25 março 2012 * 2xeco n.º 1
Economia e ecologia, relações conflituosas? Ou uma necessária interdependência em que a economia é uma subsecção da ecologia e a ela tem que se subordinar? De vez em quando abordaremos nesta página sínteses e comentários de artigos ou notícias sobre este tema ou que a ele podem conduzir. Os recortes completos passarão a estar disponíveis para consulta na sede da associação Campo Aberto. Veja o horário em: https://www.campoaberto.pt/2012/01/17/horario-de-abertura-da-campo-aberto/ Folha redigida porJosé Carlos Marques (jcdcm@sapo.pt)
BANCA ÉTICA.
O projeto FiareGz, na Galiza. Num artigo intitulado «O Proxecto Fiare: expectativas da banca ética en Galiza», Raúl Asegurado Pérez, presidente da associação FiareGz (https://fiaregz.com), apresenta os princípios e problemas da banca ética, em especial na Espanha e sobretudo na Galiza. Segundo ele, a banca ética abrange os projetos de intermediação financeira que oferecem os serviços bancários habituais a pessoas e organizações que querem ter em conta as consequências sociais da atividade de crédito em que é aplicado o seu dinheiro, e que exigem que a atividade se oriente exclusivamente para os projetos que contribuam para a regeneração das nossas sociedades. Vai pois muito mais além do que simplesmente não investir na indústria militar ou em atividades que prejudicam a biosfera, etc. Articula-se com outras manifestações de Economia Solidária, que buscam transformações na perspetiva da justiça. Ver: a revista da associação galega ADEGA: Cerna, n.º 66, inverno 2012, Travesa de Basquiños, n.º 9 baixo, 15704 Santiago de Compostela, cerna@adega.info, 0034981570099, www.adega.info
BIOECONOMIA PARA A EUROPA?
Fazer mais com menos, garantir abastecimento sustentável de recursos biológicos. A Comissão Europeia lançou um novo plano de estratégia e ação económica com o título «Inovar para o Crescimento Sustentável: uma Bioeconomia para a Europa», sob a palavra de ordem capturada aos movimentos alternativos da contracultura dos anos 1960-70, «fazer mais com menos». Embora com algumas intenções proclamadas de sustentabilidade, pretendendo reconciliar a exigência de uma agricultura e pescas sustentáveis, a segurança alimentar e o uso sustentável de recursos biológicos para usos industrias com a garantia de biodiversidade e proteção ambiental, estaremos mais uma vez perante a ambígua tensão, tão frequente nestes documentos, entre as exigências da exploração industrial e do crescimento económico e as exigências ambientais, em que as primeiras continuam a maior parte das vezes a levar a melhor? Ver: jornal Commission en direct n.º 623, 17-02-2012 e https://bit.ly/EU_bioeconomy.
COMÉRCIO LOCAL SUSTENTÁVEL.
Em escala nunca vista, encerramento de espaços comerciais. O jornal Gazeta das Caldas, de 17 de fevereiro de 2012, sob o título «Para um comércio local sustentável», descreve uma situação nunca antes vivida nas Caldas da Rainha, o encerramento em escala impressionante de numerosos espaços comerciais em todas as ruas e mesmo nos centros comerciais (em maior escala nos de pequena dimensão). O jornal passa então a dar pistas para que a região possa fazer jus ao título de autoproclamada capital do comércio tradicional, entre elas a revalorização do tradicional mercado da fruta, ou a venda direta praticada por algumas empresas, interrogando-se sobre o que se pode ali fazer para dinamizar a cidade comercial: propor alguns dos espaços encerrados a estudantes ou recém-formados da escola local de artes e design e a indústrias e artesanato ou mesmo instituições de solidariedade social que têm capacidade expositiva de produtos que chamam apreciadores nacionais e estrangeiros, etc. Ver: Gazeta das Caldas, 17 de fevereiro de 2012.
ALDEIA DA TERRA.
Artesanato, arte e invenção para atrair visitantes ao interior. Na Quinta das Canas Verdes, Estrada das Hortas 202, Arraiolos, no Alentejo, é possível visitar a Aldeia da Terra, uma espécie de Portugal dos Pequeninos em ponto muitíssimo mais pequeno já que se reproduz uma divertida aldeia feita de pequenas peças de barro modeladas por Tiago Cabeças e pintadas pela mulher, Magda Ventura, que disso fizeram obra de amor e modo de vida. Aberta ao público no verão 2011, a Aldeia foi já visitada por mais de 1500 pessoas. Ver: Notícias Magazine, 19 de fevereiro de 2012.
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