NOVO CICLO DE VISITAS DA CAMPO ABERTO
Cidades Fluviais do Noroeste é o novo ciclo de visitas e passeios da Campo Aberto, que abre já no sábado 16 de maio com uma visita às margens do rio Ave em Santo Tirso (de manhã) e uma visita às margens do Cávado em Esposende (de tarde). Veja mais adiante o programa completo. Para melhor usufruir da visita, é aconselhável ler a informação sobre os locais a visitar que inserimos a seguir ao programa-cronograma, mais adiante.
Para esta visita, a Campo Aberto agradece a colaboração e hospitalidade da Câmara Municipal de Santo Tirso e da Câmara Municipal de Esposende.
Por motivos de organização, esta visita está sujeita a dois prazos sucessivos de inscrição. O primeiro prazo decorre até 5 de maio, o segundo de 6 a 12 de maio, terça-feira. Para quem se inscrever dentro do primeiro prazo, o montante da participação nas despesas de cada inscrito é mais reduzido, quer para sócios quer para não sócios: o que é de justiça, já que são os que mais cedo se inscrevem que permitem confirmar em tempo útil a decisão de realizar a visita.
Primeiro prazo: sócios €16,00 Não-sócios: €21,00
Segundo prazo: sócios €19,00 Não-sócios: €25,00
As crianças e jovens até aos 17 anos, acompanhadas de sócios ou de não sócios, pagam sempre e em qualquer caso apenas €16,00. Como esta visita implica a contratação de um autocarro, não é possível atribuir um montante mais baixo a cada ocupante e aplicar a gratuidade que aplicamos em geral às crianças e jovens noutras visitas.
(A Campo Aberto alegra-se com a presença de crianças e jovens nas suas atividades de ar livre. Porém, o adulto acompanhante é responsável por considerar compatível a presença da criança ou do jovem, tendo em conta a idade e respetivo desenvolvimento, a extensão das caminhadas previstas e o seu grau de dificuldade. Nesta atividade, há de manhã uma caminhada com duração de cerca de duas horas, sem dificuldade especial, e de tarde outra caminhada com caraterísticas semelhantes; só aconselhável a crianças e jovens com alguma resistência à fadiga e com gosto pela caminhada, talvez apenas a partir dos 10-11 anos.)
PARA SE INSCREVER
Por favor utilize, sem deixar de preencher qualquer campo, o formulário próprio. Para isso tem primeiro que preparar a digitalização do comprovativo de pagamento a partir de impressão de elementos recebidos do seu banco ou do talão de multibanco. No próprio formulário deve anexar a digitalização.
O preenchimento do formulário é simples. No entanto, se tiver dificuldades persistentes, estamos disponíveis para ajudar, na medida das nossas possibilidades. Contacte-nos através de atividadesca@gmail.com ou 918527653 (se não atender, envie sms).
Em caso de dificuldade pode também enviar por email (também para atividadesca@gmail.com) mas nesse caso é necessário avisar-nos do envio, por essa mesma via. No entanto, agradecemos que, sempre que possível, o comprovativo seja anexado através do formulário.
A introdução do formulário remete para informações que devem ser do conhecimento dos inscritos sobre as nossas condições gerais de participação e sobre envio de participação nas despesas. Não deixe de verificar.
COMO ENVIAR A PARTICIPAÇÃO NAS DESPESAS?
Para evitar erros no envio da participação nas despesas leia atentamente as instruções de pagamento e aplique-as, salvo no que forem incompatíveis com as indicações do formulário que nesse caso prevalecem.
CRONOGRAMA
8:15 Agrupamento junto ao Café Velasquez (Praça Francisco Sá Carneiro, antiga Praça Velasquez)
8:30 Partida para Santo Tirso
9:00 Início da visita a Santo Tirso
9:30 Caminhada junto às margens do Ave com guia conhecedor proporcionado pela Câmara Municipal de Santo Tirso
12:00 Pausa para almoço (a cargo do participante; pode optar por levar farnel, ou por restaurante em Santo Tirso)
13:30 Partida para Esposende
15:00 Caminhada «Do Cávado ao Atlântico» no Parque Natural do Litoral Norte com guia conhecedor proporcionado pela Câmara Municipal de Esposende
17:00 Partida para o Monte de São Lourenço; observação panorâmica; visita do castro.
19:00 Regresso ao Porto
PARQUE URBANO DA RABADA E PASSEIO NAS MARGENS DO AVE
O Parque Urbano da Rabada encontra-se na freguesia de Burgães, a nascente da cidade de Santo Tirso, e desenvolve-se na margem esquerda do Rio Ave. Insere-se numa área de 96 274m2. Está assente numa mata de carvalhos e sobreiros, sobranceira ao rio Ave. É um local muito procurado para o recreio das populações ao longo de todo o ano. No verão, a sombra da mata e a proximidade do rio tornam este espaço particularmente atraente. Neste parque é possível observar-se o desenvolvimento de manchas de floresta natural, em que se incluem os bosquetes dominados por carvalhos (Quercus robur) e sobreiros (Quercus suber).
A área sul possui uma menor densidade de vegetação arbórea, encontrando-se neste local espécies como freixo (Fraxinus angustifolia), plátano (Platanus orientalis var. acerifolia), cerejeira-de-jardim (Prunus avium), pinheiro-bravo (Pinus pinaster), eucalipto (Eucalyptus globulus) e carvalho-americano (Quercus rubra).
Margens do Rio Ave
A estabilização das margens do Rio Ave é uma das medidas em curso. As intervenções levadas a cabo têm por objetivo potenciar as caraterísticas naturais existentes, criando infraestruturas e equipamentos que permitam a fruição do espaço verde enquanto espaço público. Numa primeira fase foram criadas áreas destinadas a estadia, um lago, percursos pedonais, um anfiteatro ao ar livre para espetáculos de música, teatro e festivais. Foi construído um café-bar, área de estacionamento e criadas as infraestruturas necessárias.
Hoje, o Parque Urbano da Rabada assume-se já como um importante polo de dinamização da cidade, atraindo pessoas de todo o concelho e também de outros pontos do Vale do Ave, constituindo um excecional espaço verde de grande dimensão, próximo do centro da cidade de Santo Tirso e que se encontra particularmente orientado para práticas culturais, desportivas, de lazer e descanso. A intervenção mais recente consolidou o Parque Urbano, através da criação de Parques Infantis, áreas de recreio e lazer. Foram feitas obras de adaptação de um edifício preexistente para instalações sanitárias e foi ainda consolidada a galeria ripícola e criadas áreas verdes de enquadramento.
Do rio à cidade, da cidade ao rio
O Parque Urbano de Rabada encontra-se ligado ao centro da cidade através do Percurso das Margens do Ave. Este percurso pedonal e ciclável, com aproximadamente 1400m de extensão, é parte integrante de uma rede mais alargada dentro da cidade e permite aumentar a acessibilidade da população às duas margens do rio. Esta intervenção abrange uma área de 7000m2,tendo sido consolidada e reconstituída a galeria ripícola das margens do Ave, e criadas áreas verdes de enquadramento e estadia. O projeto permitiu também a construção de áreas de estacionamento e instalações de apoio, bem como a colocação de pesqueiros de madeira para a prática de pesca desportiva e recreativa. O sítio é servido pelo percurso pedestre PR 8ST – Quintas e Parques, que passa no Percurso das Margens do Ave, Centro da Cidade, Mosteiro de Santo Tirso e no Parque da Ribeira do Matadouro e liga a outros percursos pedestres.
PARQUE NATURAL DO LITORAL NORTE-ESPOSENDE
Este Parque Natural estende-se ao longo de 16 km da costa litoral norte, entre a foz do rio Neiva e a zona da Apúlia, em área administrada pelo município de Esposende e que abrange parte das freguesias de Antas, Apúlia, Belinho, Esposende, Fão, Gandra, São Bartolomeu do Mar e Marinhas.
A superfície deste Parque Natural é de 8887 ha, sendo 7653 ha de área marinha e os restantes 1237 ha de área terrestre. Está rodeada pelos concelhos de Viana do Castelo e Póvoa do Varzim, nos limites norte e sul, respetivamente. É constituída por praias de mar e de rio (Neiva e Cávado), aos quais se associam recifes, dunas primárias e secundárias (com largura variável entre 50 e 300 m), o cabedelo do rio Cávado, lagunas costeiras, zonas de pinhal, algumas manchas de carvalhal e ainda campos agrícolas junto aos limites norte e sul.
Suave-Mar
Considerada zona de utilidade pública, abarca toda a área de baldio municipal conhecido como Suave-Mar e a sul, desenvolve-se até ao limite administrativo do Concelho, na zona de «masseiras» da Apúlia.
Praticamente todo o Parque se situa abaixo da cota dos 10 m. Apenas uma pequena área a norte, que engloba a aglomeração do lugar da Guilheta, e algumas dunas, a sul, se situam a altitudes que variam entre os 10 e os 20 m. A área marinha é caracterizada pela ocorrência de numerosos baixios (Cavalos de Fão, Pena) e na zona abrangida pelo Parque as profundidades não ultrapassam os 50 m.
Cávado e Neiva
Para além de inúmeras ribeiras que desaguam diretamente no mar, os principais cursos de água que atravessam o Parque são os rios Cávado e Neiva, o primeiro com um estuário de maiores dimensões e ambos com a foz no oceano.
A pequena distância (de 700 m a cerca de 2 Km) do PNLN desenvolve-se a EN13, estabelecendo a ligação de Valença ao Porto, o que permite a circulação na área de fluxos importantes de turistas nacionais e estrangeiros. Na sua proximidade localizam-se aglomerados populacionais mais ou menos importantes, com especial relevo para as povoações da Apúlia, Fão, Esposende, Marinhas, Mar, Belinho e Antas.
Porque foi criado o Parque
A orla costeira marítima nortenha tem vindo a sofrer agressões diversas, que vão desde os loteamentos clandestinos ao «urbanismo» desordenado, passando pela extração descontrolada de areias aunares e pelo sacrifício de ecossistemas de rara importância. Com vista a obstar a esta situação, foi da iniciativa da Assembleia Municipal de Esposende propor a classificação como Área Protegida de toda a costa compreendida entre Apúlia e a foz do Neiva, numa extensão de 18 km.
Estas palavras, extraídas do preâmbulo do Decreto-Lei que criou esta Área Protegida, datam de 1987 e contêm o essencial dos argumentos que conduziram à classificação do litoral de Esposende como Paisagem Protegida e, mais recentemente, à sua reclassificação como Parque Natural. Esta Área Protegida foi criada com o intuito de conservar os seus valores naturais, físicos, estéticos, paisagísticos e culturais.
Conservação do cordão dunar
A razão primeira da classificação – Decreto Regulamentar nº 6/2005, de 21 de julho, incialmente como Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende – e depois como Parque Natural do Litoral Norte prende-se com a conservação do cordão litoral e dos seus elementos naturais físicos, estéticos e paisagísticos.
Note-se que, nesta zona, a preservação do sistema dunar é uma das condições indispensáveis à própria fixação de uma linha de costa atualmente sujeita a forte erosão.
MONTE E CASTRO DE S. LOURENÇO
O Monte de São Lourenço oferece uma panorâmica privilegiada e um miradouro com vista para o Atlântico, de onde se pode observar a orla costeira, a foz do rio Cávado, o Pinhal de Ofir e mesmo os célebres «cavalos de Fão». Nele se situa o importante Castro de São Lourenço, o povoado de maior dimensão entre os sete castros conhecidos no concelho.
O castro tem ocupação humana desde o calcolítico (III milénio A.C.) e tem sido objeto de escavações e estudos arqueológicos desde 1985. Concluiu-se que o castro romanizado era defendido por três muralhas de pedra e terra, com casas construídas por todo o monte, em socalcos. Foi classificado como imóvel de interesse público pelo decreto governamental n.º 1/1986, de 3 de janeiro.
Nos anos 1990, a Câmara de Esposende procedeu a um arranjo urbanístico do Monte, incluindo a reconstrução de cinco casas do povoado castrejo.
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