Em 2006-08, a Campo Aberto lançou e levou a termo uma campanha, amplamente participada pelo público e por várias entidades, para selecionar 50 Espaços Verdes em Perigo e a Preservar no que então era a Área Metropolitana do Porto, com os nove concelhos Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
Terminada a campanha, pretendia-se publicar um livro com os seus resultados. No entanto, devido a se terem entretanto ausentado do Porto, por motivos profissionais, os dois coordenadores da campanha, Nuno Quental e Mafalda Sousa, a publicação foi sendo protelada devido a não haver quem pudesse assumir a tarefa.
Mais recentemente, a candidatura a um financiamento ao abrigo da Medida Estágio Emprego, no âmbito do Instituto de Emprego e Formação Profissional (ver logotipos, adiante), permite contar agora, ao longo do ano de 2014, com a colaboração da licenciada em geografia Lúcia da Silva Magalhães. Dessa forma, foi possível retomar o trabalho de preparação do livro.
Dado o longo período entretanto decorrido (8 a 6 anos), é de supor que se tenham verificado alterações no estado de alguns dos espaços selecionados que seria oportuno referir no livro, ainda que de forma sumária.
Quer tenha ou não participado na Campanha, pode ajudar nesse trabalho de atualização. Se mora num dos nove concelhos indicados (ou mesmo que more noutro local mas possa e queira visitar algum ou alguns dos espaços), poderá verificar in loco o estado atual de um determinado espaço comparando-o com as informações que pode encontrar no documento que reúne as informações então obtidas sobre os 111 espaços propostos, de que resultaram os 50 selecionados.
Pode também encontrar algumas outras informações genéricas de 2006-08 sobre a campanha em www.campoaberto.pt/?cat=79/
Refere-se aí um portal que compilava uma informação muito mais vasta. Infelizmente esse portal deixou de estar acessível. Vamos aqui colocar gradualmente algumas das principais informações que ele continha para facilitar e apoiar a verificação que queira e possa fazer.
Limitando a sua verificação aos espaços selecionados, o espaço ou espaços a visitar são a escolher entre os seguintes:
Espinho: Gruta da Lomba e Picadela, Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos e Castro de Ovil;
Gondomar: Rio Torto, Rio Sousa, Rio Ferreira, Monte Crasto, Ribeira de Longras, Ribeira de Melres, Futuro Parque da Cidade de Rio Tinto, Terrenos do ex-Sanatório Montalto e Sorte da Lameira;
Maia: Zona verde circundante ao Rio Leça, Quinta dos Cónegos, Rio Leça à Ribeira do Arquinho, Núcleos de moinhos de Alvura, Monte de S. Miguel-o-Anjo;
Matosinhos: Espaço Centoecatorze, Envolvente do largo da Ermida em S. Mamede de Infesta, Zona agrícola em S. Mamede de Infesta;
Porto: Parque Oriental, Quinta da Bouça, Ribeira da Granja, Caminhos do Romântico, Antigos terrenos agrícolas em Aldoar e Nevogilde, Quinta agrícola perto da Prelada, Quinta da Prelada;
Póvoa de Varzim: Campos de Masseira, Monte de S. Félix;
Valongo: Margens do Rio Leça em Alfena, Ribeira de Tabãos, Serras de Santa Justa, Pias e Castiçal;
Vila do Conde: Monte Grande, Cavadas, Reserva Ornitológica do Mindelo, Monte de santo Ovídio, Quinta do Eng.º Carvalho (Pinhal do Menéres);
Vila Nova de Gaia: Quinta dos Ananases, Serra de Negrelos, Cabedelo, Quinta Marques Gomes, Encostas declivosas do rio Douro, Rio Uíma, Dunas de Mira, Margem do rio Douro entre a ponte D. Maria Pia e a Ponte do Freixo, Monte Murado, Quinta do Mosteiro de Pedroso, Monte da Virgem, Quinta do Soeime, Rio Febros.
APOIOS
Este trabalho de tentativa de atualização de informações sobre os espaços selecionados na Campanha de 2006-08 é coordenado por Lúcia da Silva Magalhães – ao abrigo de um estágio, cujo acompanhamento por parte da Campo Aberto tem como responsável José Carlos Marques, presidente da direção, estágio esse que dispõe de apoio financeiro veiculado pelo IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Quinta do Soeime
ID 1615
Há cerca de dois, três anos os novos proprietários da Quinta de Soeime, em Vilar de Andorinho, mandaram abater todas as árvores, algumas centenárias, para plantar quivis. Sem árvores, a fauna caraterística desapareceu na sua maioria. Um verdadeiro atentado à Natureza do Concelho de Gaia.
Quinta dos Condes Paço Vitorino
A Quinta dos Condes Paço de Vitorino fica perto da área em questão, mas não é o local que está representado. É necessário corrigir essa situação
Monte da Virgem
Os Direitos de propriedade não estão corretos. Só uma parte é que pertence à Confraria do Monte da Virgem. O resto pertence a muitos proprietários particulares, aos quais me incluo.
Em anos anteriores foram avistados javalis.
Alguém com responsabilidades na Confraria anda a plantar eucaliptos, uma exótica, quando eu tento a todo o custo retirá-los e substituí-los pelas autóctones.
Pelo que sei, não me parece que a Associação de Proprietários de Vila d’Este tem alguma atividade relacionada com o Monte da Virgem. Para isso, seria importante mencionar também tantas outras coletividades e associações de Vilar de Andorinho, de Oliveira do Douro e de Mafamude, algumas, sim, com eventos no local.
Para a preservação e a gestão da estrutura verde do Monte da Virgem, será necessário a colaboração dos proprietários privados que são aqueles que possuem a maior área. Não é fácil, porque muitos só pensam no dinheiro advindo de vendas da madeira e do terreno e sua urbanização.
Caros Amigos
Verifico que algumas propostas fazem referência ao autor da proposta. Como em tempos – aquando da primeira visita da vossa parte aos territórios selecionados – solicitei que fosse corrigida a autoria desta proposta, a vossa atitude passou por corrigir o que era uma usurpação, mas não mais identificaram os autores desta proposta. A bem da verdade a proposta foi trabalhada no então Clube da Floresta da Escola Secundária de Rio Tinto, o qual era coordenado por mim, e enviada à Câmara Municipal de Gondomar no contexto da discussão do Plano de Pormenor desta área, que depois foi «metido na gaveta». Daí e no sentido de valorizar o trabalho e porque nele acreditávamos, apresentámo-lo à vossa iniciativa, tendo sido selecionado.Também, a imagem onde apresentam os limites da área proposta não inclui, tal como se refere na parte escrita, a área da antiga feira de Rio Tinto ou seja a margem esquerda da ribeira da Castanheira no seu percurso a jusante do caminho de ferro. Aproveito para salientar que a área que a Câmara Municipal de Gondomar resolveu transformar no designado Parque Urbano de Rio Tinto não contempla a totalidade da área por nós proposta.
Gostaria de adquirir o livro entretanto publicado. Ao dispor, envio os meus cumprimentos.
Caro José Carlos Sousa
Muito obrigado pelas suas informações, que iremos tentar incluir proximamente, não no livro que já está impresso, mas no documento, acessível através do nosso e-sítio, que serviu de base à redação do livro (https://www.campoaberto.pt/wp-content/uploads/2016/05/111espacos-TOTAL.pdf). Esperamos assim retificar a omissão que nos assinala.
Para adquirir o livro, pode fazê-lo através de: contacto@campoaberto.pt, que em resposta dará todas as informações, ou nalgumas livrarias do Porto, designadamente na Livraria José Alves, Modo de Ler, Unicepe, Lu, Nunes, Flâneur, FNAC Sta Catarina.
Campo Aberto