os populares já tentaram por diversas colocar a cruz no sítio dela, mas no dia seguinte aparece sempre no local onde foi retirada”, obra atribuída ao demo até porque “é impossível uma pessoa sozinha conseguir deslocar a pedra”. Estas alminhas tornam-se assim um dos ex-libris da freguesia, mesmo havendo muitos visitantes e turistas que não conhecendo a lenda, continuam a rezar e a colocar velas. “Já passou o tempo que vinham para aqui aquelas senhoras fazer macumbas!”, diz Manuel Dias revelando que “a união da freguesia e alguns dias de vigília intensa espantaram essa gente que não vinha aqui para a devoção mas para fazer mal aos outros!”
Trilhos de Miguel Torga atraem cada vez mais turistas ao concelho
Prosseguindo uma estratégia de rentabilização de todos os seus recursos e tendo em conta o facto do escritor Miguel Torga ter sido um frequentador assíduo das Termas do Gerês e um amante insaciável destas serranias, a câmara de Terras de Bouro avançou com um projecto de criação de trilhos. A rede de “Trilhos Pedestres na Senda de Miguel Torga” pretende, ” ser uma homenagem a um dos maiores vultos da literatura portuguesa que durante mais de quarenta anos calcorreou estas paisagens e aqui escreveu alguns dos seus melhores poemas”, refere o presidente do município.
São dez os percursos para já disponíveis o da Calcedónia com cerca de nove quilómetros constituído por traçados com declives; o do Castelo com mais de 16 mil metros e de dificuldade média; o Trilho dos Currais percorre-se em dez quilómetros; o dos Regadios Tradicionais percorre aldeias rurais de Chamoim, numa extensão de nove quilómetros; Trilho da Águia do Sarilhão, localizado na freguesia do Campo do Gerês com cerca de três horas de duração; o dos Miradouros de âmbito ecológico e paisagístico e cerca de nove mil metros de extensão; o de São Bento, de âmbito cultural e paisagístico tem uma extensão, aproximadamente, de dez quilómetros; o Couto de Souto com um tempo de duração de quatro horas e a Geira Romana que apresenta uma extensão de nove quilómetros e meio.
https://jn.sapo.pt/2006/12/30/minho/santa_isabel_monte_sofrer_autentica_.html
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7. V. F. de Xira: Governo aprovou instalação da fábrica de biocombustível
A Câmara de Vila Franca de Xira congratulou-se com a aprovação em Conselho de Ministros de resoluções que permitirão a instalação de uma fábrica de bio combustível e a revisão do estatuto de terrenos militares. O Conselho de Ministros aprovou o contrato que visa a instalação em Vila Franca de uma fábrica da empresa Biovegetal que produzirá anualmente 100 mil toneladas de bio combustível e bio diesel, divulgou a autarquia em comunicado. O projecto contribuirá para atingir “a meta definida pela Comissão Europeia de, até 2020, substituir 20 por cento dos combustíveis derivados do petróleo” usados no transporte rodoviário, salienta a autarquia. Trata-se de um investimento “que supera os 27 milhões de euros”, criará 21 postos de trabalho e que até ao fim do contrato, em 2015, se espera que gere “41,8 milhões de euros” em valor acrescentado acumulado.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=d1a4bb682fda2c2ad18323e0d21c9497
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Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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