As associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza formalizaram recentemente o desejo de ver o sobreiro consagrado oficialmente como a Árvore Nacional de Portugal.
Como referem no site da Árvores de Portugal, esse desejo foi formalizado à sombra do secular sobreiro do Cachão com um aperto de mão entre os respectivos presidentes.
“a caminhada que agora se inicia, visa não apenas a classificação do sobreiro como a árvore nacional do nosso país, mas, igualmente, ajudar a criar uma plataforma que funcione como um lóbi de defesa do sobreiro e da sua cultura, procurando ser parte activa na procura de soluções para alguns casos concretos que serão divulgados futuramente.”
A Campo Aberto associa-se desde já a esta iniciativa.
Não acho nada bem.
O sobreiro apenas é tradicional de uma parte de Portugal.
No noroeste são raríssimos.
Neste caso, os carvalhos seriam uma proposta bem mais interessante.
Caro João Pinheiro
O sobreiro é menos raro no Noroeste de Portugal do que por vezes se imagina. É certo que não há extensões de sobreiros tão impressionantes como as do montado alentejano, mas isso deve-se sobretudo a circunstâncias de história económica e paisagística. Em zonas muito a Norte ainda encontramos maciços de sobreiros importantes, em muitas outras foram destruídos por razões da mesma índole. O sobreiro exige mesmo alguma humidade (que o clima atlântico propicia) que a azinheira, por exemplo, dispensa. Assim, em regiões do Douro, como o Professor António Crespi (da UTAD) nos mostrou em algumas visitas feitas pela Campo Aberto, o sobreiro vai recuando perante a azinheira precisamente por uma evolução climática e do coberto vegetal que vai tornando mais secas algumas zonas onde até há pouco ele ainda predominava. José Carlos Marques