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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Sábado, 10 de Novembro de 2007
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Duas empresas recusam planos de biodiversidade
A oportunidade de negócio poderá ser o maior incentivo para que as empresas passem a dar mais importância à biodiversidade, adoptando medidas de protecção de espécies, habitats naturais e materiais genéticos. Esta convicção levou o Governo a firmar acordos, até à data, com 30 empresas portuguesas. Duas recusaram, a REFER é a única empresa pública e 500 mil euros é a média de investimento de cada uma.
Este compromisso voluntário das empresas concretiza-se em planos de acção de três a cinco anos e abrange áreas diversas. Por exemplo, a Secil que explora a cimenteira do Outão, na serra da Arrábida em Setúbal, vai plantar espécies marinhas destruídas pela pesca desenfreada. Quanto à REFER, o contributo passa pela abertura de 2500 quilómetros de corredores ecológicos, na zonas envolvente à linha férrea de Alcácer do Sal a Esposende, onde será criado o corredor do mar.
Ontem de manhã, num encontro com jornalistas, responsáveis do Ministério do Ambiente, reiteraram ter sido o BES a primeira empresa a assinar o acordo, o que lhe permitiu entrar na Bolsa de Londres. Apesar de o Grupo Espírito Santo (GES) ser protagonista do “caso Portucale”, em Benavente, que envolve o abate de sobreiros para um projecto turístico.
A vantagem reside no ganho de reconhecimento social para as empresas, ou seja, melhora a sua imagem junto do público e das entidades oficiais. Sobre o impacto ambiental dos grandes empreendimentos públicos previstos – o TGV e o novo aeroporto internacional -, os presentes garantiram que o traçado ferroviário apenas configura alguns problemas na fronteira do Caia. Conhecer as iniciativas europeias e procurar um referencial conjunto são as metas da conferência de alto nível sobre negócios e biodiversidade que se realiza dias 12 e 13, em Lisboa, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia (UE), e na qual participarão 450 pessoas.
No segundo dia dos trabalhos será apresentado um estudo sobre os potenciais negócios nesta área. Ontem, o ministro da tutela, Nunes Correia, apontou alguns indústria farmacêutica, de cosmética e perfumes, actividades de lazer e de turismo.
João Meneses, presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) , evocou “a empresa de material genético que pediu licença (ao Ministério) para explorar os polvos da ria Formosa”.
Gerês único parque nacional aceite na rede dos melhores
Esteve três anos à espera, terá 15 anos para conseguir cumprir todos os requisitos, mas finalmente o Parque Nacional da Peneda-Gerês foi aceite como candidata à certificação PAN Parks, ou dito de forma mais corrente, vai fazer parte da primeira liga europeia, onde figuram os 15 melhores parques naturais da Europa. A certificação visa a gestão do parque e não o seu território cuja área total é de 70 mil hectares, mais 20 mil do que o mínimo exigido pela Fundação. Porque é requerida uma área mínima de 10 mil hectares de zona sem intervenção humana, nove mil hectares terão de ser acrescentados com estas condições. Mantendo-se os quatro mil hectares que estão inacessíveis aos visitantes. O Instituto de Conservação da Natureza rejubila, pois noutros parques aderentes à PAN, a afluência aumentou 100% e admite a hipótese de haver hotéis na orla do parque. O reverso é que o acesso através de autómovel particular, até agora grátis, poderá ser pago.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/sociedade_e_vida/duas_empresas_recusam_planos_biodive.html
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2. Economia decide cortes no carbono
O ministro do Ambiente, Nunes Correia, deixou ontem bem claro que caberá a Manuel Pinho e à equipa do Ministério da Economia decidir em que ramos de actividade e sectores produtivos serão impostas as reduções nas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.
Nunes Correia justificou que em termos ambientais, uma tonelada de dióxido de carbono é o mesmo independentemente da sua proveniência. Cabe, por isso, à Economia avaliar os sectores que podem contribuir para esse objectivo e aqueles em que essa redução terá um impacto socio-económico mais prejudicial.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/sociedade_e_vida/economia_decide_cortes_carbono.html
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3. Cinema para ajudar o ambiente
Organizado pelo quarto ano consecutivo, o Mundial do Filme de Aventuras ou, na sua versão internacional, o Amazonas Film Festival (que arrancou ontem, no Brasil), destaca, de novo, os filmes de aventura, em todas as suas manifestações, mas enfatizando sobretudo os temas da ecologia, das relações humanas, da etnologia e da vida selvagem.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/cultura/cinema_para_ajudar_o_ambiente.html
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4. Volta ao Mundo em 60 dias num barco a biodiesel
Hipotecou a casa, pediu dinheiro ao banco e ainda teve de arranjar patrocínios. Mas nada demoveu Peter Bethune, um engenheiro neozelandês, de construir o que será, provavelmente, o mais rápido barco do Mundo movido a biodiesel. O objectivo é fazer a circum-navegação da Terra em 60 dias deixando uma pegada zero de carbono, isto é, sem poluir. A embarcação está atracada no cais da Estiva, no Porto, onde pode ser apreciada até amanhã.
O estranho barco, um trimarã baptizado Earthrace, assemelha- -se a um gigantesco insecto, que desliza pelas águas a uma velocidade de 40 nós (cerca de 75 quilómetros por hora), movido por dois motores Cummins Mercruiser de 540 cavalos. “Os motores são completamente de série, sem qualquer modificação, mas que poluem 80% menos apenas porque são movidos a biodiesel. Mas também podem funcionar com outros combustíveis, como óleo alimentar usado”, afirmou Peter Bethune.
O mentor do projecto, que começou por trabalhar na indústria petrolífera, sublinhou que o objectivo da corrida (que começará, em Março do próximo ano, em Valência, Espanha) é despertar consciências ambientais. Por isso, nesta viagem promocional pela Europa, a tripulação convida alunos de uma escola de cada cidade onde aporta para visitarem o barco.
Peter Bethune salientou, no entanto, que o “biodiesel é apenas uma etapa, pois sabemos que é impossível produzir todo o combustível de que o Mundo necessita”. “Está a chegar ao fim o tempo em que é fácil e barato viajar. Mas podemos fazer muita coisa para poluir menos, mantendo o mesmo nível de vida”, referiu.
A tripulação do Earthrace mede, mensalmente, as emissões de dióxido de carbono produzidas e tenta compensá-las, comprando, por exemplo, créditos de carbono. O cuidado com o ambiente prolonga-se pela tinta não-tóxica, pelos lubrificantes de origem vegetal, por composto de cânhamo no chão do barco, pelo cuidado na alimentação, seja através da redução de resíduos ou pela utilização de produtos locais. O objectivo é deixar uma pegada zero de carbono.
O casco foi desenhado para ser extremamente eficiente, reduzindo o consumo de combustível e na sua construção foram empregues fibra de carbono, algum kevlar e diversos produtos reciclados, como recipientes de gelados. O interior é extremamente espartano, sempre na tentativa de reduzir o peso do barco.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/porto/volta_mundo_60_dias_barco_a_biodiese.html
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5. Barragem duplicará produção de maçã
A Câmara Municipal de Moimenta da Beira tem projectada a construção de uma barragem hidroagrícola, no alto da serra da Nave, que pode fazer duplicar a produção de maçã no concelho. O estudo prévio da infra-estrutura já está nas mãos do Ministério da Agricultura. A edificação da barragem vai custar 1,5 milhões de euros, e o sistema de irrigação, que prevê 90 quilómetros de condutas, cerca de 7,5 milhões.
A barragem vai ser construída no cume da serra, a mais de 1000 metros de altitude, numa zona plana e agreste. O equipamento é reivindicado há mais de uma década.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/norte/barragem_duplicara_producao_maca.html
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6. Quercus contra caça no Baixo Vouga lagunar
O “fim da caça no Baixo Vouga Lagunar” e uma “fiscalização intensa diurna e nocturna”, é pedida pela direcção do Núcleo Regional de Aveiro da Quercus, que considera que a biodiversidade daquela zona está ameaçada com os incêndios e a caça.
A Quercus “não defende o fim da caça no país, mas defende a protecção eficaz de determinados locais com elevados valores naturais, potenciadores de fomentarem junto da comunidade local uma estratégia de sensibilização ambiental”, referem em comunicado.
https://jn.sapo.pt/2007/11/10/norte/quercus_contra_caca_baixo_vouga_lagu.html
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7. «Verdes» apelam à UNESCO para impedir barragem
O Partido Ecologista «Os Verdes» enviou na passada quinta-feira ao Comité do Património Mundial da UNESCO um dossier onde denunciaram a intenção do Governo em construir uma barragem na Foz do Tua, que consideram ser inconcebível por se tratar de “uma zona classificada património mundial”.
Manuela Cunha, dirigente nacional da Comissão Executiva de «Os Verdes» explicou ontem em conferência de imprensa que esta denúncia pretende apelar à intervenção do comité junto do Estado Português de modo a que “zele pela integridade deste património, com os poderes, que lhe são conferidos”. A barragem da Foz do Tua integra o Plano Nacional de Barragens que o Governo deu recentemente a conhecer, implicando assim “o afundamento de uma das mais belas linhas ferroviárias que possuímos, além de desrespeitar ainda os compromissos assumidos quando o Douro foi classificado pela UNESCO”, explicou.
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Submersão
Vinhas e olivais
A obra de construção desta barragem na Foz do Tua está prevista a apenas um quilómetro e meio de distância do Rio Douro, “o que vai submergir uma zona de escarpas, vinhas e olivais”, salientou Manuela Cunha, afirmando que estes factos são omitidos no programa de construção da barragem.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=bcb65fd51d34560c98a98961aa78f15e
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8. VCI: barreiras acústicas em 3 zonas
A Via de Cintura Interna (VCI) do Porto vai ter finalmente barreiras acústicas pelo menos em três pontos do seu trajecto. Um destes locais é a zona da Prelada, que há muito reclama aquele tipo de painéis, e os outros são as Antas (antes desta saída no sentido Arrábida-Freixo) e a parte junto ao Bairro do Outeiro. Para gerir estas e outras barreiras que também serão construídas, o Governo vai criar o Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias (INIR).
Em declarações ao JANEIRO, o deputado do PS/Porto na Assembleia da República Fernando Jesus adiantou (…) que a concessão do Douro Litoral englobará o fecho do IC24, a construção de uma nova estrada (A41) até ao Picoto, em Espinho, e uma outra auto-estrada que vai desde S. João da Madeira até Vila Nova de Gaia (presume-se que terá a designação de A42).
Moradores muito satisfeitos
Arlinda Ferreira, presidente da comissão executiva da Associação de Condóminos da Prelada, manifestou-se muito satisfeita com o resultado da reunião de ontem e disse estar plenamente confiante de que “é desta” que o Governo avança mesmo com a construção dos painéis protectores do ruído automóvel da VCI. Esta responsável acrescentou ainda que está contemplada no projecto a preservação da barreira arbórea existente, algo que constituía uma preocupação para os moradores que não queriam ver as árvores retiradas.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=f0198352f5413db6bbb62617e3d5852f
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9. Menos licenças de emissão de CO2
Redução é um problema de economia
Para o ministro do Ambiente, a forma como vão ser reduzidas as licenças de emissão de dióxido de carbono atribuídas às indústrias portuguesas “é um problema da Economia”. Bruxelas limitou as licenças de emissão para 2008-2012 de Lisboa a 34,8 milhões de toneladas.
O PNALE II, que inicialmente atribuía à indústria portuguesa 37,9 milhões de toneladas de licenças de emissão, foi aprovado em Outubro pela Comissão Europeia limitando as licenças para o período 2008-2012 a 34,8 milhões de toneladas.
O regime comunitário de comércio de licenças de emissão pretende assegurar a redução das emissões de gases com efeito de estufa dos sectores da indústria e energia abrangidos ao menor custo para a economia.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=dca541e73b545d2054df722304ad6f9e
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10. Internacional:
China cria fundo ambiental com venda de GEE
A China, um dos maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa (GEE) causadores do aquecimento global, criou ontem um fundo governamental para canalizar verbas da venda de créditos de redução de emissões para projectos de protecção ambiental. O novo fundo vai buscar parte das verbas que as empresas chinesas recebem ao abrigo dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), os mecanismos de mercado do Protocolo de Quioto que permitem aos países desenvolvidos investir em projectos de redução de emissões em nações em vias de desenvolvimento, recebendo créditos pelas emissões poupadas e compensando assim o seu excesso de emissões. “A criação deste fundo de desenvolvimento limpo é uma importante actividade do Governo chinês para dar resposta aos problemas do aquecimento global”, disse o ministro das Finanças da China, Xie Xuren, na cerimónia de inauguração do fundo. As verbas, disse Xie, vão financiar os esforços chineses “para encorajar as medidas de poupança energética e proteger o ambiente”. No final de Outubro, a China tornou-se no maior mercado mundial de créditos de emissão de GEE, com a aprovação de 855 projectos de MDL, segundo dados da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o ministério chinês responsável pela planificação económica e a autoridade coordenadora dos processos de MDL. Segundo o ministro das Finanças, os projectos já aprovados poderão dar à China receitas de 15 mil milhões de dólares, três milhões dos quais vão constituir o novo fundo ambiental A China, que por ser um país em vias de desenvolvimento não tem metas obrigatórias de redução de emissões, recusa também aceitar metas obrigatórias de redução de emissões após 2012.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=807f77b6e0bd9d5cc6a1d17918e062b8
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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