No passado dia 29 Julho realizamos mais uma sessão do ciclo “Qualidade de vida e Ambiente”, desta vez sobre a temática Qualidade do Ar no Interior das Habitações.
Nesta sessão tivemos a participação de Ricardo Sá (Administrador da empresa Edifícios Saudáveis e consultor de “sustentabilidade no ambiente construído” de organizações nacionais e internacionais com interesses no mercado imobiliário).
Para além de nos apresentar um enquadramento geral sobre esta questão, nomeadamente problemas mais comuns e legislação aplicável (ver DL 79/2006) indicou ainda as principais estratégias para a manutenção de um bom nivel de qualidade do ar interior, nomeadamente:
- controlo na fonte – este tipo de problemas deve ser combatido logo na origem, por exemplo com a utilização de materiais de construção e / ou equipamentos que não libertem poluentes durante o seu período de vida. Um caso habitual são os formaldeídos (vulgarmente usados para tratamento de madeiras) e os compostos orgânicos voláteis (presentes em alguns vernizes e tintas). Outro exemplo é o próprio tabaco, a simples proibição de fumar dentro de espaços fechados deve ter sido uma das formas mais eficazes de melhorar a qualidade do ar interior.
- remoção localizada – nos casos em que é inevitável algum tipo de produção de gases poluentes deverão ser usados sistemas de remoção desses gases. O exemplo mais habitual é mesmo o exaustor das cozinhas
- controlo na relação de pressões – a criação de zonas de pressões diferentes dentro de um edificio é fundamental para evitar a dispersão de gases poluentes bem como para facilitar a sua remoção
- diluição – por fim a diluição do ar interior com novo ar do exterior via ventilação
Um pormenor importante que foi referido foi a preocupação que deve haver na correcta instalação de equipamentos de suporte (ventilação e ar condicionado) de forma a assegurar por um lado a sua correcta utilização mas também a sua futura manutenção e limpeza
Outra questão interesante levantada tem a ver com o nivel de estanquicidade actual dos edificios que aumentou bastante nos últimos anos, o que se por um lado pode ser bom (conversão de calor entre outros) por outro lado leva a que a taxa de ventilação dos edificios actuais seja cerca e 10 vezes menor do que era há trinta anos, tendo passado de um valor médio de a 2 a 3 renovações completas do ar de um edificio por hora para uma renovação em cada 4 a 5 horas.
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