Colocado em 3 de agosto de 2024
Porto, 19 de setembro, quinta-feira, às 18:00, na sede da associação Campo Aberto
Rua Santa Catarina, 951- 3.º andar Letra A
Lisboa, 26 de setembro, quinta-feira, às 18:00, no Forum Grandela, São Domingos de Benfica
Estrada de Benfica, 419 1500-078
ENTRADA LIVRE
Na apresentação, o livro é vendido por €20,00. Pode também ser obtido ou encomendado nalgumas livrarias, por €22,00 (Livraria Inquietação, Cabeceiras de Basto; Livraria Letra Livre e Livraria Sistema Solar, em Lisboa; Unicepe Cooperativa Livreira, Livraria Flâneur e Livraria Térmita, no Porto. Pode ainda ser encomendado via postal ao editor por €22,00 (jcdcm@sapo.pt).
No Porto, apresentam
Sara Moreira, autora de tese de doutoramento sobre «ecologias comunicativas das outras economias», sobre redes de economia solidária e sistemas alimentares solidários, e respetivos processos de «comunalização» (commoning), na Universitat Oberta de Catalunya, num programa doutoral sobre a Sociedade da Informação e do Conhecimento, com acolhimento do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (a aguardar defesa)
Vanessa Marcos: tem estado envolvida na conceção e gestão de projetos em Cooperação para o Desenvolvimento, Educação para o Desenvolvimento e para a Cidadania Global e em Direitos Humanos, promovidos por Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento em Portugal e noutros países. Docente nas Pós-Graduações em Cooperação para o Desenvolvimento promovidas pela Universidade Católica Portuguesa do Porto (onde também é membro da coordenação científica) e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, e docente na Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (UCP Porto).
Em Lisboa, apresentam:
Ana Luísa Janeira: Professora de História e Filosofia da Ciência da Faculdade de Ciências de Lisboa (Aposentada), Consultora na Herdade do Freixo do Meio
Maria José Varandas: Professora e membro do Centro de Filosofia da UL; co-fundadora da Sociedade de Ética Ambiental; autora de publicações na área de ética ambiental
Susana Ribeira: Membro do Círculo Ecofeminismo e Decrescimento da Rede para o Decrescimento. Licenciada em Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, dedica-se ao ativismo e à política ativa, tendo sido candidata em eleições autárquicas e legislativas.
SOBRE O LIVRO
SOBRE A AUTORA
Ver mais:
O Livro
Design gráfico e pré-impressão: Helena Marques (heldesign.pt)
Capa: Helena Marques e Cristóvão Neto
O livro de Carolyn Merchant, A Morte da Natureza: As Mulheres, a Ecologia, e a Revolução Científica, foi publicado em 1980 pela editora americana HarperCollins, em São Francisco (Califórnia, EUA). Quando da sua publicação, o editor, John Shopp, afirmou que o livro estava à frente do seu tempo. Agora em 3ª edição (2020), e a celebrar o quadragésimo aniversário da primeira publicação, inclui um novo Epílogo e um novo Prefácio.
Nos últimos quarenta anos, o livro A Morte da Natureza moldou os campos da História da Ciência, dos Estudos das Mulheres e da História Ambiental, bem como influenciou as ciências sociais, políticas e económicas. Já foi tema de mais de 130 recensões críticas, tópico de grandes simpósios, apresentado em secções especiais de revistas, e também tema de palestras em todo o mundo. Já se encontra traduzido e editado em 9 línguas: japonês, alemão, italiano, sueco, chinês, coreano, francês, espanhol e português. Em 2018, foi publicado um festschrift, After the Death of Nature (Após a Morte da Natureza).
Ao longo dos quarenta anos de vida do livro, três contribuições parecem destacar-se. O livro constituiu uma crítica inicial aos problemas do modernismo e especialmente da ciência mecanicista e da visão do mundo a ela associada, permitindo uma reavaliação do otimismo e progresso do iluminismo. Em segundo lugar, à medida que o ecofeminismo ganhou atenção nos anos 1980 e 1990, o livro passou a ser visto como uma afirmação clássica da relação mulher-natureza.
Por último, o livro apontou o caminho para uma reavaliação da relação ética humana com a natureza, afastando-se das ideias de domínio e aproximando-se de uma nova parceria dinâmica entre as pessoas e o seu meio ambiente. Ao longo dos anos, em inúmeras reuniões e palestras realizadas em vários continentes, os leitores têm vindo a afirmar que A Morte da Natureza afetou as suas vidas e mudou toda a sua forma de pensar.
Website:
https://ourenvironment.berkeley.edu/people/carolyn-merchant
O QUE SE TEM DITO
«Um clássico da história sócio-ambiental-intelectual. A análise de Merchant coloca a perda das restrições morais, que outrora protegeram a natureza, aos pés da «economia de mercado emergente». Anthony Chaney, University of North Texas em Dallas, 2016. Society for U.S. Intellectual History (Sociedade para a História Intelectual dos EUA).
«Aborda de forma crítica e envolvente algumas das questões intelectuais, morais e políticas mais marcantes do nosso tempo». Kevin Armitage, University of Kansas, 2000. H-Ideas (setembro, 2000), H-Ideas, Críticas retrospetivas…de livros publicados durante o século XX que foram considerados como estando entre as contribuições mais importantes para o campo da história intelectual.
«Convida a que reconsideremos a história ocidental a partir de… uma perspetiva ecológica, assim como feminista». William T. Griffith, Boston College, 1980. “Review of Carolyn Merchant’s, The Death of Nature, 1980, Philosophy and Social Criticism, 11, no. 1 (julho 1987): 101-105
E ainda:
Nenhum leitor sairá do confronto com este livro sem ter repensado o que é a ciência, as suas origens históricas e o seu papel no mundo de hoje. Everett Mendelsohn, Universidade de Harvard, EUA
Síntese:
Revolução científica moderna, sujeição das mulheres e pilhagem da natureza
Este é um livro que analisa o nexo entre a revolução científica moderna, a exploração da natureza, a expansão do comércio e da mercantilização, e a sujeição das mulheres.
Desde a sociedade medieval ao Renascimento, até ao Iluminismo e à contemporaneidade, nele se encontra uma discussão aprofundada do permanente debate entre visão orgânica e visão mecanicista da natureza e da vida, entre vitalismo e reducionismo.
Raízes históricas, sociais e ideológicas da crise ambiental e da subalternização das mulheres
Carolyn Merchant contribui com este livro, de modo decisivo, para a compreensão das raízes históricas da crise ambiental bem como das condições sociais e ideológicas da subalternização das mulheres e da rapina sobre a natureza, pondo em ligação épocas passadas com os dilemas que enfrentam as sociedades ultraindustrializadas atuais.
A AUTORA
Carolyn Merchant nasceu em 1936, em Rochester, Nova Iorque, Estados Unidos da América. Tornou-se conhecida nos meios académicos e ativistas internacionais com a publicação deste seu livro, A Morte da Natureza, quer no campo da história e da filosofia da ciência, quer do movimento feminista, quer do movimento ecológico, e no entrecruzamento desses três domínios.
Doutorada em História da Ciência em 1967, e depois de uma carreira brilhante no ensino e no debate filosófico e político, aposentou-se em 2018 e desde então tem lecionado na Escola de Pós-Graduação da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
O seu livro de referência, A Morte da Natureza: As Mulheres, a Ecologia, e a Revolução Científica, deixou marca profunda no domínio da História da Ciência, dos Estudos sobre a Mulher, e da História, Filosofia e Sociologia Ambientais desde a sua publicação em 1980 (edição do 40º aniversário, 2020). O livro foi objeto de mais de 130 recensões, de grandes simpósios e congressos, de debate em revistas e de palestras em todo o mundo, tendo já sido traduzido em nove línguas diferentes: japonês (1985), alemão (1987, 1994, 2020), italiano (1988), sueco (1994), chinês (1999), coreano (2005), espanhol (2020), francês (2020), e em português desde 2021, sendo esta (2024) a primeira edição dessa tradução, que permaneceu inédita quatro anos. A Autora proferiu mais de 360 palestras nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Brasil e Austrália.
Seguiram-se muitas outras obras: Ecological Revolutions; Radical Ecology; Earthcare; Reinventing Eden; American Environmental History; Autonomous Nature; Spare the Birds!; Science and Nature; e The Anthropocene and the Humanities, bem como três livros coletivos por ela organizados e mais de 100 artigos de investigação académica. Um festschrift (publicação de homenagem), After the Death of Nature (Após a Morte da Natureza), e um simpósio em homenagem ao seu trabalho surgiram em 2018.
Ao longo da sua carreira, Carolyn Merchant teve numerosas distinções: premiada pela Fundação Guggenheim; bolseira da Fundação Fulbright, duas vezes distinguida pelo Conselho de Sociedades de Alta Cultura; também duas vezes pelo Centro de Estudos Avançados em Ciências do Comportamento, da Universidade de Stanford; bolseira do Centro Nacional para as Humanidades. É membro do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, e ainda da Associação Americana para o Progresso da Ciência, tendo sido presidente da Sociedade Americana de História Ambiental (ASEH).
OUTRAS OBRAS DE CAROLYN MERCHANT
Para além de mais de cem artigos de investigação de que foi autora única, e de um volume de homenagem (festschrift, After the Death of Nature: Carolyn Merchant and the Future of Human-Nature Relations – Após a Morte da Natureza: Carolyn Merchant e o Futuro das Relações Humanidade-Natureza) por ocasião de um colóquio sobre a sua obra em 2018, para além da organização de diversos volumes coletivos e antologias de artigos e estudos, e da coorganização da Enciclopédia da História Ambiental Mundial (3 tomos, 2004), Carolyn Merchant publicou:
1989, 2010
Ecological Revolutions: Nature, Gender, and Science in New England [Revoluções Ecológicas: Natureza, Género e Ciência na Nova Inglaterra]
1992, 2005, 2007
Radical Ecology: The Search for a Livable World [Ecologia Radical: Em Busca de um Mundo Habitável]
1996
Earthcare: Women and the Environment [O Cuidar da Terra: As Mulheres e o Ambiente]
2003, 2013
Reinventing Eden: The Fate of Nature in Western Culture [Reinventar o Éden: O Destino da Natureza na Cultura Ocidental]
2007
American Environmental History: An Introduction [História Ambiental da América: Introdução]
2015
Autonomous Nature: Problems of Prediction and Control from Ancient Times to the Scientific Revolution [Natureza Autónoma: Problemas de Predição e Controlo desde a Antiguidade à Revolução Científica]
2016
Spare the Birds! George Bird Grinnell and the First Audubon Society [Poupem as Aves! George Bird Grinnell e a Primeira Sociedade Audubon]
2018
Science and Nature: Past, Present and Future [Ciência e Natureza: Passado, Presente e Futuro]
2020
The Anthropocene and the Humanities [O Antropoceno e as Humanidades]
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