Breves sínteses e comentários de artigos ou notícias sobre a terra e a Terra. Boletim elaborado por José Carlos
Marques: jcdcm@sapo.pt.
Provedor dos agricultores.
José Martino, agrónomo, agricultor, consultor em questões agrícolas, empresário, dirigente associativo, mantém na internet uma petição para que seja criado o provedor dos agricultores. Além dessa, mantém duas outras petições, sendo uma delas sobre a necessidade de uma linha de crédito para jovens agricultores. A terceira defende a criação de uma bolsa de terras para os agricultores. Sobre a bolsa criada pelo governo, José Martino considera-a uma «salgalhada». Jornal de Notícias, 10 de setembro de 2012.
Dinamização de territórios rurais.
Com base na iniciativa lançada há cerca de dois anos em Querença, Algarve, de dinamização daquela freguesia rural algarvia, está a surgir em Viana do Castelo, sob impulso do Instituto Politécnico local, um projeto idêntico com o título «Geraz com Querença». Pretende-se valorizar economicamente os ativos endógenos dos territórios abrangidos e contribuir para uma afirmação positiva da identidade cultural local e da qualidade de vida em espaços rurais, da zona de Geraz do Lima. O projeto, coordenado em Viana por José Carlos dos Santos e Bruno Leitão, integra a Rede Nacional de Territórios com Querença, coordenada pelo professor da Universidade do Algarve, António Covas. Jornal de Notícias, 10 de setembro de 2012
Colmeias em baldios do Marão
Um projeto para a produção de 12 mil toneladas de mel em baldios da serra do Marão situados no concelho de Amarante está a ser desenvolvido por um engenheiro florestal e empresário de Marco de Canaveses. Serão instaladas 600 colmeias, tendo Alexandre Vieira, o empresário, instalado já dez colmeias e outro equipamento na freguesia de Aboadela para «ganhar experiência». A região, acredita, proporcionará mel com cores e sabores únicos, além de subprodutos como cera e pólen, mais compensadores ainda financeiramente. Segundo candidatura apresentada ao programa europeu Leader, no âmbito do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, a instalação ocorrerá ao longo de três anos. Jornal Grande Porto, 10 agosto 2012. Uma reportagem desenvolvida sobre o mesmo assunto foi publicada pelo jornal Repórter do Marão, do Tâmega e Sousa ao Nordeste, de julho de 2012, com o título “Empresários de Amarante e Marco pretendem instalar 600 colmeias nos baldios da serra do Marão. Aliás, esse número tem como chamada de capa o título “Regresso ao campo é a última oportunidade do país”, com vários outros artigos dedicados ao tema: “O futuro do país passa por rejuvenescer a agricultura” numa entrevista com Ana Marta-Costa, investigadora da UTAD; “Riqueza e Saúde que vêm da terra”, e ainda o texto “Mercados locais são fundamentais para escoar produtos”, que converge com a perspetiva do Encontro de Agricultura Local Sustentável, de 16 de junho de 2011, organizado, entre outras entidades, pela Campo Aberto. (Repórter do Marão, tel. 910536928, tamegapress@gmail.com, Apartado 200, 4630-279 Marco de Canaveses).
Resíduos perigosos em Gondomar
A remoção dos resíduos perigosos das escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, assunto que desde há alguns anos vem recorrentemente à tona na imprensa, parece ir finalmente ser encarada. Segundo a Secretaria de Estado do Ambiente (jornal Grande Porto de 3 de agosto de 2012), existe uma verba de 1,2 milhões de euros a isso destinada no orçamento de Estado de 2012 atribuído à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, CCDR- N, a quem caberá superintender na remoção. Uma das maiores preocupações relacionadas com a situação das escombreiras refere-se às consequências na qualidade da água. Segundo a comissão de acompanhamento criada pela população em S. Pedro da Cova, esta «continua sem saber se as águas subterrâneas estão ou não contaminadas, se pode ou não utilizar as águas provenientes dos poços e furos de água, e quais as reais consequências da deposição dos resíduos para a saúde das populações».
Hortas solidárias em Famalicão
A Câmara de Famalicão vai disponibilizar um hectare de terreno para a criação de hortas urbanas, estando previstos 180 talhões com 25 metros quadrados cada, alguns dos quais destinados a pessoas com mobilidade reduzida, estando igualmente previsto espaço para hortas pedagógicas destinadas a projetos escolares e para hortas cultivadas por voluntários com vista a fornecer lojas sociais. Paralelamente a Câmara vai promover uma formação em agricultura biológica para os futuros utilizadores. Haverá um local de estacionamento para 30 bicicletas, de forma a favorecer a mobilidade sustentável. Haverá ainda bancos e mesas de jardim para os períodos de descanso e para promover o convívio e lazer (jornal Grande Porto, 3 de agosto de 2012).
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