O Sabor e Tua são dois rios que provavelmente terão nos próximos anos barragens a dividir o seu percurso.
Enquanto que no caso do Sabor as obras já vão adiantadas, no caso do Tua ainda estão a começar, de qualquer forma nos últimos tempos têm sido publicadas algumas notícias sobre este tema.
Foi recentemente publicado e está em apreciação pública o Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua. O
sumário executivo pode ser consultado aqui.
Entretanto, e depois de algumas declarações do Secretário de Estado dos Transportes onde dizia “Há uma dinâmica territorial que tem levado as pessoas para o Litoral” ou “não é por criarmos oferta de transportes que se fixa as pessoas”, o Movimento Civico da Linha do Tua emitiu um comunicado onde exige a demissão do secretário de estado e recupera palavras do prof. Rui Cortes que referiu recentemente “A ideia idílica de ter uma grande massa de água não se vai verificar. Pelo contrário, será uma situação muito desagradável com grandes variações de cota que não são propícias para fins turísticos”, proporcionando “um grande efeito de erosão e uma perda absoluta do solo em redor”, e afirmando ainda que “as emissões de gases de efeito de estufa a partir das grandes albufeiras representam cerca de quatro por cento do total de emissões a nível mundial”.
Nesta mesma semana a EDP apresentou recentemente um projecto do parque natural Sabor/Tua que seria, segundo o administrador da EDP António Ferreira da Costa, “possivelmente o segundo ou terceiro maior do país” e “autossustentável” com uma verba anual garantida entre 800 mil a um milhão de euros.
Perguntamo-nos claro se esse mesmo parque natural não poderia ser construído antes da destruição do património natural e cultural já existente pelas referidas barragens.
Finalmente inaugura no próximo dia 24 julho a exposição “A Linha do Tua” na Casa-Museu Mauricio-Penha em Alijó. Até 30 de Setembro uma oportunidade para conhecer mais sobre este vale.
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