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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
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Quarta-feira, 2 de Maio de 2007
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1. Douro: Aposta de algumas empresas do Douro
Recuperar os muros de xisto
Cinco pedreiros trabalham diariamente na construção e reconstrução de quilómetros de
muros de xisto nas quintas da Real Companhia Velha, no Douro, para preservar um dos
elementos mais característicos do Património Mundial.
Rui Soares, engenheiro da Real Companhia Velha, disse que a sua empresa tem como uma
das prioridades “preservar o património que se vai degradando e destruindo com o
tempo”. Este património é um dos traços caracterizadores da paisagem duriense que levou
à classificação do Douro como Património Mundial em 2001. “É um trabalho muito lento,
moroso e muito caro”, salientou Rui Soares. São quilómetros de muros de suporte, de
vinha e de estradas que estão a ser construídos de novo ou recuperados, pois
desmoronaram, na maior parte dos casos, devidos às condições climatéricas. A trabalhar
diariamente nesta tarefa a Real Companhia Velha possui cinco pedreiros especializados,
10 serventes e duas máquinas. O responsável diz que a maior dificuldade é mesmo
encontrar mão-de-obra, pois a maior parte dos pedreiros especializados da região já são
muito idosos. Rui Silva referiu também que a sua empresa já gastou “milhares de euros”
na construção dos muros de xisto porque “o trabalho é muito caro”. “O financiamento
concedido pelo Plano Zonal do Douro Vinhateiro é muito insuficiente”, frisou. Grande parte
destes muros foram construídos há mais de um século nos terrenos íngremes do Douro e
serviram para sustentar as plataformas onde foram plantadas as vinhas. Segundo o
responsável, os muros de suporte de xisto tinham também a vantagem de drenar melhor
as águas pluviais. Para assinalar o Dia Internacional de Monumentos e Sítios, a Estrutura
de Missão do Douro promoveu um colóquio, em Alijó, dedicado precisamente aos “Muros
da Paisagem CulturalÓ”. O chefe de projecto da Estrutura de Missão, Ricardo Magalhães
definiu os seculares muros como “as rugas do Douro” que se estendem ao longo de “mais
de 1000 quilómetros”. Para “preservar” todo este património, o responsável diz que vão
ser definidos mecanismos financeiros, que serão geridos pelo Ministério da Agricultura.
O apoio financeiro pretende demover a substituição, que se verifica actualmente, dos
tradicionais socalcos por patamares onde é mais fácil a mecanização da produção vinícola,
dado que estes novos métodos de preparação dos terrenos estão a conflituar com os
traços mais característicos do Douro Património Mundial. “A reabilitação dos muros de
suporte não pode ficar tão só às costas dos proprietários. Têm que ser estabelecidas
parcerias públicas e privadas para a sua concretização”, afirmou Ricardo Magalhães. Mas,
dada a grande extensão existente de muros na Região Demarcada do Douro, Ricardo
Magalhães anunciou que vão ser definidas áreas prioritárias de intervenção, no seio da
paisagem classificada.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=990bf95041db5d012dbfbdc688df8f7b
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2. Norte: Norte à beira da última oportunidad
“O Norte está no seu pior momento”. A frase é do presidente da Comissão de Coordenação
do Norte (CCDRN), Carlos Lage, mas basta olhar para alguns indicadores económicos e
percorrer as ruas das maiores cidades ou das vilas mais pequenas para se perceber que a
base económica tradicional está a desaparecer e que o peso dos seus representantes
políticos é cada vez menor. No global, vive-se hoje pior no Norte do que há uma ou duas
décadas e a qualidade de vida não pára de diminuir.
Há vinte anos, o Norte ostentou o título de uma das dez regiões mais industrializadas da
Europa, lembra Valente de Oliveira numa entrevista a publicar amanhã; em 2004 (últimos
dados disponíveis), estava em quarto lugar, mas no ranking das mais pobres e a uma
distância cada vez maior dos parceiros europeus. Entre os Quinze, só três regiões (todas
elas gregas) produzem menos riqueza por habitante.
https://jn.sapo.pt/2007/05/02/primeiro_plano/norte_a_beira_daultima_oportunidade.html
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3. Matosinhos: Mercado vai ser requalificado para travar perda de clientes
Câmara prepara-se para requalificar imóvel, que já é património
Vender no mercado é um negócio de família. Cassilda Silva não herdou da mãe apenas o
sorriso fácil e o desembaraço para lidar com os clientes. O legado é a própria vida
profissional, repetindo o negócio que era dela. “A minha mãe já era galinheira e eu fiquei
com a profissão”, remata a vendedora de 56 anos, rodeada de gaiolas, que baptizou de
“apartamentos”, com galinhas e coelhos. A sucessão não é caso raro no Mercado Municipal
de Matosinhos, em que a ocupação de 62% dos espaços comerciais resulta da
transferência de lugares anteriormente usados por familiares.
https://jn.sapo.pt/2007/05/02/porto/mercado_ser_requalificado_para_trava.html
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4. Nacional: Ministro prevê Verão difícil para a floresta
Ministro prometeu 320 homens, em Coimbra, na fase mais adversa
A área ardida no distrito de Coimbra passou de 50 mil hectares, em 2005, para menos de
900 hectares, no ano passado. Mas os resultados “não são ainda sustentáveis”, na opinião
do ministro da Administração Interna, António Costa, que, ontem, alertou para a
necessidade de “não podermos ter triunfalismos relativamente ao ano que se avizinha”,
que se prevê difícil para a floresta.
https://jn.sapo.pt/2007/05/02/pais/ministro_preve_verao_dificil_para_a_.html
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresenta-se o sumário e/ou resumos de notícias de interesse
urbanístico/ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e de O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito específico
são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste, basicamente entre o
Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por José Carlos Marques
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