Remar contra a maré. Lutar contra o inevitável, controlar os danos na melhor das hipóteses. Por todo o lado, as notícias queimam: a construção em reserva ecológica, o rio entubado, as árvores mutiladas, autarquias em frenesi de expansão da malha urbana e do imobiliário – sem necessidade, como que obedecendo a alguma agenda secreta de cupidez e interesses inconfessáveis. Ou requalificações que degradam e empobrecem, imposições contra a vontade dos cidadãos. Enquanto se evoca, em vão, a muleta do desenvolvimento sustentável, que já ninguém parece saber exactamente o que seja.
Mas, então, não se pode fazer nada? Restanos esperar, indignados mas quietos, a destruição da beleza, da paisagem, dos ecossistemas?
A Campo Aberto existe para dizer que é possível agir, e é imperioso unir o vasto sector da opinião pública que quer a defesa do ambiente e acredita ainda nos valores da cidadania. Como alguém disse, se podemos fazer tão pouco – então porque não o fazemos?
Queremos ser um espaço de acção e de reflexão, feito de diversidade de opiniões que se conjugam na defesa dos valores naturais, do equilíbrio na construção das cidades, da vida mais harmoniosa e convivial para todos.
Por isso, 2007 será – se fizermos por isso, com empenho – um ano de afirmação dos valores ambientais e de oposição ao que contrarie esse objectivo. A Campo Aberto pode e deve dar o seu contributo. Dar mais força à nossa associação é reforçar as condições para uma acção mais produtiva e participada.
Caro amigo: tornese sócio da Campo Aberto. Caro sócio: responda ao APELO AOS SÓCIOS que segue com este boletim, integre grupos de trabalho, contribua com o pouquinho em que pode contribuir. Sem esse seu pouquinho a Campo Aberto não será tão forte.
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