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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Terça-feira, 15 de Janeiro de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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Opinião: Respeitinho é que é preciso
Por alturas do Natal, o novo líder do Partido Liberal Democrático
inglês, Nick Clegg, afirmou numa entrevista à BBC que não acreditava
em Deus. À pergunta do entrevistador, disse simplesmente “Não”. “Ora
cá está um tipo desassombrado”, pensei eu. Não é que acreditar ou não
acreditar em Deus tenha qualquer importância. Em matéria de fé estou
como o Unicórnio de “Alice do outro lado do espelho”: “Se acreditares
em mim, eu acredito em ti”. Mas os políticos usualmente acreditam no
que lhes dá jeito, e Deus sabe o jeito que Deus dá à maior parte dos
políticos, incluindo republicanos, laicos e nem por isso. Já me
dispunha a votar no Partido Liberal Democrático quando Clegg, caindo
em si, veio respeitosamente esclarecer que tem “enorme respeito”
pelas pessoas que acreditam em Deus e que a sua mulher e os seus
filhos até são católicos e tudo. Não havia necessidade, como diria o
outro. Mas, pelos vistos, o formato da entrevista, de perguntas-
respostas rápidas, não lhe tinha permitido “elaborar devidamente a
resposta”. Resposta “elaborada”, para um político, é, como se sabe,
dizer sempre que tem “enorme” e, se for preciso, “enormíssimo”,
respeito por tudo e mais alguma coisa, excepto por promessas
eleitorais. Afinal, não preciso de me naturalizar inglês.
Manuel António Pina
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/ultima/respeitinhoe_e_preciso.html
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1. Porto: Metro não pode resolver tudo
O Metro não resolve, nem pode resolver, todos os problemas de
mobilidade. O eléctrico – com veículos modernos – deve voltar a ter
um papel importante no serviço efectuado no miolo urbano do Porto e,
quanto ao metro, faz sentido concretizar uma linha circular que una
as duas margens do Douro. Estes são alguns pontos comuns da análise
de Rio Fernandes, geógrafo, e de Manuel Correia Fernandes,
arquitecto, à proposta de expansão da rede de metro do Porto,
solicitada pela empresa.
A Metro encomendou a quatro especialistas da Universidade do Porto
pareceres sobre o estudo de expansão da rede, elaborado por uma
equipa da Faculdade de Engenharia e coordenado por Paulo Pinho. Rio
Fernandes, professor da Faculdade de Letras, e Manuel Correia
Fernandes, professor da Faculdade de Arquitectura, explanaram, ao JN,
as suas principais conclusões. José Costa, director da Faculdade de
Economia, recusou falar sobre o assunto. António Pérez Babo, da
Faculdade de Engenharia, mostrou-se indisponível, apesar das várias
tentativas de contacto. Também Oliveira Marques, presidente da
Comissão Executiva do Metro, preferiu não comentar.
O estudo liderado pelo professor catedrático Paulo Pinho considera
prioritárias a linha da Boavista, a ligação entre a Senhora da Hora e
o Hospital de S. João, a segunda linha de Gaia (passando por Oliveira
do Douro), a extensão da linha Amarela até Vila d’Este e a criação de
uma circular interna no Porto. O estudo contempla, ainda, a extensão
a Gondomar, através do prolongamento da linha que, por enquanto, irá
apenas até Rio Tinto.
Rio Fernandes e Correia Fernandes consideram que o estudo vai no bom
caminho, mas defendem aprofundamento de algumas questões e maior
interligação com outros transportes.
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/porto/metro_pode_resolver_tudo.html
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2. Vila do Conde: Ficou por fazer meia rotunda
Meia feita e meia por fazer. É assim que, desde Agosto, está a
rotunda de intercepção da nova via alternativa à Rua da Estação, na
freguesia de Mindelo, Vila do Conde, com a Rua do Outeiro. A obra
está parada há mais de cinco meses, alegadamente porque um “erro” no
projecto da Metro do Porto (MP) obrigará, agora, à reformulação da
fase final da empreitada de construção da nova via – o Acesso Norte –
, a fim de englobar o desvio de redes por baixo da rotunda de
intercepção com a Rua do Outeiro, não previsto no traçado inicial.
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/porto/ficou_fazer_meia_rotunda.html
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3. Gaia: Crianças recebem livros para criar e encher bibliotecas
História da terra e da música, um dicionário ilustrado ou uma
primeira enciclopédia do corpo humano. Todos eles chegam, esta
semana, às bibliotecas ou salas improvisadas para o efeito dos
jardins de infância e escolas básicas do concelho de Gaia, após uma
oferta de 122 mil euros em livros de uma editora à Autarquia.
A oferta dos “kits” escolares, com livros e manuais pedagógicos, por
parte da Porto Editora, mereceu ontem uma acção simbólica na Câmara e
insere-se na criação de bibliotecas em todos os jardins de infância e
escolas básicas do Primeiro Ciclo.
Além da oferta, que esta semana ainda chegará à mão dos alunos, há o
compromisso da editora de actualizar todos os anos o material,
acrescentando novos títulos e meios, como informáticos. Abrangidas
foram 189 salas.
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/porto/criancas_recebem_livros_para_criar_e.html
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4. País: Ambiente em Portugal longe da sustentabilidade
O “Relatório do estado do Ambiente 2006” confirma que Portugal mantém
tendências negativas em indicadores como a emissão de gases com
efeito de estufa e poluentes do ar e a degradação da qualidade da
água à superfície e subterrânea. Em 26 indicadores, sete estão
assinalados a vermelho (tendência desfavorável); 12 a amarelo (alguns
desenvolvimentos positivos mas ainda insuficientes); e sete a verde
(tendência positiva).
No capítulo da poluição atmosférica, três dos cinco indicadores estão
a vermelho em 2005, o potencial de formação de ozono troposférico (ao
contrário do que se encontra na estratosfera, que nos protege das
radiações ultravioleta, este é perigoso) foi praticamente o mesmo de
1990; em 2006, registaram-se 45 dias com ultrapassagem de limiares de
informação ao público por poluição por ozono; e dez das 22 áreas
monitorizadas ultrapassaram os valores limites diários para as
partículas inaláveis. Em compensação, melhorou a qualidade do ar e
diminuíram as emissões de substâncias acidificantes (dióxido de
enxofre e óxidos de azoto, responsáveis pelas chuvas ácidas).
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/sociedade_e_vida/ambiente_portugal_longe_sustentabili.html
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5. País: Bom tempo e crise “travam” consumo eléctrico em 2007
O clima ameno e a crise económica levaram os portugueses a abrandar o
consumo eléctrico em 2007, ano em que a procura de energia subiu
menos do que a própria economia. A juntar-se a este fenómeno – que
não acontecia há pelo menos cinco anos -, o ano fica marcado por um
forte aumento das importações da energia espanhola, que é mais
barata, e também por ter chegado ao fim com as barragens no mínimo
desde 2004.
Em alta estiveram as importações de energia (cresceram 18%), um
fenómeno que se deve “ao preço”, explica Penedos. “Trata-se de
explorar as oportunidades de mercado”, afirma, aludindo ao facto de,
em Espanha – até por haver nuclear – a energia ser mais barata.
https://jn.sapo.pt/2008/01/15/economia_e_trabalho/bom_tempo_e_crise_travam_consumo_ele.html
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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Se quiser consultar os boletins anteriores veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
=============== PNED: Porto e Noroeste em Debate ===============
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