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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Quinta-feira, 16 de Novembro de 2006
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Campanha para preservar burro mirandês
A Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino está a realizar, desde ontem, uma campanha de promoção de saúde direccionada para o bem-estar do burro mirandês, uma raça autóctone em via de extinção. O efectivo asinino existente, está envelhecido e é vítima de doenças nos cascos e na dentição. Por isso, estão no terreno dois veterinários formados em Inglaterra que querem inventariar e tratar as patologias, deslocando-se às aldeias onde haja animais
Com um diagnóstico feito em tempo útil, a esperança média de vidas dos animais pode ser aumentada até 10 anos. A campanha da saúde animal estende-se a toda a zona nordestina.
Em paralelo, esta em curso uma campanha de inseminação artificial com vista a aumentar o efectivo de gado asinino, para assim se poder passar de um panorama de extinção para uma possível recuperação da raça. Após seis anos de trabalho, a associação apenas consegui aumentar o número de nascimentos de cinco para 60 burros, dos quais apenas 30 são fêmeas reprodutoras. O objectivo final é chegar aos 150 nascimentos por ano, para assim se poder conservar este património genético ameaçado.
https://jn.sapo.pt/2006/11/16/norte/campanha_para_preservar_burro_mirand.html
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2. Biodiesel em carros municipais
Os veículos da Câmara Municipal de Baião vão, a curto prazo, moverem-se biodiesel. Este será um dos resultados práticos da instalação de uma fábrica de produção combustível produzido à base da reutilização de resíduos orgânicos, cujos termos foram, agora, acordados por protocolo de cooperação entre a autarquia local e uma empresa da área. Do acordo nascerá, “provavelmente até ao final do ano”, uma fábrica de produção do combustível. O local da unidade industrial, ainda não foi definido, mas admite-se a sua instalação na zona das oficinas municipais.
No protocolo agora estabelecido ficou também acordado entre os outorgantes, que a empresa exploradora, “Quimicalis – Químicos e Petroquímicos, LDA”, irá contratar funcionários “entre os residentes em Baião”.
A médio prazo, “com a eventual” colaboração do Ministério da Agricultura para o fornecimento de sementes e apoio técnico, será implementado um sistema de microprodução de espécies oleaginosas, que pode servir de complemento ao rendimento dos agricultores. As sementes de nabiça são uma das matérias- primas usadas na produção de biodiesel.
O combustível é produzido a partir de óleos vegetais, de gorduras animais, de lixos e das lamas das estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
Possui um grande potencial económico como combustível para veículos automóveis, dado ser mais barato que o gasóleo ou gasolina, além de contribuir para a preservação do meio ambiente.
O biodiesel produzido será depois utilizado nas viaturas da Câmara Municipal, permitindo, assim, reduzir em cerca de 30% os custos com combustíveis. “Poderá significar em poupança de combustíveis anual de 50 mil euros”, esclareceu José Luís Carneiro, presidente da autarquia.
Por outro lado, “esta solução” irá contribuir para a “resolver diversos problemas que têm surgido nas condutas de saneamento resultantes das descargas de óleos”, acrescenta o autarca.
https://jn.sapo.pt/2006/11/16/norte/biodiesel_carros_municipais.html
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3. Portugal deserto em 20 anos
Mais de três dezenas de especialistas na questão da desertificação reúnem-se a partir de hoje no Alentejo para analisar as consequências do fenómeno, que já afecta parte significativa do território nacional e que, em 20 anos, poderá deixar metade do País deserto e seco.
Mais de metade do território nacional corre risco de ficar deserto e seco nos próximos 20 anos, e cerca de um terço já está afectado pela desertificação, alertou o presidente da Liga para a Protecção da Natureza. Eugénio Sequeira disse que as zonas já atingidas, quer ao nível dos solos, quer da população, são o Alentejo, o Interior do Algarve e toda a fronteira com Espanha. O presidente da LPN falava a propósito das III Jornadas Ambientais da Liga, que decorrem entre hoje e domingo no Cine-Teatro Municipal de Castro Verde (Beja), e que deverão abordar o fenómeno da desertificação. “Portugal é um dos países em que a desertificação tem especial relevância e, se nada for feito, nos próximos 20 anos, 66 por cento do território pode ficar deserto e seco”, explicou.
Como causas do cenário que ameaça «ensombrar» mais de metade do território nacional, o especialista aludiu ao agravamento dos efeitos da seca, aos incêndios florestais, ao crescimento urbano indevido em terras com potencial agrícola e à degradação dos solos, em resultado dos “maus usos e da poluição”. No entanto, independentemente do cenário futuro, cerca de um terço do território sofre “uma grave desertificação” actualmente, de que seca, incêndios e despovoamento, na sequência da “concentração excessiva da economia e da população no litoral”, são “expressões evidentes”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=4ee3ef201e6840c5a3239a91850e913f
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4. U.Porto e CCDR/Norte assinam protocolo para a criação de um novo instituto
Sete meses após a apresentação pública é assinada hoje a escritura de constituição do Instituto para o Desenvolvimento do Conhecimento e da Economia do Mar (IDCEM). O novo organismo que irá servir de ponte entre o conhecimento científico e tecnológico com a dimensão empresarial e económica ficará sedeado no Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, na Praça Coronel Pacheco.
O desenvolvimento de tecnologia para aquacultura, a biotecnologia marinha, o lazer e o turismo, as energias renováveis, a construção e reparação naval e a exploração de minérios são algumas das áreas a abordar pelo IDCEM, que também dedicará uma atenção especial às questões ambientais. A área geográfica de acção do IDCEM centrar-se-á essencialmente na região Norte, mas poderá estender-se a nível nacional. “Não é uma coisa apenas local. Será desenvolvida para resolver problemas nas actividades marítimas na região Norte, mas poderá assumir uma dimensão nacional”, explicou.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=f94be86b097f542f46cdadb2e82859ac
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5. Annan instou à acção contra alterações climáticas
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas considerou ontem que as alterações climáticas “não são um assunto de ficção científica”. Kofi Annan falava na sessão de abertura do segmento ministerial da Conferência sobre Alterações Climáticas de Nairobi.
“As alterações climáticas destroçarão colheitas, porão em perigo as populações, destruirão ecossistemas e aumentarão os conflitos pelos recursos. Isto não é ficção científica. São cenários possíveis, baseados em modelos científicos”, sublinhou Annan, vincando que será muito menos custoso reduzir as emissões do que enfrentar as consequências. Especialistas em seguros avisaram que os prejuízos económicos decorrentes das catástrofes naturais poderão chegar a 2,3 biliões de euros em 2040. Ontem Kofi Annan considerou que é necessária mais “coragem política” para lidar com este problema, que afecta todo o mundo.
A Conferência de Nairobi está a discutir as novas formas de intensificar a luta contra as alterações climáticas, debruçando-se sobre o pós-Quioto (a partir de 2012), tema que, em conjunto com o envolvimento dos países em vias de desenvolvimento (Índia, China e Brasil) nos esforços de redução dos gases com efeito de estufa, são prioritários no encontro. Aqueles países ratificaram Quioto, mas não têm objectivo de redução de emissões. Como aconteceu em Montreal (Canadá) no ano passado, a reunião de Nairobi acolherá as negociações da convenção a que aderiram 189 dos 192 estados-membros da ONU, e a segunda reunião das partes do Protocolo de Quioto, ratificado por 156 países.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=324f2a3f169199a3d008634b4738a232
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6. Alterações na Metro só saem do papel em 2007
O novo modelo de gestão da Metro, que o Governo prometeu apresentar depois do Verão, ainda está a ser negociado com a Junta Metropolitana do Porto, actual sócio maioritário, e a nova equipa só deverá ser conhecida no final de Março, com o Executivo a aproveitar o final do mandato dos actuais administradores e a dar prioridade à nova Autoridade Metropolitana de Transportes.
https://jn.sapo.pt/2006/11/16/porto/alteracoes_metro_saemdo_papel_2007.html
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7. Preocupação com obras junto ao S. João
A comissão que luta pelo enterramento da linha de metro junto ao Hospital de S. João, no Porto, está preocupada com as obras de requalificação que vão ser levadas a cabo, em breve, na envolvente daquela unidade de Saúde. Em comunicado, aquela estrutura diz que não é conhecido o “plano global” da empreitada que a Empresa do Metro pretende realizar na Asprela.
https://jn.sapo.pt/2006/11/16/porto/preocupacao_obras_junto_s_joao.html
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8. Transportes: Efeito de estufa
A TAP e a Portugália são as únicas empresas de Transportes listadas no documento «Responsabilidade climática em Portugal: Índice ACGE 2005» da Euronatura que elaboraram inventários de emissões de gases com efeito de estufa. O projecto ACGE, divulgado na sexta-feira, mostrou que o sector, um dos que mais contribui para as emissões poluentes, é um dos mais mal classificados na lista que avalia a resposta das empresas ao desafio das alterações climáticas. Das 58 empresas mais relevantes em termos de emissões que integram o ranking, só a TAP atingiu a lista das 20 mais bem classificadas (17.º lugar), enquanto a Portugália ocupa a 30.ª posição. Nenhuma das empresas está para já incluída no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, pelo que têm de elaborar inventários de emissões, mas o sector está na iminência de ser alvo de um limite.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=81b0f22faec31204d084a6b07f181bbf
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
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Se quiser consultar os boletins atrasados veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.
Para mais informações e adesão à associação Campo Aberto:
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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