UMA COP 26 PELA JUSTIÇA CLIMÁTICA?
6 de Novembro às 15:00 na Praça D. João I
Desfile da Praça de D. João I à Praça General Humberto Delgado
Ver também: https://www.campoaberto.pt/2021/10/27/justica-climatica-biodiversidade-transicao-ecologica-mais-que-energetica/
Para te inscreveres no debate referido nessa ligação: atividadesca@gmail.com
O PROBLEMA
Atravessamos um período com múltiplos pontos de rutura, desde o clima e a COVID-19 até ao racismo. Sabemos que estas crises não só se sobrepõem, como partilham a mesma causa.
Apesar de ninguém poder escapar aos impactos destas crises, as pessoas que fizeram menos para as causar são as que mais sofrem. Por todo o mundo, são demasiadas as vezes em que as pessoas mais pobres e as comunidades de cor carregam o peso da crise climática.
A SOLUÇÃO
Exigimos: justiça climática, mudança sistémica, poder às bases.
Tal como a crise climática, o nosso sistema político e económico é obra humana. O que significa que pode ser reconstruído. Precisamos de uma mudança no sistema que comece de baixo para cima. Para resolver estes problemas, temos de resolvê-los todos juntos. A justiça climática reconhece que todas as lutas têm origem no mesmo sistema injusto. Estejamos a lutar por melhores salários, água limpa, pelo controlo sobre os nossos corpos, contra a violência policial, contra uma nova mina, a destruição das florestas em que vivemos, a solução é sempre uma mudança estrutural. Precisamos de ação climática que funcione para toda a gente, não apenas para as pessoas com mais dinheiro nos bolsos.
As soluções de que precisamos já existem e estão em prática, mas falta vontade política aos nossos líderes. Queremos soluções que reduzam as emissões de carbono, mas também criam um mundo mais justo — isto significa ação climática baseada na justiça, redistribuição de recursos e descentralização do poder.
COP 26: PORQUE É IMPORTANTE?
Em novembro, líderes mundiais e especialistas vão encontrar-se em Glasgow, na conferência global sobre o clima, a COP26.
Problemas globais requerem soluções globais. As decisões tomadas na COP26 vão moldar como os governos respondem (ou não) à crise climática. Vão decidir quem é sacrificado, quem escapa e quem lucra. Até agora, os governos fizeram muito pouco, demasiado tarde: são coniventes com as empresas e escondem-se atrás de falsas soluções verdes (greenwashing) que, na realidade, ou não existem, ou não se adequam à escala do problema e, em muitos casos, dependem de mais exploração de pessoas e do planeta.
A COP26 vai acontecer num momento crucial da história. Em todo o mundo e em vários movimentos, levanta-se uma nova vaga de resistência, solidariedade global e organizações de base. Queremos medidas suficientes e obrigatórias, estamos cansados de falsas medidas e falsos compromissos. Não podemos curar um cancro com um penso rápido, muito menos com palmadinhas nas costas como os governos e as multinacionais nos tentam fazer.
Onde quer que estejas no mundo, este é o momento para te juntares à luta pela justiça climática.
Esta ação é organizada por: Campo Aberto – associação de defesa do ambiente, Greve Climática Estudantil do Porto, Extinction Rebellion e Núcleo Antifascista do Porto
Tem o apoio de outras associações e coletivos, incluido a ACER – Associação Cultural e de Estudos Regionais, Clube Unesco da Cidade do Porto e Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro Grupo Ecológico: NDMALO:GE bem como o Movimento por um Jardim Ferroviário na Boavista.
Seguimos a Convocatória internacional de ações mundiais do Dia Pela Justiça Climática.
Mais informação em https://cop26coalition.org/gda/
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