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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Terça-feira, 1 de Novembro de 2005
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações
indicadas.
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DESTAQUE: Em Guimarães, com a construção de um caríssimo parque
subterrâneo em frente ao Palácio da Justiça que deixou à superfície
uma praça feia, dissonante, cortada por muros, e no Porto, com a
anunciada descaracterização da Avenida dos Aliados, estamos em
presença do mesmo fenómeno, com o mesmo protagonista: as Câmaras
(por elas próprias ou por interposto Metro) chamam o prestigiado
arquitecto para o exibirem, orgulhosamente, na lapela; e, ofuscadas
pelo prestígio do artista, são incapazes de exigir a modificação de
projectos desastrosos. É certo que não se levantam grandes
protestos, pois, apesar de duvidar da qualidade do que vê, quase
ninguém quer passar por ignorante expondo as suas reservas em
público.
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1. Guimarães: O parque da Mumadona – NÃO FOSSE SIZA O AUTOR DAQUELA
DESFEIADA PRAÇA E JÁ OS CLAMORES TERIAM SURGIDO
por Francisco Teixeira
Se já não chegasse ao parque de estacionamento da Mumadona o ter
sido inaugurado antes de o ser, de continuar em trabalhos até hoje e
de se constituir uma das obras mais caras de sempre de Guimarães
(164 lugares de estacionamento pela módica quantia de dois milhões
de euros, o que dá sensivelmente 2500 por lugar de estacionamento,
para servir, no essencial, os funcionários da Câmara e do
Tribunal!), ainda tem, agora (e para sempre?) a desdita de aparecer
como um dos desenhos mais feios e mais desencontrados de todas as
recuperações que já se fizeram em Guimarães.
Os argumentos para mostrar a fealdade da obra são por de mais
evidentes. Antes de tudo o mais é feia a esfericidade apertada e
opaca dos muros interiores e exteriores da praça, que entravam a sua
visibilidade e transparência, outrora aberta e livre. No entanto, o
mais evidentemente feio de todo o desenho são os próprios muros e o
granito quase polido que os constituiu, segundo uma textura estranha
à envolvente granítica antiga.
Não, claro, que se pudesse evitar o ar novo e deslocado de materiais
novos. De qualquer modo, sempre seria de esperar alguma congruência
entre o que está e o que passa a estar, com particular realce para
as texturas do Palácio da Justiça, da Muralha e dos Paços dos Duques
de Bragança. Pelo contrário, aquilo a que se assiste é a uma opção
por um granito luzidio e suave (que não parece da região),
contrastando com os pisos e as paredes que envolvem e configuram a
praça, fazendo lembrar o pior da arquitectura de “emigrantes”. Claro
que sei que a obra é de Siza Vieira. Mas isso só acentua a má obra e
a falta de cuidado. Siza, obviamente, podia e devia fazer muito
melhor.
O que as obras de grandes artistas têm de mau é este acriticismo
prévio e contínuo, que impede a vigilância e a discussão. Não fosse
Siza o autor daquela desfeiada praça e já os clamores teriam
surgido, se não tivessem, como deviam, surgido antes, quando, quem
sabe, viu a fealdade que ali se instalou.
No entanto, Siza, o nome e a estatura, enevoou o juízo e, agora,
temos o que ali está, dependente da autocrítica impossível, para
poder ser arrasado e recomposto, libertando a praça dos muretes de
minifúndio que abafam o que até ali respirava com leveza e brandura.
Ainda que Távora já tenha morrido, é impossível não tentar imaginar
o que o mestre do Porto e inventor do Centro Histórico de Guimarães
pensaria daqueles brilhos e perfis graníticos, que mais parecem
canteiros de flores. Ele, Távora, que inventou o espírito de
Guimarães, feito de uma dura suavidade granítica, polida pelo tempo
mas não pelo espírito de novidade e encadeamento luminosos, deve
sorrir, com um esgar pesaroso, a olhar para a sua Guimarães.
Mal partiu, logo lhe inventam novos-riquismos que estilhaçam e
impedem o olhar, que atafulham o andar e o passeio. Mal partiu, logo
perderam o juízo.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/minho/o_parque_mumadona.html
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2. Porto: Rui Rio em “blackout”
Em nome de uma “informação livre e independente”, e porque “não
vivemos em democracia se houver censura”, o presidente da Câmara do
Porto, Rui Rio, anunciou, ontem, que vai limitar, durante os
próximos quatro anos, o acesso dos jornalistas a matérias que ele
próprio entender como sendo de “interesse público”. O autarca
ancorou-se na manchete da edição de domingo do JN (“Rio admite
construções no Parque da Cidade”) para decidir impor novas “regras”
no contacto com a Comunicação Social.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/rui_em_blackout.html
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/30102005.html
Parque da Cidade sem construções
O presidente da Câmara do Porto esclareceu ontem que mantém
inalterável a sua intenção de não permitir construções no Parque da
Cidade “para lá de equipamentos que o possam valorizar” e que se
mudar de posição lança “o maior debate público alguma vez feito no
Porto”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=57faf0a827f
992b8d429d2ffe2d349ca
Proprietários com “abertura” para negociar
Os proprietários dos terrenos do Parque da Cidade e de parcelas na
Circunvalação e na Avenida da Boavista estão “abertos” a negociar
soluções com a Câmara do Porto, para que o diferendo judicial não se
resolva através de pesadas indemnizações. “A nossa disponibilidade
para o diálogo é completa, como aliás tem sido desde o início do
processo. O que pretendemos é encontrar uma solução que também
defenda os nossos legítimos interesses”, afirmou, ontem, ao JN,
Carlos Delfim, represententante do consórcio de empresas.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/proprietarios_abertura_para
_negociar.html
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3. Grande Porto: Autocarros da STCP com novos horários
Começa, hoje, mais uma fase da Nova Rede da Sociedade de Transportes
Colectivos do Porto, SA (STCP) . As alterações concentram-se nas 19
linhas que receberam recentemente nova designação (três dígitos), e
que passam a ter horários normalizados (início às 6 horas), maior
frequência e duplo tarifário. Assim, aquelas linhas (200, 201, 207,
300, 301, 302, 303, 400, 401, 500, 501, 600, 601, 701, 702, 703,
705, 800 e 801) vão ter, agora, uma frequência de 10 em 10 minutos
nas horas de ponta (entre as 7.30 e as 10 horas e entre as 17 e as
20 horas) e de 15 em 15 minutos nas horas normais (entre as 6 e as
7.30, entre as 10 e as 17 e entre as 20 e as 21 horas). No entanto,
segundo a empresa, existem duas excepções, em linhas de menor
procura a 501 (Praça da Liberdade/Matosinhos) e a 705 (Hospital de
S. João/Valongo), que terão frequências mais alargadas (de 20 em 20
minutos nas horas de ponta e de 30 em 30 minutos no restante
período).
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/autocarros_stcp_novos_horar
ios.html
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4. Porto: Conta bancária para ajudar o Bolhão
Os comerciantes do Mercado do Bolhão, no Porto, querem
ser “parceiros exclusivos” da Câmara do Porto na reabilitação
daquele espaço e anunciaram, ontem, que vão abrir uma conta bancária
destinada a recolher fundos para o efeito. “Como não temos dinheiro
e queremos ser parceiros exclusivos da autarquia no processo, vamos
tentar recolher fundos através da abertura de uma conta bancária de
solidariedade”, afirmou à Lusa, o presidente da Associação de
Comerciantes do Bolhão, Alcino Sousa.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/conta_bancaria_para_ajudar_
o_bolhao.html
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5. Porto: Escola meteu “baixa”
A Escola Básica 1/ /Jardim-de-Infância das Campinas, no Porto, foi,
ontem de manhã, encerrada pelos pais dos alunos, em protesto contra
a falta de funcionários. Das três auxiliares do estabelecimento,
duas encontram-se doentes desde o início do ano lectivo e uma outra
desde a passada semana. Desde então, quatro pais revezaram-se a
substituí-las. Até ontem.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/grande_porto/escola_meteu_baixa.html
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6. Porto: Sismógrafos da cidade estão desactivados
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=07c77f34bff
bf1e5f6b89a3ebab485b4
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7. Gaia: Parque Biológico atento
O Parque Biológico de Gaia anunciou ontem que decidiu reforçar o
stock de material necessário para fazer face a um eventual
aparecimento da gripe das aves. “Embora esteja tranquilo vou
continuar atento à evolução [mundial] da doença”, afirmou à agência
Lusa o director do Parque, Nuno Oliveira.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=bd90a9d76a6
9e46749a89eec88e9aa4f
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8. Braga: Feira das mil e uma flores para muito pouco freguês
As vendedoras de flores voltaram a assentar arraiais na Praça do
Município, em Braga. É sempre assim em vésperas do Dia de Todos os
Santos, para se cumprir uma velha tradição municipal. Só que desta
vez, a feira começou dois dias antes do feriado. Muita abundância de
flores – para todos os gostos – a contrastar com as queixas, pois
quem vende afirma que o negócio “está mau”. Por costume, faz-se
sempre a 31 de Outubro, mas teve início há dois dias, por ser
domingo. Na “época dos Santos”, é ali que a cidade (re)encontra as
boas flores da época.
https://jn.sapo.pt/2005/11/01/minho/feira_mil_e_flores_para_muito_pouc
o_.html
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9. Valpaços: Produção de castanha cai a pique
A seca que se fez sentir um pouco por todo o País levou a que a
produção de castanha em Carrazedo de Montenegro, no concelho de
Valpaços, tenha caído para metade. Esta quebra poderá ser atenuada
pelo preço do mercado, que poderá atingir, no produtor, 2,5 euros.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=726b9f4a15a
087531308b50ed3b1edcd
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10. Coimbra: Presidente assume ambiente
Carlos Encarnação decidiu chamar a si o pelouro do Ambiente na
Câmara Municipal de Coimbra, uma vez que prevê “particulares
responsabilidades” nesta área. Em causa está, obviamente, o polémico
processo da co-incineração que voltou à ordem do dia.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?
op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=12fcd718c01
fd4c2c8fa51e0f1329d3a
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias, de O Primeiro de Janeiro e de O Comércio do Porto (em
um ou vários dos citados, não necessariamente em todos).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Para mais informações e adesão à Associação Campo Aberto:
campo_aberto@oninet.pt
telefax 229759592
Apartado 5052, 4018-001 Porto
Selecção hoje feita por Paulo Araújo
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