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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2007
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Porto: Manutenção de pontes aguarda decisão
Há mais de dois anos que a Empresa do Metro e a Estradas de Portugal
aguardam uma decisão do Governo sobre um possível acordo em relação
à “permuta” de responsabilidades da manutenção das pontes do Infante
e de Luís I, entre o Porto e Gaia. Enquanto se aguarda pela definição
da Administração Central, os peões são quem mais sofre com o estado
das travessias. O tabuleiro inferior da ponte de Luís I, sem obras de
recuperação há muito tempo, é exemplo paradigmático.
A Metro do Porto quer deixar de responder pela manutenção da ponte do
Infante (exclusivamente rodoviária) e assumir, em contrapartida, a
responsabilidade pelos dois tabuleiros da ponte de Luís I. Conforme
explicou fonte da empresa, desde Março de 2003, quando foi concluída
a ponte do Infante, que o assunto tem vindo a ser abordado com a
Estradas de Portugal. Verificou-se, porém, que a palavra final cabe
ao Governo, uma vez que se trata de uma matéria relacionada com o
património e activos de empresas públicas.
Sem resposta do Estado, a Metro continua a suportar os custos com a
manutenção da ponte do Infante e com o tabuleiro superior da ponte de
Luís I, por onde passam as carruagens. A empresa assegura, ainda, a
monitorização de toda a estrutura da centenária travessia, através de
um acordo com a Faculdade de Engenharia do Porto. Um acordo que se
iniciou, aliás, aquando da empreitada de recuperação da travessia,
levada a cabo pela Empresa do Porto.
A introdução do canal da Linha Amarela no tabuleiro superior obrigou
a executar intervenção na ponte e só nessa altura se verificou o
profundo estado de degradação em que estava toda a estrutura da ponte
de Luís I, apesar de estar incluída no conjunto considerado
Património Mundial da Humanidade pela Unesco. De tal forma que o
investimento previsto (seis milhões de euros) teve de ser reforçado
com mais dois milhões de euros. Todo o ferro do tabuleiro superior e
da estrutura de suporte do atravessamento teve de ser substituído.
O tabuleiro inferior (rodoviário e pedonal), que continua sob alçada
da Estradas de Portugal, não teve direito a melhorias substanciais. O
piso continua com problemas e os passeios, demasiado estreitos, põem
em risco a segurança das muitas pessoas que, diariamente, utilizam a
ponte. Como o tabuleiro superior da “Luís I” foi fechada ao trânsito
rodoviário, a Metro do Porto teve de suportar, também, os custos da
construção da alternativa encontrada – a ponte do Infante.
A travessia custou 14 milhões de euros e foi inaugurada em Março de
2003. Da autoria de Adão da Fonseca, tem um prazo de validade de 100
anos. Fonte da Metro admite que os custos actuais com a manutenção,
dado tratar-se de uma ponte recente, são pouco consideráveis. A
empresa não pretende, contudo, manter a responsabilidade sobre uma
ponte que nada tem a ver com a circulação do metro.
https://jn.sapo.pt/2007/02/19/porto/manutencao_pontes_aguarda_decisao_go.html
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2. Um fim-de-semana de olho nas aves
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves vai promover, nos
próximos dias 24 e 25, duas actividades de observação de espécies
avícolas, a ter lugar no Estuário do Sado e no Parque do Tejo. No
próximo sábado, a saída de campo em Esposende tem por base um
trajecto inicial de automóvel, com pequenos percursos a pé ao longo
das margens do Cavado. Sob orientação do especialista Miguel Cardoso,
os interessados em participar nesta aventura, que não pressupõe
conhecimentos específicos na área da Ornitologia, deverão reunir-se,
pelas 9h30, junto ao Forte de São João Baptista, na cidade de
Esposende, estando previsto o fim das actividades, pelas 17 horas, em
Fão. A actividade não tem qualquer custo para os associados da SPEA,
devendo os outros participantes pagar cinco euros. Os participantes
devem munir-se de farnel e usar roupa e calçado prático, um
impermeável, guia de campo sobre aves, binóculos e/ou telescópio e
máquina fotográfica. O transporte de ida e volta e as deslocações
durante o trajecto ficam a cargo dos participantes.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c74d97b01eae257e44aa9d5bade97baf&subsec=&id=25de6181785b34690e155e4f89941904
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3. Sobreiro é espécie dominante
O aumento de 1,8 por cento da área florestal em Portugal, de 3349
para 3412 milhões de hectares ao longo dos últimos 10 anos, de que dá
conta o mais recente Inventário Nacional Florestal, apresentado há
dias pela Direcção-Geral de Recursos Florestais, traduziu-se na
prática num aumento de 3,3 pontos percentuais da área de montado de
sobro, de 712,8 para 736 mil hectares, que vem colocar o sobreiro no
primeiro lugar do «ranking» das espécies florestais no nosso país,
ultrapassando o pinheiro, que era até àquele período, a espécie
dominante em Portugal, mas cuja área de ocupação se terá reduzido em
cerca de 28 por cento, de 976 para 710 mil hectares. O eucalipto foi
também uma das espécies a perder representação em termos nacionais,
caindo 3,7 por cento, de 672 para 646 mil hectares de área ocupada.
Da análise dos dados constantes no mais recente Inventário Nacional
Florestal fica a certeza de que o sobreiro não foi uma espécie
afectada pelos incêndios que consumiram grandes áreas de floresta ao
longo dos últimos anos em Portugal. Ao contrário do que seria
inicialmente de prever, o sobreiro resistiu à voracidade das chamas,
enquanto, por outro lado, o pinheiro e o eucalipto, justamente a
segunda e a terceira espécies mais representadas, sofreram
significativamente com o problema do fogo, que teve como resultado a
diminuição das áreas ocupadas por aquelas espécies florestais.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c74d97b01eae257e44aa9d5bade97baf&subsec=&id=31fe5f7417255d79654ef6369526e8ac
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4. I Encontro Ibérico de Educação Ambiental
Porque muitos professores vêem a Educação Ambiental como uma mera
actividade extracurricular, e parece estar ainda longe a assunção,
por parte da tutela, de que se trata de uma área educativa
prioritária,a Quercus prepara um encontro ibérico sobre aquela
temática.
A primeira edição do Encontro Ibérico de Educação Ambiental, agendada
para os dias 23, 24 e 25 de Março na Escola Superior Agrária de
Coimbra, pretende dar resposta à necessidade de conhecer a actual
realidade do sector em Portugal e em Espanha, em termos locais,
regionais, nacionais e transfronteiriços. Outra intenção da
associação ambientalista passa pela criação e materialização de
projectos de Educação Ambiental que permitam uma valorização contínua
dos professores, para que aqueles profissionais possam assumir de
forma activa e frutífero o papel de transmissores e promotores dos
seus princípios.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c74d97b01eae257e44aa9d5bade97baf&subsec=&id=49e7a2e8ca5cef7105933f32b0500864
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5. Quioto está em derrapagem
No âmbito da partilha de responsabilidades acordada pelos países-
membros da União Europeia, que no seu conjunto se comprometeu a
reduzir em oito pontos percentuais o volume de emissões de gases de
efeito de estufa entre 1990 e 2008-2012, Portugal foi autorizado,
devido ao seu estado de desenvolvimento, a aumentar até 27 por cento
as suas emissões poluentes naquele período. No entanto, tendo por
base os dados do Programa Nacional para as Alterações Climáticas
relativo a 2006, constata-se que há uma derrapagem média anual de 5,8
toneladas de dióxido de carbono, o que significa, de acordo com a
análise que a associação ambientalista Quercus fez do documento, um
volume de emissões seis por cento superior ao permitido. Nessas
circunstâncias, Portugal será obrigado a pôr em marcha medidas
internas extraordinárias, a coberto do Fundo de Carbono entretanto
criado, e com financiamento previsto de 350 milhões de euros, ou de
recorrer aos mecanismos previstos no Protocolo de Quioto de compra de
emissões.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c74d97b01eae257e44aa9d5bade97baf&subsec=&id=fa37f4102df3a763c5310c86ce3b5528
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
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