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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Sábado, 16 de Fevereiro de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Investigação nos EUA fornece pistas importantes para a detecção de doenças do metabolismo
Frio responsável por síndrome metabólica
Um estudo desenvolvido por investigadores americanos refere que existe uma relação entre o clima e as variações genéticas que influenciam o desempenho do metabolismo. A investigação indica que essas alterações têm um papel importante na adaptação ao frio.
Publicado na revista norte-americana «PLoS Genetics», o trabalho de pesquisa indica que existem genes ligados à tolerância ao frio que têm um efeito protector contra a doença denominada síndrome metabólica, enquanto outros aumentam o risco de a contrair. “Os nossos antepassados mais remotos viviam num clima quente e húmido que favorecia a dispersão de calor”, diz Anna Di Rienzo, professora de Genética Humana na Universidade de Chicago.
Para a realização do estudo, os investigadores de Chicago verificaram as ligações entre os valores genéticos ligados à patologia e as variáveis climáticas em amostras de população a nível mundial. Os investigadores constataram que, em 82 genes relacionados ao metabolismo energético, há correlações generalizadas entre os valores de certas variações genéticas e climas mais frios.
Um dos sinais mais fortes de selecção surgiu no receptor da leptina – um gene envolvido na regulação do apetite e no equilíbrio energético – que é cada vez mais comum em zonas onde os Invernos tendem a ser mais rigorosos.
A procura destes genes, na opinião dos investigadores, pode ser importante, na medida em que fornece pistas adicionais sobre o aparecimento de doenças relacionadas com o metabolismo. “Os processos metabólicos que influenciam a tolerância a extremos climáticos parecem desempenhar papéis importantes na patogénese de perturbações metabólicas comuns”, afirmam. “Os nossos resultados apontam para um papel das adaptações climáticas nos processos biológicos subjacentes à síndrome metabólica e aos seus fenótipos”, referem os cientistas.
As alterações genéticas são motivadas por vários factores e, segundo Anna Di Rienzo, “à medida que algumas populações foram saindo de África para climas mais frios, terá havido um processo de adaptação ao novo ambiente que reforçou a produção e retenção de calor”, refere, acrescentando que “milhares de anos mais tarde, numa era que combina o uso generalizado do aquecimento central à abundância de alimentos, essas alterações genéticas revestiram um significado diferente, afectando a susceptibilidade da síndrome metabólica”.
A síndrome metabólica está associada a diversas consequências para a saúde, nomeadamente doença coronária, diabetes de tipo 2 e acidente vascular cerebral (AVC), sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma epidemia do século XXI.
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Portugal
Um em cada três
As variações genéticas responsáveis pela tolerância ao frio podem afectar a susceptibilidade à síndrome metabólica, um conjunto de disfunções simultâneas que inclui obesidade abdominal, hipertensão, colesterol elevado e resistência à insulina. Em Portugal, segundo dados de 2007, a patologia afecta um em cada três indivíduos.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=9296dd072c829030e76f57e2fae0bba6
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2. MUT leva cadeiras para esperar pelo autocarro
O Movimento dos Utentes dos Transportes Públicos do Porto reuniu-se num protesto simbólico, quinta-feira à noite, na Baixa da cidade. Munidos de cadeiras, panfletos e argumentos, decidiram ir esperar o autocarro. Apesar da pouca divulgação, o protesto teve os seus efeitos de divulgação junto dos transeuntes.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=23237565603ab7ebb68b85c06ecf45ed
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3. Câmara de Matosinhos elimina “um dos cancros” do concelho
“Abate-se um dos maiores cancros em termos de poluição, que havia em S. Mamede de Infesta”. Foi desta forma incisiva que Guilherme Pinto mostrou a sua satisfação com a demolição da fábrica de curtumes do Seixo. As máquinas começaram a deitar abaixo as paredes da antiga industria e a limpar os terrenos junto ao bairro do Seixo, perante o olhar atento dos moradores da zona.
O autarca admitiu que “serão investidos cerca de três milhões de euros”, na construção de um amplo jardim, que, numa primeira fase será provisório, até que o projecto global esteja concluído. A câmara vai requalificar toda a zona onde actualmente está instalada a carcaça da antiga fábrica de curtumes do Seixo. O espaço dará lugar a uma urbanização com sete prédios de três e de cinco pisos para habitação e comércio e a um parque público. Recorde-se que a antiga fábrica estava fechada há vários anos e tornou-se num local inseguro para a população da envolvente. “Vamos construir um jardim, a cooperativa Realidade vai edificar um equipamento de apoio à terceira idade e posteriormente vamos criar condições para que seja transferido para esta zona o Museu do Linho, que actualmente está instalado no bairro do Seixo”, avançou o presidente da câmara. Guilherme Pinto salientou, também, que com esta requalificação o complexo habitacional vai ser integrado na malha urbana da cidade.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=84a6ce1f99e689f7952363ea24fdff78
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4. Publicado anúncio da concessão do Ferreira Borges
A Câmara do Porto publicou ontem o anúncio resumo de abertura do concurso público internacional para a concepção, projecto, construção, manutenção e exploração, mediante a constituição do direito de superfície, do Mercado Ferreira Borges. A cedência do mercado a privados foi aprovada na reunião do executivo do dia 22 de Janeiro. A concessão é justificada pelo facto de o município estar a viver uma fase de “escassez de recursos financeiros” e, como tal, abstém-se de “chamar a si isoladamente a exploração de equipamentos”. O vereador Gonçalo Gonçalves argumentou ainda que o equipamento necessita de requalificação, devendo aproveitar-se o facto para lhe conferir uma nova forma de gestão e de aproveitamento: “O funcionamento e a operação do novo equipamento deverão obedecer aos princípios da modernidade, racionalidade, rigor e eficiência, criando e consolidando uma imagem de profissionalismo, qualidade, dinamismo e seriedade, assente numa organização leve, funcional e eficiente”. O caderno de encargos estipula que a concessão será por um período temporal que não deverá ultrapassar os 20 anos.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=3f163734cbed6d3ab0fcf3eed0dd89e6
Aberto concurso para “Ferreira Borges”
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/porto/aberto_concurso_para_ferreira_borges.html
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5. Classificação do Bolhão em contagem decrescente
A classificação do Mercado do Bolhão como imóvel de interesse público, bem como a aprovação do perímetro da zona especial de protecção, foi determinada pelo Ministério da Cultura a 22 de Fevereiro de 2006. Por lapso, a Câmara Municipal do Porto só publicou o respectivo edital, datado de 8 de Fevereiro, esta semana.
O atraso, que de acordo com Manuel Cabral, director municipal dos serviços da Presidência, só aconteceu agora porque “só agora os serviços administrativos perceberam que ainda não havia sido publicado”, não é grave. “Sobretudo, explicou aquele responsável ao JN, “porque a sua publicação não é determinante para o processo de classificação”. Trata-se, apenas, de “publicitar o assunto”.
De acordo com o edital, “a classificação fundamenta-se no valor arquitectónico e urbanístico do Mercado do Bolhão, exemplar notável da corrente artística “Beaux Arts” e no seu valor histórico-social, enquanto espaço emblemático da vida colectiva da cidade do Porto”. Ou seja, não haverá qualquer intervenção no imóvel recentemente concessionado a uma empresa de capitais holandeses por um período de 50 anos, sem a devida autorização e acompanhamento do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o que assegura que não será possível descaracterizá-lo.
“Não poderão ser concedidas pelo Município, nem por outra entidade, licenças para obras de construção ou para intervenções no bem imóvel classificado e para quaisquer trabalhos que alterem a topografia, os alinhamentos e as cérceas e, em geral, a distribuição de volumes e coberturas ou o revestimento exterior dos edifícios sem prévio parecer favorável da administração do património cultural competente”, esclarece o edital.
A partir de agora, os interessados têm um prazo de dez dias para se pronunciarem sobre o processo de classificação, podendo apresentar reclamações que tenham a ver com ilegalidade ou inutilidade da sua constituição.
Se não houver reclamações – a existirem, têm que ser avaliadas e respondidas – segue-se a publicação em Diário da República e a comunicação à Conservatória do Registo Predial. No total, um processo de classificação tem que passar por 18 etapas e nenhuma pode estar omissa.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/porto/classificacao_bolhaoem_contagem_decr.html
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6. LNEC alertou para risco de casas na escarpa há mais de 20 anos
Há mais de 20 anos que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) alertou para a situação de risco das casas na escarpa da Serra do Pilar, em Gaia. No entanto, quase nada foi feito para consolidar aquela zona e ainda se permitiu que, ao longo dos anos, fossem construídas mais habitações. As recomendações do LNEC, constantes de relatórios de 1981 e de 1987, foram praticamente ignoradas e, mesmo com os alertas do relatório mais recente – datado de Novembro de 2006 -, só mais de um ano depois a Autarquia avançou para o despejo coercivo dos moradores da escarpa. Aliás, a Câmara apenas pediu de novo a intervenção do LNEC na sequência de mais um deslizamento de terras, em 24 de Setembro de 2006.
“De facto, não só não se impediu a construção de novas edificações, como também não se concretizaram a maior parte das intervenções recomendadas no relatório de 1981 e que o relatório de 1987 manteve no essencial”, escreveram os técnicos do LNEC, no documento que está na base da decisão de desalojamento das pessoas e posterior demolição das casas, tomada agora pela Câmara de Gaia.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/porto/lnec_alertou_para_risco_casasna_esca.html
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7. Conclusões do relatório 360/2006
Ponto 1
“Desalojar as pessoas nos locais mais desfavoráveis, em particular nas zonas que se situam sob o Observatório e numa faixa com cerca de cinco metros de largura ao longo da crista da escarpa a NNE-NE deste Observatório.”
Ponto 2
“Identificar os blocos que nas zonas mais escarpadas do maciço se encontrem praticamente soltos ou em condições de equilibrío extremamente precárias e proceder à sua eventual remoção.”
Ponto 3
“Sanear os blocos rochosos que se encontrem soltos ao longo da encosta.”
Observação
“Tanto a segunda como a terceira intervenção justificam-se mesmo com a desocupação das habitações, por se considerar que a queda de blocos rochosos sobre as vias de comunicação existentes, em particular na Rua do Cabo Simão, pode causar vítimas e importantes estragos materiais”
Recomendação
Fazer estudo prévio de diferentes soluções para estabilizar o local, incluindo análise económica e conhecendo uso futuro da escarpa.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/porto/conclusoes_relatorio_3602006.html
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8. Localização de sonho que não tem preço
Caberá ao Plano Director Municipal de Gaia, cuja revisão está prestes a ser concluída, a atribuição de capacidade construtiva àqueles terrenos, mas a Câmara de Gaia já fez saber que se encontram em área de Reserva Ecológica Nacional e parcialmente nas zonas de protecção ao quartel e ao Mosteiro da Serra do Pilar.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/porto/localizacao_sonho_nao_preco.html
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9. Passagens de nível suprimidas
Cerca de 50 passagens de nível da Linha do Vouga vão ser encerradas, sendo que a grande maioria das restantes vai ser automatizada. A intenção foi ontem tornada pública pela REFER que diz que a medida tem como objectivo reduzir a sinistralidade.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=9b83a5354b84f12a2a73f6d8c25b3911
Linha do Vouga mais segura
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/norte/linha_vouga_mais_segura.html
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10. Parque deverá encerrar
O parque de estacionamento subterrâneo da Praça de Lisboa deverá encerrar enquanto decorrer a empreitada de requalificação da superfície. A concessionária do parque diz não haver condições de segurança para a prossecução da actividade e a Câmara do Porto assume os danos causados.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=a1ebec44a417efe46bfb7673ebb1f641
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11. Só tem chovido metade da média
A precipitação registada entre Setembro de 2007 e Janeiro deste ano, em Portugal, ficou-se por metade da média registada, nos mesmos cinco meses, entre 1971 e 2000. E, desde aquela data, só no período homólogo de 1980/1981 choveu menos do que nos últimos cinco meses.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/sociedade_e_vida/so_chovido_metade_media.html
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12. Câmara vai rever Plano Director
A Câmara de Vieira do Minho está a proceder à revisão do Plano Director Municipal (PDM), processo que deve estar concluído dentro de poucas semanas. O objectivo principal passa pela definição de um novo modelo coerente de desenvolvimento para o concelho, seja, por exemplo, criando novas áreas para a construção de equipamentos, seja delineando novos espaços verdes.
O documento final irá propor, ainda, um conjunto de regras com vista a uma ocupação equilibrada do solo.
https://jn.sapo.pt/2008/02/16/norte/camara_rever_plano_director.html
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Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
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Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
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específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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