LIGAÇÃO AO ARTIGO PRINCIPAL: Um jardim uma obra de arte em perigo
UM VIDEO A VER E REALÇAR A BELEZA DE UM JARDIM AMEAÇADO
Colocado em 12-12-2020
Veja e divulgue o vídeo:
• https://youtu.be/TS9RWuWdL0c
Divulgue e assine a petição:
• http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT103532
As associações responsáveis pelo movimento peticionário em defesa do Jardim de Sophia (Praça da Galiza), no Porto, e de 503 sobreiros em Vila Nova de Gaia, promoveram, em colaboração com a Arquiteta Marisa Lavrador, autora desse jardim, e com a produtora Camera with no Name, a produção deste pequeno vídeo que pretende ser ilustrativo do valor e da relevância do Jardim de Sophia e promover a sua preservação.
O vídeo poderá ser visto aqui: https://youtu.be/TS9RWuWdL0c
Está ainda em produção um segundo vídeo, mais aprofundado, que descreve uma visita guiada ao Jardim e à sua história e do qual daremos também conhecimento público logo que esteja concluído.
A petição pública em defesa do jardim de Sophia e de 503 sobreiros em Vila Nova de Gaia conta neste momento com quase 1600 assinaturas. Quase 1600 cidadãos que apelam apenas para o respeito pela deliberação expressa na Declaração de Impacte Ambiental do projeto de construção da Linha Rosa do metro no Porto, declaração essa que tem força jurídica e, como tal, deve ser respeitada.
O alerta sobre a decisão de destruir este jardim foi lançado por quatro associações que atuam na região do Porto:
ACER – Associação Cultural e de Estudos Regionais
Campo Aberto – associação de defesa do ambiente
Clube Unesco da Cidade do Porto
NDMALO-GE Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro-Grupo Ecológico
Para mais informações sobre este jardim e sobre a movimentação para o salvaguardar:
• https://www.campoaberto.pt/2020/10/26/assine-e-divulgue-salvar-o-jardim-de-sophia-e-503-sobreiros-em-gaia/
• https://www.campoaberto.pt/2020/09/17/alerta-aos-cidadaos-tres-jardins-do-porto-e-503-sobreiros-em-gaia-ameacados-de-mutilacao-e-abate/
UM JARDIM UMA OBRA DE ARTE EM PERIGO
PODE AINDA IMPEDIR-SE A SUA DESTRUIÇÃO
Colocado em 9 de novembro de 2020
Assine a petição e contribua para honrar e salvaguardar este jardim, que honra o Porto e de que o Porto deveria orgulhar-se.
Mais abaixo pode ver imagens de vários aspetos do jardim na sua maturidade e pleno exercício e irradiação das suas funções ecológicas e artísticas. E também aqui, alguns anos atrás.
Para conhecer melhor o perigo que o ameaça, veja os antecedentes também aqui.
Para seguir no Instagram: https://instagram.com/ojardimdesophia
Agradecemos a Sofia Bacelar e a Marisa Lavrador a permissão de reproduzir as fotografias de sua autoria nesta página, com exceção da primeira, de Álvaro Manadelo.)
No dia 6 de novembro passado, fez 101 anos que nasceu no Porto uma das figuras da nossa cultura que mais honram a cidade, Sophia de Mello Breyner Andresen. Construído em 1997, o jardim que hoje traz o seu nome, atribuído pela Câmara Municipal do Porto cerca de 20 anos após a construção do jardim, corre o risco de ser destruído inteiramente e substituído por um arremedo de jardim feito sobre os seus escombros, para dar lugar a uma estação de metro. Apresenta-se a destruição como uma inevitabilidade mas cabe a quem a pretende fazer encontrar outra solução, pois a isso está obrigada já que lhe foi comunicado por quem cabe avaliá-lo que o jardim deve ser mantido na sua integridade. Estamos aliás convictos que haveria outras soluções de localização ou outras técnicas de execução para a estação de metro que se pretende fazer ali. Para impedir esse verdadeiro crime contra a beleza, a natureza, a cultura e a arte paisagística, é preciso que a cidade e os seus próceres se deem conta não só da perda artística e ecológica que a destruição representa, como da desonra que decorre de transformar a justa homenagem a Sophia numa devastadora mutilação.
A cidade parece estar a enveredar por uma curiosa forma de homenagear personalidades a quem muito deve. Apesar da maior gravidade do caso presente, não há muito que Rosa Mota viu o seu nome praticamente escondido sob letras garrafais de publicidade comercial. Numa cidade que pretende exibir uma aparência de defensora da cultura, dos seus criadores e de figuras notáveis, estas atitudes, de enigmáticas, estão-se tornando clamorosamente incoerentes e ofensivas do sentido do bom nome daqueles que se julga homenagear.
Faz parte da cultura reconhecer num jardim uma obra artística, e há no Porto vários que o são, e notáveis, do período romântico e seus prolongamentos. É uma manifestação de incultura pensar que grandes artistas de outras artes estão autorizados deontologicamente a destruir um jardim (mesmo que se diga que o vão reconstruir). Um golpe intencional de canivete num quadro de Amadeo ou de Almada seria justamente considerado um ato de vandalismo. E outra coisa não é senão a mera intenção e preparativos práticos de concretização (apesar do parecer da Declaração de Impacte Ambiental – DIA a não permitir, de forma vinculativa, e sem qualquer ambiguidade) do que se pretende fazer ao Jardim de Sophia, obra da Arquiteta Paisagista Marisa Lavrador.
Veja-se o que desse jardim se diz em documento da Agência Portuguesa de Ambiente no processo de avaliação ambiental sobre a linha de metro em que se situará a estação que, a tudo continuar como até aqui, destruirá o jardim. Essa citação pode encontrar-se nos documentos de que são fornecidas ligações no início deste artigo:
[…] obrigatoriedade de o projecto «compatibilizar a conceção da estação da Galiza com a preservação integral do Jardim de Sophia, [destaque nosso] único, de autor e que se apresenta num estádio maduro.» Mais, na DIA afirma-se que o Jardim de Sophia é um jardim «de desenho contemporâneo e único na cidade do Porto, cuja integridade física deve ser mantida».
Acresce que no Porto não se construía um único jardim ou espaço verde público na zona central desde há décadas, e desde então nenhum outro foi aí construído (alguns foram objeto de intervenções geralmente consideradas desastrosas).
Sem querermos exercer crítica sobre a alta forma de arte que é a arquitetura paisagista, o jardim vizinho à Praça da Galiza e a outra homenagem da cidade nesse local – esta à grande poetisa galega Rosalía de Castro –, o Jardim de Sophia, de dimensão moderada (cerca de 5 mil metros quadrados) exprime com felicidade, sem se reduzir a isso, uma inspiração e «citações» do célebre jardim da Fundação Calouste Gubenkian, de autoria de Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, dois dos nomes cimeiros da nossa arquitetura paisagista – essa arte moderna inegável como arte mas que alguns outros artistas de outras artes ainda se recusam a respeitar.
No seu livro Sementes de Esperança, Jane Goodall, bióloga primatologista, uma dos cientistas mais célebres de hoje, escreveu:
«Por que razão quando uma obra prima do homem é destruída chamam a isso vandalismo, mas quando a natureza é destruída chamam a isso progresso?»
E o mesmo se pode dizer quando é destruída uma obra humana que consegue entrelaçar a obra da natureza e a arte dos humanos como neste caso.
UM PERCURSO EM IMAGENS
Os eleitos não são donos mas representantes do povo.
Tomar conta do poder não significa esquecer os valores do povo
que faz a cidade naturalmente expresso por vozes esclarecidas e dedicadas às respectivas especialidades seja a história, a arte, a cultura em geral e a opinião dos munícipes, lato sensu.
Este caso é eloquente da ‘densidade’ cultural, humanística e política dos eleitos municipais.
Ânimo à Campo Aberto!
Eduardo de Oliveira Fernandes
A cidade como a vida não pode estar nas mãos de tecnocratas
a-cultos e a-éticos. A CIDADE DO PORTO tem tido azar com as escolhas das lideranças a-éticas senão ‘vazias’ quando satisfeitas com a fatalidade de que quem sofrerá ‘à la longue’ será sempre o mexilhão.
O nosso papel é o de gritar que ‘o Rei vai nu’ e lutar por medidadas humanas, em termos urbanos e ambientais ‘at large’nas nossa cidades, desde logo, no Porto. E, pela positiva, sugerir outros caminhos de ser útil ao futuro no uso do espaço, na qualidade do espço urbano e da construção de edif´cios e de jardins e outras áreas verdes.
Exigir um caminho novo impõe-se depois de ver crescer meia dúzia de mamarrachos de edifícios na ASPRELA para alojar estudantes. Parecem feitos nos anos 60 na periferia de Lisboa!
Seguindo a peugada da Campo Aberto, haveria que urbanizar de modo a que os prédios pudessem emergir numa orientação e como uma arquitetura que respeitasse a geometria solar e do local atento ao clima do Porto.
A empressa que isntala aparelhos d era condicionadao em micro apartamenetos paar estudantes com janelas voltados a nascente sabe não repeita os ‘pobres’ que compram/arrendam o produto como se laheiam do inetersse da Cidade e do país em assegurar conforto com reduziod uso de energai comercial.
Anão ser assim, abre-se já o caminho ao Hidrogéneo, essa tábua de salvação dos mesmos ‘aventureiros’ habituados a viver à custa da electricidade como outros do futebol cuja, ileteracia leva a que atudo chamem ‘a energia’.
Algumas dessas estrelas um dia dirá que o planemento urbano de forma a usar o clima, como fez o saudoso arquieto Fernando Távora que desenhou um bairro social em Pereiró em blocos de 4 Pisos rodeados de árvores escolhidas para que a sua sombra pudess ter efeito até ao último ( 4º) Piso.
Vão lá ver. Tirem fotografias. E comparem com o ‘bidonville’ chique para estudantes à volta das Escolas do Polo Universitário da ASPRELA.
Durante algum tempo, tendo gabinete no 12 andar de um edifício Universitário, também ele mais pretensioso que prático, impedi que os meus visitantes se dessem conta de que o parque automóvel exclusivo dos estudantes da FEUP pudesse ser visto pela Janela… Nem na Holanda ou na Suíça…
Pois agora, num escasso período de menos de meia dúzia de anos explodiram ‘torres’ com ‘estúdios’ para ‘estudantes’ carregados de equipamentos de ‘ar condicionado’ quando, uma adequada orientação (urbanismo!) e vegetação poderia assegurar condições de sombreamento adequadas. Claro, porventura não tão rentável para os promotores/construtores, venham de Lisboa, do Porto ou da Ibéria…Estes, claro,sem qualquer responsabilidade já que esta seria da cidade…
É muito louvável a intervenção esclarecida consequente e persistente da Campo Aberto. Mas os atentados apontados acima fazem parte da mesma tarefa ciclópica face às responsabilidades irresposnáveis, porque ignaras, que deveriam ser esclarecidas.
As minhas saudações à Campo Aberto!
Eduardo de Oliveira Fernandes
Professor Emérito da UP; Ex Presidnete da ISES – International Solar Energy Agency; Sócio Emèrito da ASHRAE ( Associação Americana do Ar Condicionado); ex.Consultor da Comissão Europeia paara Energia nos Edifícios (20 anos)
o Jardim de Sophia é um apontamento de beleza na cidade a nível de arquitectura paisagística e um espaço acolhedor pelas muitas árvores, arbustos e variados tipos de plantas, reforçado ainda pelos canais de água que no seu conjunto quebram o contacto com o trânsito nevrálgico daquela zona, quer a nível visual, quer sonoro .
É um ponto muito aprazível de passagem pedonal quer para zonas de habitação quer de serviços, que deverá ser preservado pois existem muito poucos espaços de qualidade como este na cidade do Porto e acredito haverá outras soluções que não a destruição da natureza envolvente e desta obra de arte no âmbito da arquitectura paisagística .
Vamos preservar este belo jardim da nossa Cidade.
É parte integrante do nosso burgo,é património.
O jardim da minha vida ! Poesia no bulicio , uma forma de homenagem a beleza do Porto e a uma das maiores poetisas portuenses e nacional. É urgente salvar este jardim evo da Rosalia de Castro na praça da Galiza que bem podia chamar-se Praça da Poesia.
…. Lí agora este artigo sobre o jardim de Sofia
por ter ido pesquisar sobre jardins portugueses e fiquei com curiosidade de saber o que, à data de hoje, o que aconteceu ao lindo jardim … entretanto vou pesquisar mais… espero que a arte não tenha sido agredida…