sábado, 27 de abril
agrupamento: 14:45 no exterior do n.º 194 da rua do Freixo (a Campanhã)
início da visita: 15:00
Ciclo Jardins do Porto
Preço por pessoa: €4,00 (sócios); €6,00 (não sócios).
Crianças até 10 anos acompanhadas por sócios: €3,00; por não sócios: €4,00.
Antes de se inscrever, considere as condições gerais das nossas visitas e passeios : https://www.campoaberto.pt/contacte-nos/instrucoes-inscricoes/
Para se inscrever, preencha este formulário (não esquecer o nome completo e data de nascimento, exigidos para efeitos de seguro): https://www.campoaberto.pt/contacte-nos/inscricoes-1
Escolha no menu do formulário: Abril 27 Villar d’Allen
A inscrição, a realizar o mais tardar aé 24 de abril, só é válida quando acompanhada de pagamento simultâneo, cujo comprovativo deverá ser enviado para o seguinte email (apenas para esse email; a usar exclusivamente para este evento):
O pagamento é efetuado por transferência bancária para o NIB 0035 0730 0003 5756103 54 (Caixa Geral de Depósitos)
Pode igualmente pagar por cheque ou vale postal, a enviar para:
Campo Aberto, Apartado 5052, 4018-001 Porto
devendo avisar para o email já indicado (jardinsabril27@gmail.com) que procedeu a essa forma de pagamento
A visita só se realizará com um mínimo de 10 pessoas e um máximo de 30. Os sócios da Campo Aberto têm prioridade até ao dia 5 de abril. Os inscritos serão ordenados por ordem cronológica de inscrição, que decidirá no caso de haver mais que 30 inscritos. A partir de 20 de abril não se inscreva (nem efetue pagamento) sem antes ter recebido confirmação de vaga disponível.
Algumas informações sobre a Quinta Villar d’Allen
No livro Um Porto de Árvores, editado pela Campo Aberto em 2006 e de autoria de Paulo Ventura Araújo, Maria Pires de Carvalho e Manuela Delgado Leão Ramos:
«Criada em meados do século XIX por João Allen e reformada pelo seu filho Alfredo Allen (a cuja iniciativa o Porto deve os jardins do Palácio de Cristal e da Cordoaria), a Quinta de Villar d’Allen, que visitámos na companhia da proprietária D. Isaura Allen, é talvez o único jardim histórico do Porto a manter-se na posse da família que o construiu; e, apesar da degradação paisagística e ambiental da zona envolvente, a manter-se com dignidade. Além do notável conjunto de árvores monumentais, assinalado a grande distância pela silhueta gigante de uma Araucaria bidwillii, e de que é justo ressaltar uma alameda de raras palmeiras (Jubaea e Washingtonia), esta quinta é famosa pela sua extraordinária colecção de camélias de porte arbóreo. Hoje em dia, mantido pelos mesmos proprietários, funciona lá um viveiro que comercializa uma grande variedade de árvores e plantas ornamentais, incluindo variedades de camélias que são exclusivas da quinta.»
Outras informações, com base em https://www.villardallen.com e https://villardallenwines.com:
A atual Quinta de Villar d’Allen resultou da junção de algumas velhas quintas: a da Arcaria ou de Campanhã de Baixo, que pertencera aos Ferreira Nobre (detentores do cargo hereditário de Guarda-Mor da Relação) e a estes comprada por Manuel Simões, um industrial de atanados natural de Viseu; e a de Fonte Pedrinha, que pertencera aos Noronha e Távora, senhores do vizinho palácio do Freixo. Ambas foram compradas em 1839 por João Allen, negociante inglês, trisavô dos atuais proprietários.
Em 1869, Alfredo Amsinck Allen, filho de João Allen, juntou-lhes duas outras quintas contíguas: a da Vessada, que fora de Freires de Andrade, e a de Vila Verde, que pertencera aos Marqueses de Abrantes. Alfredo Amsinck Allen, enólogo por formação, agricultor e jardineiro por paixão, além de introduzir no país numerosas plantas exóticas, que aclimatava em Villar d’Allen antes de oferecer jovens exemplares aos seus parentes e amigos, dedicou-se entusiasticamente à coleção de camélias, criando novos híbridos e oferecendo centenas de exemplares para os parques do Bom Jesus e Buçaco.
Para além duma grande coleção de camélias, Villar d’Allen possui também jardins de caraterísticas bem marcadas: para sul e poente um jardim formal à francesa, construído entre 1785 e 1790 por Manuel Simões. Para norte e nascente, o parterre nascido do entusiasmo de João Allen pelos jardins paisagistas, em moda em Inglaterra. Jardins que procuravam imitar a natureza, sem formalismos, sem linhas retas, levando os passeantes, por carreiros sinuosos, dos canteiros de flores e relvados próximos da casa até ao denso bosque circundante.
Seu filho Alfredo Amsinck Allen acentuou-lhe o cunho romântico, alargando os jardins, criando lagos, regatos e cascatas artificiais (e as quase inevitáveis falsas ruínas), bem como uma grande variedade de plantas exóticas, norte e sul-americanas, australianas e asiáticas. Bem ao jeito romântico, as plantas eram também objeto de coleção. Aqui e ali, podem ver-se os imponentes fogaréus, os belos «cabazes de fruta» e outros trabalhos menores feitos em granito por Nicolau Nasoni.
Vale a pena conhecer Villar d’Allen tanto num dia frio de Inverno, apreciando uma das maiores coleções de camélias do país como num dia de Primavera, com os canteiros cheios de flores, ou ainda num fim de tarde de Verão, quando as cilindras, glicínias, magnólias e madressilvas enchem os jardins com os seus perfumes.
A 19 de Janeiro de 2010 foi publicada no Diário da República a Portaria 64/2010 que atribui a classificação de Imóvel de Interesse Público (IIP) ao conjunto constituído pela Casa e Quinta de Villar d’Allen.
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