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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Terça-feira, 15 de Maio de 2007
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. País: Atraso na formação dos vigilantes dos incêndios
A mobilização de meios atinge valores sem precedentes, mas não evita
alguns sobressaltos no arranque, a partir de hoje, da chamada Fase
Bravo do combate a incêndios florestais. Num ano decisivo para a
consolidação da reforma legislativa e organizacional promovida no
último ano pelos ministérios da Agricultura e da Administração
Interna, a GNR assume pela primeira vez a gestão da rede nacional de
postos de vigia, com atrasos na formação de vigilantes.
À semelhança do que acontece com os postos de vigia, todas as áreas
de prevenção e combate entram em acção a meio-gás, ficando a
mobilização total adiada para a chamada época crítica, de 1 de Julho
a 30 de Setembro. Ainda assim, esta é a fase em que o reforço,
comparado com o dispositivo do ano passado, é maior só no combate
estão mobilizados 2938 elementos – um acréscimo de 42,8%, de acordo
com o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS). Quanto aos 24
meios aéreos previstos na Fase Bravo, o número só se torna real em
meados de Junho. A entrada de aeronaves faz-se de forma progressiva e
hoje só estarão disponíveis dois helicópteros.
As previsões meteorológicas apontam para um Verão com temperaturas
acima da média, mas José Cardoso Pereira, especialista em propagação
de incêndios, salienta que Maio costuma ser um mês decisivo. “Se
houver alguma precipitação, tende a atrasar o agravamento do risco,
mantendo-se humidade no solo”. Como coordenador da equipa do
Instituto Superior de Agronomia que anualmente actualiza, em
colaboração com a Direcção-Geral de Recursos Florestais, a carta de
risco de incêndio, explica haver este ano um dado novo a
considerar “a regeneração de vegetação em áreas ardidas em 2003, onde
ressurge o risco”.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/primeiro_plano/atraso_formacao_vigilantes_incendios.html
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2. Viseu: Árvores abatidas junto ao rio Dão
Uma dezena e meia de árvores, algumas centenárias, entre amieiros,
salgueiros e loureiros, foram abatidas clandestinamente junto à
margem do rio Dão, perto das termas de Alcafache, Viseu. A denúncia
foi feita ontem pela associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU),
que fala em crime ambiental. Entre as espécies abatidas, havia
árvores centenárias cujo diâmetro do tronco “dois homens não chegavam
para abraçar”. Numa altura em que os fogos já devastaram milhares de
hectares de floresta “não se pode tolerar que árvores com esta
importância sejam assim abatidas clandestinamente”. As árvores foram
cortadas e os troncos depois transportados em tractores, ao longo de
um caminho público paralelo ao curso de água.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, Américo Nunes, que
detém o pelouro do Ambiente, garante que não deu ordem para o abate.
O autarca assegura que vai mandar averiguar o caso, alertando porém
para a possibilidade de se tratar de propriedade privada ou sob a
responsabilidade do Ministério do Ambiente.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/norte/arvores_abatidas_junto_rio_dao.html
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3. Lisboa: Plantas aromáticas portuguesas revelam surpresas
Que uma planta aromática o seja intensamente não quer dizer que dela
possa extrair-se maior quantidade de óleos essenciais. Estes podem
revelar actividades biológicas antioxidantes, bactericidas ou
fungicidas. Ou ter propriedades anticancerígenas, mas não
distinguirem entre células doentes e sãs, matando-as por igual. Estes
e outros segredos estão a ser desencantados por processos
laboratoriais em estudos dedicados à flora portuguesa. O Centro de
Biotecnologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa é uma das frentes de investigação nesta área. Louro,
camomila, funcho, carqueja, endro, levístico. Estas algumas das
espécies endémicas da flora portuguesa que têm estado sob o foco de
investigações que reúnem quase uma vintena de departamentos, juntando
esforços entre a ciência e a agricultura.
Portugal não tem indústria que use os óleos essenciais de plantas
aromáticas no fabrico de outros produtos. Mesmo a actividade de
extracção quase só existe a nível artesanal. A excepção é a de uma
empresa luso-espanhola, que procede à extracção de óleo de eucalipto,
quase todo ele exportado para a Alemanha. Ele é aí aceite porque o
eucaliptol está presente em 80% no composto, um grau de qualidade que
não é garantido pela produção importada da China.
Não havendo saída para a produção de plantas aromáticas com vista à
extracção de óleos essenciais, os agricultores também não exploram
esta vertente de actividade, capaz de aproveitar alguns tipos de
terrenos sem grande aptidão para outras culturas. Tomilhos,
lavândulas como o rosmaninho e a esteva têm hipóteses de
aproveitamento. Toda a faixa litoral do país, bem como o Alentejo,
apresentam condições climáticas para esta produção.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/sociedade_e_vida/plantas_aromaticas_portuguesas_revel.html
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/sociedade_e_vida/raizes_criadas_in_vitro_trazem_difer.html
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4. Gaia: Novo cemitério
Será o primeiro construído de raiz a nível nacional, o único no
contexto ibérico e um dos poucos a revelar preocupações
arquitectónicas, ambientais e de salubridade. O futuro cemitério de
Gaia assenta em novos padrões importados dos Estados Unidos e do
norte da Europa e começará a ser construído em Outubro deste ano. Em
Maio de 2008, deverá estar concluída a primeira fase da obra. Vai
chamar-se Parque da Memória.
Num concelho onde existem 24 cemitérios paroquiais quase sobrelotados
e onde o crescimento populacional atingiu os 20% nos últimos dez
anos – em 2015, a população residente em Gaia deverá atingir os 420
mil -, o investimento numa plataforma com capacidade para albergar 41
mil sepulturas, num recinto que se estenderá por 150 mil metros
quadrados, parecerá mais do que pertinente. O terreno ainda não foi
localizado, mas “deverá situar-se, preferencialmente, na zona
urbanística da cidade”.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/porto/novo_cemiterio_tera_espaco_para_mil_.html
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5. Ponte de Lima: Festival de jardins com 12 esculturas
O trabalho que recolheu mais votos, entre as cerca de 70 mil pessoas
que em 2006 visitaram o festival, intitula-se “Sonho meu, sonho meu”
e é assinado pelo designer Miguel Peixoto. Segundo Francisco
Calheiros, para a edição deste ano os concorrentes foram desafiados a
conceber jardins alusivos ao lixo, por um lado para sensibilizar para
a necessidade de manter limpos os espaços públicos e, por outro,
para “ensinar” que “é possível reutilizar ou reciclar muitas das
coisas que se deitam fora. Às vezes, deitamos para o lixo coisas que
podem fazer ‘um figurão’ nos nossos jardins”, sublinhou. Um dos
jardins mais originais da edição 2007 tem assinatura austríaca e
mostrará caixotes do lixo de diferentes capitais europeias.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/norte/festival_jardins_12_esculturas.html
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6. Odivelas: “Terra Mãe 2007” divulga agricultura biológica
Odivelas vai receber, pela primeira vez, a maior feira de agricultura
biológica do país. De 18 a 20 de Maio, no Parque Urbano do Silvado,
70 expositores vão dar a conhecer aos visitantes da “Terra Mãe 2007”
os benefícios dos produtos biológicos. Em exposição vão estar os
sectores de produção agrícola, animal, silvicultura e pescas. Carne,
fruta, ovos, leite e mel serão alguns dos produtos a marcar presença
na feira. Os cerca de 15 mil visitantes esperados poderão também
apreciar bolos tradicionais portugueses, vinho e derivados de aloé
vera.
Pela primeira vez, está prevista a compensação ecológica da
feira. “Cinquenta árvores vão ser plantadas no concelho de Odivelas,
para compensar as emissões em carbono da feira”, explica o presidente
da Agrobio.
https://jn.sapo.pt/2007/05/15/pais/terra_2007_divulga_agricultura_biolo.html
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
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