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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Quinta-feira, 3 de Abril de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Uma viagem Famalicão- -Porto mau serviço
António Cândido de Oliveira, Professor da Univ. do Minho
Na passada segunda-feira combinei, com uma pessoa amiga, uma ida ao Porto para participar num seminário. Convenci-o, já com os novos horários em vigor, a ir de comboio e não de automóvel, como é hábito. Precisávamos de estar no dia seguinte às 9,30, junto do Palácio de Cristal. Partimos de Famalicão, onde ambos moramos, no comboio urbano que sai às 8,23h.
O comboio, dito rápido, chegou à hora, como de costume, mas também como de costume vinha cheio de gente, parte dela a fazer a viagem em pé. O mesmo sucedeu connosco durante quase todo o trajecto. A arte nestes casos é aproveitar o momento em que alguém se levanta junto de uma paragem e utilizar rapidamente esse lugar. Entretanto, o meu companheiro de viagem que pensava ler comodamente o jornal (coisa que não poderia fazer se viajasse de automóvel) teve, muito contrariado, de desistir da ideia.
À chegada a Ermesinde, o comboio ficou ainda mais cheio sem a possibilidade de qualquer dos novos passageiros se sentar. Até Campanha, sucederam-se ainda algumas paragens com muito pouco movimento.
A chegada a Porto-São Bento ocorreu às 9,05h, conforme o horário. Ou seja mais de 40 minutos para fazer um trajecto de menos de 40 quilómetros o que significa uma média inferior a 60 quilómetros/hora. E este é um comboio rápido
Seguramente esta é uma viagem que atrai as pessoas por necessidade, não por comodidade. Muitas mais pessoas viajariam certamente por comboio se a viagem fosse rápida e cómoda.
Não se admirem, pois, os leitores se na viagem de regresso, ao fim da tarde, tentássemos – e conseguimos – vir de automóvel, à boleia. Boleia de quem? De uma pessoa conhecida que faz o trajecto Braga-Porto-Braga todos os dias, mas desistiu de andar de comboio por causa do mau serviço prestado.
Mau serviço é a palavra. A CP e a REFER têm de perceber, cada uma nas suas funções, que para atrair um mercado vasto de pessoas que andam frequentemente de automóvel entre Porto e Braga têm de pôr em serviço comboios mais rápidos e mais cómodos.
Não se trata de suprimir, como é óbvio, os comboios que param em todas as estações e apeadeiros. Trata-se de fazer uma natural cadência de rápidos e lentos para satisfazer todos os interessados. No fundo do que se trata é de uma política de bons transportes públicos que a CP e da REFER têm de pôr em prática através de uma boa gestão.
Doutro modo continuam a prestar mau serviço.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/norte/uma_viagem_famalicao_porto_servico.html
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2. Bandeiras de sustentabilidade local
José , Manuel Alho , Biólogo/ /Ambientalista
Brutland Gro criou em 1987 o conceito de Desenvolvimento Sustentável, no âmbito do relatório das Nações Unidas – O Nosso Futuro Comum, onde defendia que o Desenvolvimento tinha de articular e integrar as perspectivas ambientais, sociais e económicas de forma harmoniosa.
O ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan em 14 de Março de 2001 defendia que ” o nosso maior desafio neste novo século é agarrar num conceito abstracto – Desenvolvimento Sustentável e conseguir transforma-lo numa realidade para toda a população mundial”.
Este desafio de aplicar o Desenvolvimento Sustentável tem vindo a ser ensaiado à escala local por diversos actores existindo algumas experiências que se afirmam como referências ou bandeiras e por isso mesmo merecem uma referência.
Biogás produzido a partir do problema que é a poluição provocada pela exploração de suínos é oportunidade para produzir energia eléctrica da poluição faz-se luz no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
Não se trata de qualquer numero de magia apenas o resultado do conhecimento dos nossos investigadores do então INETTI que apoiaram a Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros, o Parque Natural e os suinicultores da freguesia de Alcobertas em Rio Maior a resolver um problema ambiental gravíssimo através de um processo que contribui para a redução de custos do tratamento dos efluentes através da produção e venda de electricidade produzida nesta Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas.
Quando se invocam os altos encargos associados ao tratamento dos efluentes para justificar a inércia, esta bandeira devia ser esgrimida à exaustão.
Bezerra é uma pequena povoação no concelho de Porto de Mós que conheceu dias de riqueza com a exploração das suas minas de carvão.
Para levar esse minério até à Central Termoeléctrica em Porto de Mós foi construída uma linha-férrea que também ligava à Batalha e Maceira numa dinâmica de resposta à necessidade da fonte de energia que era o carvão nesse tempo.
Num contexto arredado das actuais exigências e preocupações ambientais a encosta da serra foi rasgada ao longo de vários quilómetros para acolher a linha-férrea e a central termoeléctrica a carvão empestou os ares até ai puros.
Os tempos evoluíram, as minas esgotaram-se, a energia passou a ter outras origens, o comboio desapareceu e a Central termoeléctrica foi abandonada.
A Câmara Municipal de Porto de Mós transformou o antigo espaço da Termoeléctrica devolvendo-a ao uso dos cidadãos para actividades de lazer e convívio social criando melhores condições de vida e iniciou o processo de reconversão do antigo traçado da linha férrea criando ai uma ecovia onde as pessoas podem circular a pé ou de bicicleta apreciando a beleza da paisagem em saudável contacto com a Natureza.
Do impacte inicial negativo produzido sobre o Ambiente evoluiu-se para a sua recuperação e valorização tendo sempre como destinatários as pessoas.
São experiências locais como estas, despidas de grandes floreados que atestam a evolução rumo ao Desenvolvimento Sustentável que tanto perseguimos e às vezes começa a acontecer mesmo junto de nós assim queiram os homens!
José Manuel Alho escreve no JN, quinzenalmente, à quinta-feira j.alho@sapo.pt
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/pais/bandeiras_sustentabilidade_local.html
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3. Primeira fase de via rápida com ciclovia custará 6,5 milhões
A construção de uma via rápida que rasga a malha urbana de Oliveira do Douro, uma das freguesias mais populosas de Gaia, é entendida, pelos responsáveis municipais, como uma verdadeira revolução no esquema viário do concelho. Só a primeira fase da VL10, com uma extensão de aproximadamente 2,5 quilómetros, terá um forte impacto na melhoria dos acessos às zonas de Oliveira do Douro e de Avintes.
Trata-se, aliás, de uma via prevista há mais de 30 anos e cujo projecto contempla, agora, a implantação de uma ciclovia que permitirá o acesso ao Parque da Cidade, na zona da Lavandeira, também em Oliveira do Douro.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/porto/primeira_fase_via_rapida_ciclovia_cu.html
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4. Pormenores
Perfil transversal da nova estrada
Duas faixas de rodagem, em ambos os sentidos, com 6,5 metros cada. Um separador central com 1,5 metros. Passeios de ambos os lados com 3,25 metros. Uma ciclovia (de um dos lados) com 2,20 metros de largura. Está prevista a construção de uma passagem superior na zona da Avenida de Vasco da Gama (EN222).
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/porto/pormenores.html
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5. Maternidade de árvores inaugurada ontem
Crianças e jovens aderiram com entusiasmo em defesa das árvores
A Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã inaugurou ontem, em Aigra Nova, concelho de Góis, um novo viveiro de espécies autóctones, designado por Maternidade de Árvores.
O projecto já conta com mais de quatro anos mas estava a ser desenvolvido provisoriamente em terrenos cedidos pela Cooperativa Silvo-Agro Pecuária de Vila Nova do Ceira. Agora, com o apoio da população local (cedeu gratuitamente os terrenos com mais de 1300 metros quadrados) e da Câmara Municipal de Góis (arranjou os socalcos, colocou a vedação e fez os acessos), a Maternidade está instalada.
Espécies raras ou em extinção e de cariz autóctone, como o azereiro, azevinho, azinheira, carvalho alvarinho e negral, carvalhiça, castanheiro, folhado, gilbardeira, medronheiro, peseudoplátano, teixo, ulmeiro, entre tantas outras, passarão a ser ali reproduzidas para posterior reflorestação da Serra da Lousã.
Em média, as árvores que pela quantia de 15 euros anuais poderão ser apadrinhadas por particulares e empresas que as podem baptizar e acompanhar no seu crescimento, terão que ficar cerca de quatro anos neste espaço. As primeiras quatro mil já se encontram plantadas na Serra da Lousã com a ajuda de voluntários.
A passagem da Maternidade de Vila Nova do Ceira para Aigra Nova contou com a ajuda de um grupo de jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, que durante a férias da Páscoa participaram no primeiro campo de trabalho organizado pela Lousitânia. Duas jovens voluntárias, Paula Soheek, da Estónia, e Card Piton, de França, que há cerca de três meses se encontram em Góis onde irão permanecer mais outro tanto tempo, “têm-se revelado também de uma grande ajuda para a associação e para este projecto em particular”, referem os responsáveis pela Liga de Amigos.
Ontem, no local, estiveram reunidas várias pessoas de diversas entidades, mas o destaque foi para as crianças da Escola EB 2,3 de Góis e EB 1 de Ponte de Sátão que presentearam os “filhotes” da Maternidade com faixas de mensagens alusivas à preservação da Natureza . Neste espaço funciona ainda um Centro de Educação Ambiental que em breve terá sede própria numa casa da aldeia onde será ainda instalado o Museu das Aldeias do Xisto. Licínia Girão
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/pais/maternidade_arvores_inaugurada_ontem.html
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6. Construção do IP2 volta a marcar passo
A construção do troço IP2 voltou a marcar passo. A Estradas de Portugal retirou o processo de avaliação de impacto ambiental, que corria o risco de ser chumbado pela tutela. As alternativas de traçado para a zona do Alto Douro motivaram diversos pareceres negativos, sustentados sobretudo na agressão paisagística, na destruição de vinhas e na falha sísmica do vale da Vilariça, o que fazia anunciar uma decisão desfavorável por parte do Ministério do Ambiente.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/norte/construcao_ip2_volta_a_marcar_passo.html
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7. Mil crianças aprendem como preservar a água
Cinco turmas de outras tantas escolas da região recebem hoje prémios de “incentivo” no âmbito do projecto “Água e Sustentabilidade”, promovido pela empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD), em parceria com a “Maismomentos”. A ideia envolve, entre outras actividades, doações (relato de experiências e estórias em torno da água) para o “Museu Virtual da Água”, que já está disponível na Internet. Ao todo estão envolvidos na iniciativa mais de mil alunos de 31 escolas e mais de mil alunos.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/norte/mil_criancas_aprendem_como_preservar.html
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8. Plano para acabar com ruído a mais
O Laboratório de Acústica da Faculdade de Engenharia do Porto vai elaborar um plano que permita reduzir o ruído no concelho da Maia. Até finais de Junho, os especialistas vão analisar o mapa de ruído do município e após serem identificadas as zonas mais problemáticas, deverão ser indicadas quais as melhores medidas para minimizar os problemas.
O trabalho, pioneiro, resulta de um protocolo de entendimento estabelecido entre a Câmara da Maia e a Faculdade de Engenharia do Porto. O facto do concelho maiato já dispor de mapa do ruído levou a que fosse escolhido para a concretização do projecto.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/porto/plano_para_acabar_ruido_a_mais.html
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9. Começou a requalificação da escarpa
Os trabalhos de requalificação da escarpa da serra do Pilar, em Gaia, começaram ontem, numa iniciativa promovida pelo Governo Civil do Porto depois de ter declarado uma situação de alerta para aquela zona, sobranceira ao rio Douro. A empreitada, que se iniciou pela demolição de anexos que se encontravam em ruínas, envolveu também a limpeza da vegetação na escarpa. Nos próximos dias, segundo o Governo Civil, terá início a construção da rede de águas pluviais, a cargo da Câmara de Gaia.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/porto/comecou_a_requalificacao_escarpa.html
Escarpa de Gaia começa a ser estabilizada hoje
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=0c2f9dca45024d031119c21f78eb55c8
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10. Estrada da morte (IP4) vai ter alternativa em 2012 graças à construção no Marão do maior túnel do país
O Governo já escolheu o consórcio ao qual vai entregar a concepção, construção e exploração dos 30 quilómetros da auto-estrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, incluindo um túnel de 6,7 quilómetros, que será o maior do país, num investimento total que ascende a 375 milhões de euros, e com lugar a pagamento de portagens.
https://jn.sapo.pt/2008/04/03/norte/autoestrada_marao_sera_adjudicada_ai.html
Túnel do Marão já foi adjudicado
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=dd130d46320ac925bfee204b03d603d1
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
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Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
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específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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