Introdução
A Campo Aberto – Associação de Defesa do Ambiente, correspondendo a uma preocupação legítima da sociedade, seus sócios e simpatizantes, pretende dar sequência à iniciativa “O Porto contra as Alterações Climáticas”. Lançada em 2007, a iniciativa aprofundou o debate sobre o tema e procurou motivar diversas entidades da Área Metropolitana do Porto a tomarem medidas. A Campo Aberto vem agora associar-se ao esforço colectivo de combater as alterações climáticas promovendo a reflorestação com espécies autóctones e o consequente sequestro de carbono.
1.º O terreno onde foram plantadas as árvores
O primeiro bosque foi plantado num terreno particular pertencente a um sócio da Campo Aberto. Situado na freguesia de Lagares, concelho de Penafiel, o espaço é constituído por antigos lameiros agrícolas abandonados há quinze anos, encontrando-se virado a sul e confrontando com o ribeiro de Lagares, que lhe confere frescura e humidade. O solo é de origem xistosa, relativamente rico, e de aluvião junto do rio. Possui características adequadas para albergar grande parte das espécies da flora autóctone.
2.º As árvores
O terreno cedido para ensaiar a primeira fase da iniciativa “Plantar um Bosque Autóctone” já possuía algumas algumas árvores silvestres, sobretudo na galeria ripícola, constituída por amieiro (Alnus glutinosa), bétula (Betula celtibérica), castanheiro (Castanea sativa), choupo-negro (Populus nigra), choupo-branco (Populus alba), freixo (Fraxinus sp.), salgueiro (Salix sp.), sanguinho-de água (Frangula alnus) e outras, esparsas, provenientes de regeneração natural, tais como carvalho (Quercus robur), pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e sobreiro (Quercus suber), bem como espécies arbustivas interessantes como gilbardeira (Ruscus aculeatos), loureiro (Laurus nobilis), medronheiro (Arbutus unedo) e pilriteiro (Crataegus monogyna). Todos estes espécimes serão integralmente preservados.
O bosque foi entretanto alargado através de um novo plantio em Março de 2009, o qual foi feito recorrendo a várias espécies de árvores e arbustos escolhidos de acordo com as características edafo-climáticas do terreno, num total de pelo menos 22 espécies autóctones arbóreas e arbustivas, entre as quais:
·Ácer, Acer pseudoplatanus (1 exemplar)
·Azereiro, Prunus lusitanica(1 exemplar)
·Azinheira, Quercus ilex (3 exemplares)
·Carvalho-roble, Quercus robur (48 exemplares)
·Pinheiro-silvestre, Pinus sylvestris (4 exemplares)
·Faia, Fagus sylvatica (45 exemplares)
·Gilbardeira, Ruscus aculeatos (1 exemplar)
·Folhado, Viburnum tinus (1 exemplar)
·Freixo, Fraxinus angustifolia (45 exemplares)
·Sobreiro, Quercus suber (4 exemplares)
·Lodão, Celtis australis (3 exemplares)
·Loureiro, Laurus nobilis (3 exemplares)
·Loureiro-cerejo, Prunus laurocerasus (1 exemplar).
3.º O apadrinhamento das árvores
Através desta iniciativa, a Campo Aberto propõe aos seus sócios e simpatizantes da causa (individual ou colectivamente) que apadrinhem, com a quantia de 5 €, uma das árvores autóctones acima referidas. Ao apadrinhar uma árvore receberá um diploma atestando o seu contributo e participação na iniciativa. Os padrinhos poderão, também, receber informação, via correio‑electrónico, das coordenadas GPS com a localização exacta onde foi plantada a árvore que apadrinharam. Particulares, empresas e outras entidades poderão encontrar neste modelo uma forma de “indemnizar a natureza”, ainda que parcialmente, pelo carbono emitido como consequência da sua actividade.
4.º A garantia de gestão sustentável do bosque
O terreno está incluído na Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Entre Douro e Sousa que abrange uma área com cerca de 8000 hectares, fazendo parte duma parcela que obterá, brevemente, a Certificação para a Produção Florestal (Norma Portuguesa 4406). Plantado e gerido duma forma sustentável, o bosque constituirá uma mais-valia para a conservação da Natureza numa zona bastante florestada mas dominada pelas monoculturas.
5.º Gestão das receitas obtidas com a iniciativa
As receitas obtidas serão canalizadas para:
- Dar continuidade à iniciativa;
- Financiar a compra de árvores pela Campo Aberto de modo a mitigar o carbono emitido como consequência das actividades desenvolvidas pela associação (passeios, debates, etc.). Isto significa que também a Campo Aberto apadrinhará, na próxima fase da iniciativa, a plantação de árvores através das receitas geradas com a presente iniciativa;
- Apoiar o financiamento geral da associação Campo Aberto (pagamento da sede, aquisição de equipamentos, etc.) (esta rubrica nunca ultrapassará os 50% das receitas).
Será mantido na internet um registo da contabilidade desta iniciativa (ver em baixo).
De notar que as receitas obtidas não cobrem os custos associados à manutenção das árvores, os quais são assegurados pelo proprietário do terreno.
6.º Obter informações e visitas ao local da árvore apadrinhada
Informações sobre o desenvolvimento do projecto serão veiculadas através do portal da Campo Aberto na internet.
7.º Ficha de apadrinhamento de árvore e forma de pagamento
Preencha por favor esta ficha.
O valor total do donativo corresponde ao nº de árvore(s) a apadrinhar * 5 €
Nota: só estão actualmente disponíveis para apadrinhamento 29 carvalhos e 3 sobreiros.
As formas de pagamento são enviadas por correio electrónico depois de enviada a ficha.
Verbas já arrecadadas
Consulte por favor a página do mecenato ambiental.
Parte da verba arrecadada será usada pela Campo Aberto para apoiar a plantação de mais árvores.
Em primeiro lugar, acho esta V/ iniciativa muito importante, sobretudo pelas potencialidades educativas que tem.
Li estes textos com atenção e tenho de dizer, na minha modesta opinião de prático agrícola, que Março não é o mês adequado para plantar árvores, sobretudo se a plantação for feita de raízes nuas (o que não se pode fazer, por exemplo, com as coníferas). As plantações devem ser feitas no Inverno (Novembro-Dezembro-Janeiro, o mais tardar). Neste período, estando as árvores a plantar em boas condições e procedendo-se ao plantio como deve ser, a taxa de pegamento será quase total. Se a plantação for feita com a planta no vaso (de cartão) ou no torrão, como vem do viveiro, talvez se possa fazer em Março. Lembro, no entanto, que, apesar de no nosso clima chover em Março, Abril e Maio, as chuvas do Outono-Inverno serão mais abundantes e continuadas, contribuindo para a sobrevivência das jovens árvores mais seguramente. Mas V. têm na V/ associação técnicos mais competentes e sabedores que eu, naturalmente, para avaliar a questão.
Os meus cumprimentos
Gostava de participar na iniciativa,plantar bosques nomeadamente na região onde resido ou próximo do Distrito de Coimbra.Sou técnico agrário, e portanto tenho alguma formação na area de arboricultura,gostava que me informassem das iniciativas para a zona, e quem devo contactar?