Caro Leitor do Boletim Diário PNED:
Se ainda não o é, e se concorda, ainda que apenas em parte, com o que
é e faz a Campo Aberto, e se julga útil apoiá-la, faça-se sócio.
Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
www.campoaberto.pt
Apartado 5052
4018-001 Porto
telefax 22 975 9592
======================
==========================
BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 21 de Julho de 2008
==========================
Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
==========================
==========================
1. Santa Maria da Feira: Câmara lava rua com água da rede
A Câmara de Santa Maria da Feira terá recorrido a água da rede
pública para regar jardins e lavar pisos. A denúncia partiu da CDU
que defende a utilização de captações próprias, algumas desactivadas.
Antero Resende afirma que, ainda recentemente, “o camião cisterna da
autarquia e uma viatura da empresa responsável pela limpeza no
concelho, estavam a abastecer água captada numa boca de incêndio” a
escassos metros da Biblioteca Municipal, centro da cidade. Veículos
que vão, mais tarde, regar os jardins e limpar pavimentos. Antero
Resende diz-se convencido que a água está a ser indevidamente
utilizada em funções que não se destinam ao consumo da
população, “como recomenda a própria associação de municípios”,
afirmou.
Refere, a título de exemplo, as captações numa extensa zona de
pinhal, no Cavaco, que durante anos abasteceu parte da população mas
que se encontra “abandonada e numa situação de grande risco” garante.
O vereador, Emídio Sousa, nega algumas das denúncias e afirma que a
água da boca de incêndio se destina, apenas, ao abastecimento de
escolas e creches. “A rega faz-se com água dos furos”, garante o
autarca adiantando que estão a ser reactivadas mais captações.
Diz, ainda, desconhecer o aestado da estrutura no Cavaco, mas que irá
analisar a situação.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Aveiro&Concelho=Santa Maria daFeira&Option=Interior&content_id=969957
=========================
2. Porto: Câmara aprova terça-feira requalificação do Aleixo
A Câmara do Porto vai aprovar terça-feira o plano de requalificação
do Bairro do Aleixo, que prevê a criação de um fundo de investimento
imobiliário com parceiros privados para o aproveitamento daquele
terreno sobranceiro ao rio Douro.
O plano, apresentado por Rui Rio em meados de Julho, tem a aprovação
assegurada pelos votos da maioria PSD/CDS no executivo municipal, mas
o vereador comunista, Rui Sá, pretende apresentar uma proposta
alternativa que mantenha os moradores no bairro, apesar de também
admitir a demolição das actuais torres. Esta proposta do vereador
comunista é semelhante à que o anterior presidente socialista da
autarquia, Nuno Cardoso, fez em 2001 e que também defendia a
demolição das cinco torres e a manutenção dos moradores no bairro, a
par da construção de habitação privada.
O Bairro do Aleixo, que conta com cinco torres, cada uma com 13 pisos
e onde moram cerca de 1.300 pessoas, é um dos mais problemáticos do
Porto, sendo um dos mais conhecidos locais de tráfico de droga na
cidade. O ‘Aleixo’, como é vulgarmente conhecido, começou a ser
construído em 1974 para alojar pessoas provenientes da zona da
Ribeira, mas a sua localização privilegiada sempre suscitou ao longo
dos anos a questão do seu aproveitamento para fins imobiliários.
O Plano de Requalificação do Bairro do Aleixo prevê a realização de
um concurso público para a escolha de um parceiro privado para a
criação de um Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII), no
qual a autarquia deverá assumir uma participação entre os 10 e os 30
por cento.
Nos termos da proposta apresentada por Rui Rio, o parceiro privado
poderá construir nos actuais terrenos do Bairro do Aleixo, devendo
assegurar previamente o realojamento dos habitantes, em habitação
social nova ou em edifícios recuperados pertencentes ao FEII.
A proposta da autarquia conta, no entanto, com a oposição da
Associação de Promoção Social da População do Bairro do Aleixo
(APSBA), que pretende apresentar nos próximos dias uma providência
cautelar para impedir a demolição do bairro. Contra a intenção da
Câmara do Porto está também o Bloco de Esquerda, que acusou Rui Rio
de necessitar de medidas de grande impacto para “esconder o fracasso
das suas bandeiras eleitorais”. Diferente foi a reacção inicial do
PS, a principal força de oposição no executivo municipal, tendo o
vereador Francisco Assis considerado “correctos” os princípios em que
se baseia a proposta da maioria que lidera a autarquia portuense.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=970080
==========================
3. Vagos: Pescadores não podem substituir tractores por bois
Não é nada que já não tenha passado pela mente dos pescadores da
xávega. Especialmente quando compram combustível para os tractores
que puxam as redes nas praias. Mas os bois já não podem ser uma
alternativa.
Voltar atrás no tempo e recolocar bois a puxar as redes de pesca que
saem dos barcos da Arte Xávega, na praia da Vagueira, é uma ideia que
até passou pela cabeça de António Maltês, mas foi rapidamente
colocada de parte. Segundo o pescador, proprietário de uma das
companhas que operam naquela praia e que aceitou o repto da Câmara de
Vagos para recriar a prática, tal como era há cerca de duas décadas,
para os turistas assistirem durante a época balnear, a ideia não é
viável, apesar do aumento do preço dos combustíveis, porque as
embarcações e as redes são demasiado pesadas para os animais.
A escassez de bois treinados para o efeito no concelho é outra
dificuldade. As duas juntas de bois que este Verão pisam o areal
para “turista ver” vieram de Ponte de Vagos e Covão do Lobo, duas
freguesias vaguenses. Contudo, nos dois primeiros anos em que a
autarquia promoveu a recriação da Xávega de forma genuína, os animais
tiveram de ser alugados no município de Cantanhede, devido à
dificuldade de encontrar aquele gado em Vagos.
“Os tempos mudaram e já não dá para voltar atrás. Os barcos agora são
maiores e mais pesados, e as redes também. Elas agora medem perto de
800 metros e antes tinham 500 ou 600 metros. Os bois já não podem com
elas e também não têm prática. Para fazer as encenações temos de
ajudar os animais com os tractores na mesma”, confessa “Tonito”.
Depois, “nós não temos animais e teríamos de os comprar e comprar
ração e palha para lhes dar. Era também um gasto”, explica.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Aveiro&Concelho=Vagos&Option=Interior&content_id=969953
==========================
4. Fonteita: Ervas finas já chegaram a Espanha
Uma empresária de Vila Real vende “ervas finas”, desde flores
comestíveis a microvegetais, para os luxuosos restaurantes e hotéis
nortenhos, mas a produção já não chega para as solicitações que
chegam até de Espanha. Graça Soares, 38 anos, licenciada em
Zootecnia, decidiu criar a empresa “Ervas Finas”, depois de, durante
anos, ter coleccionado as mais variadas ervas, flores ou legumes.
“Comecei por construir um horto na quinta dos meus avós, onde ia
plantando e semeando as mais variadas ervas, plantas, legumes ou
flores”, contou à agência Lusa. Hoje, os seus “frescos gourmet” são
produzidos de forma totalmente biológica e são destinados à hotelaria
e restauração de topo.
Desde a urtiga, baldroega, dente de leão, alfaces das mais diversas
cores e texturas, tomatinhos bebé, cenourinhas, cebolinhas, alecrins,
alfazemas e orégãos, amores-perfeitos, groselhas negras, manjericão
púrpura ou physalis. A maior parte das sementes são – frisou –
importadas mas algumas também foram recolhidas na flora selvagem e
espontânea. Ao todo, a empresa “Ervas Finas” possui 56 referências de
ervas, 30 de flores comestíveis, e entre quatro a 10 de legumes-bebé.
A empresa vende ainda cabazes feitos com vários produtos colhidos no
dia e que são entregues directamente aos clientes. E porque o
espaço “já é insuficiente” para a procura, a empresária quer
aumentar, a área coberta em mais 1000 metros quadrados.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=VilaReal&Concelho=Vila Real&Option=Interior&content_id=969951
==========================
5. Porto: Hard Club – Mercado Ferreira Borges
O executivo da Câmara do Porto aprova amanhã a cedência do direito de
superfície do Mercado Ferreira Borges à sociedade Hard Club – Turismo
de Animação Cultural, Lda por um período de 17 anos.
A proposta terá depois de ser submetida à votação da Assembleia
Municipal, órgão no qual a coligação PSD/CDS-PP também detém maioria,
para que o contrato de concepção, projecto, construção e exploração
possa ser assinado. Prepara-se, assim, o regresso de uma sala de
espectáculos mítica e de referência a nível nacional e internacional
que abriu em Dezembro de 1997 numa antiga tanoaria na margem
ribeirinha de Vila Nova de Gaia, mas que fechou portas em 2006 depois
de ter recebido mais de 500.000 espectadores, 1.300 espectáculos com
230 actuações nacionais e 420 internacionais num total de mais de
5.000 artistas provenientes de 34 países.
O Hard Club foi o único candidato ao concurso aberto pela Câmara do
Porto no início deste ano para a exploração e requalificação do
espaço conhecido por Mercado Ferreira Borges, obtendo a sua proposta
uma avaliação de 72 por cento. De acordo com a minuta do contrato a
que o JANEIRO teve acesso, a sociedade irá pagar à edilidade uma
renda de 2.500 euros por mês que será actualizada anualmente. Em
paralelo, cederá ao município o espaço para organização de eventos
por si promovidos, nomeadamente 120 horas mensais no «main floor», 20
horas mensais no auditório e 10 horas mensais na sala 1.
O novo Hard Club, que a sociedade estima poder abrir a 18 de Setembro
de 2009, transformará o Ferreira Borges num espaço multifuncional e
adaptável, sendo o projecto da autoria do arquitecto Francisco Aires
Mateus. No espaço principal, a sociedade pretende realizar
exposições, receber turistas e convidados e ter ainda um palco que
receba diariamente actuações acústicas. Haverá ainda um auditório
adaptável para uma capacidade de 150 lugares sentados ou para sala de
espectáculos com capacidade para 300 pessoas de pé, onde se pretende
levar a cabo actividades diversas durante o horário de funcionamento
diurno e nocturno. O Hard Club terá também uma outra sala para 1.000
pessoas destinada à realização de grandes eventos, um espaço no
primeiro piso que visa propiciar aos utilizadores um local de
convívio dotado de serviço de cafetaria/restauração/ bar e dois
espaços comerciais. De acordo com a proposta apresentada, o objectivo
é também o de “criar um espaço na cidade do Porto que apresente uma
ampla oferta cultural – nomeadamente com a realização de exposições,
conferências, seminários, entre outros – e vocacionado para a
produção de eventos, não só musicais, mas também eventos ligados às
artes cénicas e plásticas ou sessões de cinema”. Destaque-se que o
projecto proposto contempla também um espaço para estúdio e sala de
ensaio, livraria/discoteca, `merchandising’ e uma esplanada interior
e outra exterior.
“A nossa Associação entende que o projecto é de grande qualidade
arquitectónica na medida em que respeita escrupulosamente as
características e traça do edifício existente e tem o mérito de o
requalificar. Além disso, as actividades lúdicas e de hotelaria que
são propostas valorizam o Centro Histórico da cidade e
complementariam a oferta que é, em grande medida, proporcionada hoje
pelo Palácio da Bolsa” – Rui Moreira, presidente da Associação
Comercial do Porto
“Considero que o projecto proposto pelo Hard Club para o Mercado
Ferreira Borges virá enriquecer a oferta musical na região do Porto.
O trabalho que esta instituição desenvolveu ao longo de vários anos
em Vila Nova de Gaia revelou-se de grande qualidade e
profissionalismo pelo que estou certo que a sua continuidade, agora
na cidade do Porto, vem proporcionar uma oferta regular na área do
pop/rock que contribuirá para posicionar o Porto como um dos
principais pólos musicais da península ibérica” – Pedro Burmester,
músico e director artístico da Casa da Música
O projecto do Hard Club para o Mercado Ferreira Borges recebeu também
o apoio de outras entidades, designadamente a ESMAE – Escola Superior
de Música e Artes do Espectáculo, do Conservatório de Música do
Porto, da Fundação da Juventude e da Escola Superior de Artes e
Design. Num inquérito que realizou no seu site da internet, entre os
dias 24 de Janeiro e 28 de Abril, o Hard Club apurou, através de 1548
respostas que a maioria (1.441, sendo 14 respostas internacionais)
gostaria de ver o Hard Club no Ferreira Borges.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=c45c3f4759ac08064878c53ea2eb0db2
==========================
6. Porto: Água sob controlo
A “Águas do Porto” vai contar com a colaboração de cinco catedráticos
da Universidade do Porto na criação de um sistema de controlo da
qualidade da água em tempo real. Joaquim Poças Martins. presidente da
empresa, referiu que o objectivo consiste em “criar saber científico”
nesta matéria de forma a que possa ser aprofundado o estudo de novos
factores que estão a gerar efeitos menos positivos nas praias da
cidade, com reflexos directos na conquista e manutenção da Bandeira
Azul. Este conjunto multidisciplinar de especialistas, que será
coordenado pelo próprio professor Poças Martins, irá debruçar-se
também sobre o impacto resultante do surgimento este ano de novos
factores poluidores directamente relacionados com a alteração
hidrodinâmica decorrente da construção dos Molhes do Douro. Além das
descargas directas, que têm sido minoradas através de várias obras,
nomeadamente a conclusão das ligações domiciliárias ao saneamento, a
água das praias do Porto está sujeita à poluição difusa proveniente
principalmente do Douro, do Rio Leça, da Ribeira da Riguinha.
Outros factores pesam também na criação desta poluição, nomeadamente
os navios ao largo, as gaivotas e a sujidade das ruas arrastada para
o mar pelas chuvas, além dos ventos e marés que podem manter ou
afastar as manchas de poluição das praias, factores que podem
prejudicar o elevado nível de exigência de uma bandeira azul.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=db0b8509c7499f37b0659c5cf695cb33
==========================
==========================
Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
https://groups.yahoo.com/group/pned/
Se quiser consultar os boletins anteriores veja
https://campoaberto.pt/boletimPNED/
==========================
INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
=============== PNED: Porto e Noroeste em Debate ===============
0 comentários