QUANDO, ONDE E COMO
8 março, 9:00 da manhã
Encontro e agrupamento às 8:55 na entrada da Quinta da Conceição
Localização: Avenida Antunes Guimarães, 4450 Leça da Palmeira (a cerca de 20 minutos a pé do apeadeiro de Metro do Mercado de Matosinhos)
Participação gratuita mas com inscrição obrigatória (ver adiante)
A Quinta da Conceição, depois de uma história longa e rica de peripécias, é hoje um parque verde público em Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos. Esta visita, que decorrerá entre as 9:00 e as 11:00, insere-se no Ciclo Cidades e Parques do Noroeste, iniciado em 2013, e que amplia à cidades do Noroeste os vários ciclos sobre Jardins do Porto que a Campo Aberto vem promovendo desde 2004. A visita será acompanhada pela Eng.ª Margarida Bento, do Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Matosinhos.
No final da visita, em lugar a indicar, haverá uma tertúlia, ou troca de impressões, das 11:00 às 12:30, sobre aspetos de qualidade ambiental e urbana na cidade e concelho de Matosinhos, em que será dada a palavra livremente aos presentes. Não haverá oradores designados mas apenas uma moderação por parte da Campo Aberto para facilitar a troca de impressões.
PARA SE INSCREVER
Envie um email com o seu nome completo e data de nascimento (para efeito de seguro) e telefone de contacto, para: atividadesca@gmail.com
Se inscrever mais do que uma pessoa, por favor indique esses dados para todas as pessoas. O prazo de inscrição decorre até segunda 3 de março, inclusive.
A inscrição é gratuita. Uma participação voluntária para as despesas da organização, a título de donativo a fixar pelo próprio e a entregar no local, será apreciada.
COMO CHEGAR
De autocarro (horários de sábado)
507 Cordoaria – Leça da Palmeira (Cordoaria 8:15, Boavista Casa da Música 8:25, Rotunda AEP 8:33, Matosinhos Câmara 8:43, Matosinhos Mercado 8:48, passa ainda, entre outras paragens, Hospital Pedro Hispano, Exponor. Descer na Quinta de Santiago, contígua à Quinta da Conceição).
601 Cordoaria – Aeroporto (Cordoaria 7:50, Boavista Casa da Música 8:00; passa ainda na Praça da Galiza, Casa de Saúde da Boavista, Rotunda AEP, Hipódromo e Quinta da Conceição, além de outros pontos)
De automóvel, a partir da Rotunda da Boavista (15 a 20 minutos): siga Noroeste em direção a Av.ª França; saia da rotunda para a Av.ª França; vire à esquerda em direção à Rua da Constituição; continue até à Rua Pedro Hispano; curvar ligeiramente à direita em direção a Av.ª Sidónio Pais; continue até à AEP (Associação Empresarial do Porto) – Indicações para IC1/Norte/Espanha/Viana Matosinhos/Aeroporto; continue até à A28; siga pela saída 7 em direção a Santa Cruz do Bispo; na rotunda, siga pela 1.ª saída para Rua Veloso Salgado; vire à direita em direção à rua Gonçalves Zarco; continue até Rua Vila Franca e chega à Quinta da Conceição.
SOBRE A QUINTA DA CONCEIÇÃO E QUINTA DE SANTIAGO
A Quinta da Conceição e a Quinta de Santiago localizam-se em Leça da Palmeira na envolvente próxima da foz do rio Leça, sobre a margem direita, junto ao Porto de Leixões e nas imediações da EXPONOR. As quintas são contíguas e funcionam como parques de lazer públicos.
A Quinta da Conceição era uma propriedade particular que a Câmara Municipal de Matosinhos adquiriu e transformou em parque público. Localiza-se entre a Rua de Vila Franca e a Avenida Dr. Antunes Guimarães, possuindo entradas nas duas vias. É composta por várias tipologias de espaços, com mata (carvalhal e eucaliptal) e áreas relvadas, áreas contidas por sebes talhadas de buxo, a diferentes cotas, ligada por percursos. Possui diversos elementos decorativos como pórticos, bancos de pedra, estatuetas, colunas, mesa de merendas, um cruzeiro com imagem da Nossa Senhora da Conceição, Capela, tanque de água com desníveis, chafariz e fonte.
A Quinta da Conceição encontra-se separada da Quinta de Santiago pela Avenida Dr. António Macedo. Esta foi mandada construir como casa de veraneio, nos finais do século XIX, e foi adquirida pela Câmara Municipal de Matosinhos em 1968. Aqui funciona o Museu – Centro de Arte de Matosinhos cuja recuperação e adaptação a museu, em 1968, é da autoria do arquitecto Fernando Távora que aqui trabalhou em colaboração com o arquitecto paisagista Ilídio de Araújo.
Património Cultural
“De quinta monástica (Quinta de N. S. da Conceição) converteu-se em aprazível logradouro público. Além de frondosas alamedas, contém uma excelente piscina e dois courts de ténis. Como sinal da sua antiga condição conserva ainda alguns fontenários de granito, bem lavrados, e uma graciosa capela setecentista”. (FCG, 1983) A Quinta da Conceição encontra-se em vias de classificação.
A Quinta de Santiago foi mandada edificar, em 1896, pela família Santiago de Carvalho, proprietária do Paço de S. Cipriano Tabuadelo-Guimarães. A Quinta de Santiago era então designada por “Quinta de Villa Franca” numa alusão ao local onde se encontrava. O autor do projecto, Nicola Bigaglia, veneziano radicado em Portugal desde a década de 1880. A casa adopta um estilo arquitectónico ecléctico e revivalista, ao gosto da época, integrando elementos neo-medievais num tom genérico renascentista que caracterizará as suas obras posteriores.
A variedade de elementos estruturais e decorativos, a sua expressividade e o seu simbolismo fazem desta casa um elemento interessantíssimo de estudo. A sua recuperação e adaptação a museu em 1968 foi dirigida pelo arquitecto Fernando Távora.
Património Natural
Um grande espaço verde, com um bosque frondoso, situado na freguesia de Leça da Palmeira e que bordeja uma das docas do porto de Leixões. A entrada do parque é revelada por uma grande área relvada com a presença de um metrosídero, ou árvore-de-fogo, (Metrosideros excelsa) de porte notável, e de abacateiros (Persea americana). Contíguas a esta área relvada, surgem pequenas áreas contidas por sebes talhadas de buxo (Buxus sempervirens) com pontuações de ulmeiros (Ulmus x hollandica), castanheiro-das-flores-vermelhas (Aesculus x carnea) e ligustro (Ligustrum japonicum). Na mata predominam os carvalhos-alvarinho (Quercus robur), sobreiros (Quercus suber) e eucaliptos (Eucalyptus globulus). Em menor frequência surge uma grande diversidade de espécies vegetais de carácter ornamental, donde se destacam os plátanos (Platanus orientalis var. acerifolia), pitospóros-da-china (Pittosporum tobira), tulipeiros (Liriodendron tulipifera), japoneiras (Camellia japonica), tílias (Tilia tomentosa), freixos (Fraxinus angustifolia), canteiros de rosas (Rosa sp.), bidoeiros (Betula pendula), choupos (Populus nigra), carvalhos (Quercus rubra e Quercus palustris), bordo-negundo (Acer negundo), castanheiros-da-índia (Aesculus hippocastaneum), castanheiros (Castanea sativa), pinheiros-bravos (Pinus pinaster), mimosas e austrálias (Acacia dealbata e Acacia melanoxylon), loureiro (Laurus nobilis), loureiro-cerejeira (Prunus laurocerasus) e abronceiro (Crataegus monogyna), entre muitas outras.
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