A partir de um encontro em 16 de junho de 2012, e do seu aprofundamento em 20 de outubro do mesmo ano e em 18 de maio de 2013, alguns cidadãos e associações (AMO Portugal – Associação Mãos à Obra, APRUPP – Associação Portuguesa para a Recuperação Urbana e Proteção do Património, e Campo Aberto, sem excluir contactos existentes com outras associações) têm vindo a trabalhar em conjunto em três campanhas a seguir descritas de forma sucinta, e ainda no projeto «Que Porto Queremos», um documento que apresente propostas e sugestões para uma cidade melhor e mais amigável.
Campanha pela
Recuperação da Escarpa Nordeste do Douro, no Porto
Local: desde o fundo da Calçada das Carqueijeiras (antiga Calçada da Corticeira) até ao Largo Baltazar Guedes. Em âmbito mais geral, desde a Alfândega ao Freixo.
Antecedentes: ações de limpeza dessa zona, desde março de 2012, por iniciativa da AMO Portugal (Associação Mãos à Obra, nascida na sequência das ações Limpar Portugal) e diversas visitas e reconhecimento dos problemas de salubridade pública, confirmados em carta da Direção Regional de Saúde.
Projeto: recuperação da zona e valorização da paisagem que dali se avista, como valor patrimonial do Porto, aproveitando-se o extenso terreno livre para um percurso pedonal e/ou ciclovias e/ou hortas urbanas, com um aproveitamento digno, comparável ao que já tem a Ribeira.
Campanha pela
Extensão da Área Verde no Parque da Cidade (Ocidental) e sua zona
Locais a converter: áreas atualmente só ocupadas de forma pontual, ou que servem de estaleiros, ou que não estão a ser utilizadas e que ocupam parte significativa da zona com atividades deslocalizáveis.
Antecedentes: todo o processo de criação do Parque bem como a sua história evolutiva, com destaque para o MPC – Movimento pelo Parque da Cidade, sobretudo no período 2001-2003, bem como as condicionantes que travam a expansão das zonas verdes referidas.
Objetivo: após levantamento e diagnóstico da situação, estudar e propor localizações alternativas às atividades a deslocalizar, melhor integração das estruturas que não possam ser deslocalizáveis na paisagem do Parque por forma a diminuir o seu impacto ambiental, incluindo visual, tendo em atenção as condicionantes jurídicas e financeiras.
Campanha para
Substituir as instalações petrolíferas do Real (Matosinhos) por
Parque Arborizado
Local a considerar: área de cerca de 12 hectares e áreas adjacentes (total provável de 18 hectares) em Matosinhos Sul, no Real, espaço compreendido pelas Av. Afonso Henriques, Rua Sousa Aroso, Rua D. Nuno Álvares Pereira e Circunvalação, incluindo o chamado Parque de Armazenagem do Real
Antecedentes: está decidido pelas autoridades competentes, devido à perigosidade das atuais instalações petrolíferas e de gás, transferir esses equipamentos para local menos inconveniente. Existem planos, já consagrados no PDM de Matosinhos, para fazer nessa área uma parte de equipamentos e outras duas partes predominantemente de habitação. Anteriormente, a Câmara Municipal de Matosinhos tinha decidido pela conversão em Parque Verde de toda a área atualmente ocupada por aquelas instalações a deslocalizar.
Objetivos: tentar que a totalidade dessa área passe a ser área verde, convertendo-se numa extensão do Parque do Porto Ocidental, beneficiando assim os dois concelhos, criando um corredor verde para o centro da cidade de Matosinhos, ou, em qualquer caso, propor a máxima extensão possível de área arborizada, inserindo-a no contexto das zonas verdes de Matosinhos e do Porto-Circunvalação.
Documento
Que Porto Queremos
Em 31 de outubro de 2012, na tertúlia «Que Porto Queremos», foram apresentadas propostas para tornar o Porto uma cidade melhor e mais amigável. Os oradores convidados (David Afonso, Francisco Flórido, José Carlos Ferraz Alves, Miguel Barbot, Pedro Jorge Pereira, Pedro Figueiredo, Tiago Azevedo Fernandes) presentes pessoalmente ou por meio de um texto lido no caso de Miguel Barbot, trouxeram a debate diversos aspetos do Porto que deveriam ser melhorados. Ao longo do debate, foi lançada a ideia de se preparar um elenco de propostas a apresentar à cidade por ocasião das eleições autárquicas.
Em encontro realizado em 18 de maio de 2013, procurou dar-se continuidade a essa ideia, na presença de alguns dos já citados ou com base em documentos por alguns deles enviados, bem como pela presença de algumas outras pessoas. Existe já um certo acervo de textos escritos que poderiam servir de base à redação do elenco referido.
Falta agora definir uma pequena equipa de redatores que possa compendiar esses vários contributos num documento único coerente. Caso se consiga dar esse passo, haverá em seguida que fazer chegar a diversas entidades na cidade e divulgar amplamente as propostas contidas no documento.
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