Ciclo de debates «Qualidade de vida e Ambiente»
21 de Novembro de 2009 (Sábado), 21h30
PARTICIPANTES NA MESA: Francisco Ramos, do movimento local de Rebordosa (Paredes) contra a alta tensão; Manuel Silva, do movimento local de Serzedelo (Guimarães); ambos vice-presidentes do Movimento Nacional Contra as Linhas de Alta Tensão em Zonas Habitadas.
Moderador: José Carlos Marques, da direcção da associação Campo Aberto.
LOCAL: Clube Literário do Porto, Rua da Alfândega, 22, no Porto
DATA E HORA: sábado, 21 de Novembro de 2009, 21:30
TEMA: Em 2 de Abril de 2009, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução muito importante sobre poluição electromagnética, que respeita e toma a sério as preocupações do público quanto aos efeitos das tecnologias de aparelhos sem fio (telemóveis, Wifi-Wi max, Bluetooth, telefone de base fixa DECT), bem como outras fontes de CEM, nomeadamente as linhas de alta tensão. É este último caso que será o tema principal, embora enquadrado no âmbito mais geral apontado na resolução.
OBJECTIVO: Compreender melhor os movimentos preocupados com a poluição electromagnética – e esta própria poluição. Com efeito, nos países prósperos, multiplicam-se as acções em tribunal motivadas por preocupações relativas aos efeitos para a saúde dos campos electromagnéticos (CEM) bem como medidas provenientes de autoridades públicas que adoptam moratórias sobre novos equipamentos que emitem CEM. Em Portugal, tivemos numerosas contestações à instalação de antenas de telemóveis e, posteriormente, um surto igualmente espontâneo em vários pontos do país de questionamento de linhas de alta tensão, como em Sintra, Silves, Batalha, Rebordosa, Serzedelo e outros locais. Daí resultou a formação de um movimento nacional. Teremos nesta sessão dois representantes de dois movimentos locais situados ambos na Região Noroeste, e ambos integrados também no movimento nacional.
INTEGRAÇÃO NO CICLO: Esta sessão tem em vista uma primeira abordagem de um tema que se integra potencialmente no leque de agressões ambientais do tipo «poluição» que levantam problemas de saúde pública. Inclui-se assim naturalmente no ciclo «Ambiente e Qualidade de Vida» que a Campo Aberto tem vindo a promover, e onde já foram ou serão debatidos assuntos como a poluição da água, dos solos, do ruído, ou a qualidade do ar interior, e a poluição atmosférica.
A mesa tem dois elementos do “contra” e ninguem pelo “Pro” Não se arranjará algum voluntário do meio universitário e da REN dispostos a dar uma outra perspectiva sobre o assunto?
Nestas condições haverá pouco lugar para o debate e para o esclarecimento isento.
Atentamente
Este debate é livre e as pessoas que julgam a alta tensão absolutamente segura e sem problemas serão bem-vindas e poderão exprimir-se com toda a liberdade dentro dos limites de tempo disponíveis.
Há vários tipos de debate. A posição oficial, incluindo a da EDP, é bem conhecida e tem tido ampla divulgação nos meios de comunicação social.
Já os movimentos contra a alta tensão em zonas habitadas não dispõem de meios idênticos e nem sempre as suas posições têm sido corretamente veiculadas na imprensa. Daí a razão do formato do debate.
A Campo Aberto não é um órgão de jornalistas obrigada a contraditório, embora o faça sempre que considera adequado.
Neste caso, estamos empenhados em superar o negacionismo, ou seja, a posição que considera que a alta tensão não levanta qualquer problema.
Uma recomendação do Parlamento Europeu de Abril último considera com toda a clareza que há problema, embora este possa ser visto de diversas maneiras.
Mas repetimos: todas as opiniões, mesmo as negacionistas, poderão exprimir-se ao longo do debate.
José Carlos Marques, vice-presidente da Campo Aberto