O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES
UM LIVRO PARA CRIANÇAS E ADULTOS LEREM JUNTOS
Pode descarregar aqui uma entrevista sobre este livro com o coordenador da edição, proveniente do Programa Biosfera.
Circularam já e circulam ainda em português algumas edições deste conto publicado em França em 1953, que se tornou em todo o mundo símbolo e incentivo do gosto de plantar árvores e reconstruir florestas nativas.
Esta nova tradução (de Abílio Santos) e nova edição (a Campo Aberto é o editor) distingue-se das anteriores (que continuam a ser úteis pois têm o fundamental, que é o texto do conto de Jean Giono, o autor) pelas ilustrações a cores em quase todas as páginas, de uma artista várias vezes premiada, Teresa Lima, e por dois textos complementares. O primeiro, o posfácio de Paulo Ventura Araújo, apresenta uma caraterização resumida do coberto arbóreo do território português, detendo-se em especial nos vários tipos de carvalhos caraterísticos do nosso país e atualmente muito pouco presentes na nossa paisagem, eles que outrora cobriam praticamente todo o território que viria a ser o nosso. O segundo, do coordenador da edição (José Carlos Costa Marques, presidente da direção da Campo Aberto), enquadra o livro no contexto criado pelos trágicos grandes incêndios de junho e outubro de 2017 e pela necessidade de refundar de alto a baixo o nosso coberto arbóreo. Esta edição é apoiada pelo Futuro – o projeto das 100 mil árvores.
O AUTOR, JEAN GIONO
Jean Giono passou a sua vida em Manosque, na Provença (França, Baixos Alpes), onde nasceu em 1895 e aí morreu em 1970. Na Provença escreveu toda a sua obra, que comporta numerosos romances em que a natureza ocupa um lugar de destaque. Sempre gostou de árvores. Quando era pequeno, ia passear na companhia de seu pai. Ambos enchiam os bolsos de bolotas que a seguir plantavam na terra com o auxílio de uma vara, na esperança que delas surgissem magníficos carvalhos. Ao contar a história de Elzéard Bouffier e do seu extraordinário feito, Jean Giono desejava «fazer gostar das árvores ou, mais exatamente, fazer gostar de plantar árvores, que é, desde sempre, uma das minhas ideias mais queridas».
As suas origens eram modestas: neto de um refugiado italiano, filho de um sapateiro e de uma lavadeira. Tinha 11 anos quando passou uma temporada hospedado por um pastor das terras altas da Provença, na região de Corbières, e aí se impregnou de todos os odores e sensações de um viver rústico e de uma civilização camponesa que, apesar dos primeiros abalos da industrialização, conservava ainda a atmosfera dos ambientes da grande poesia clássica greco-romana. É então que a obra de Homero lhe é revelada. É então que conhece realidades que encontrará quase inalteradas ao ler Virgílio, cuja presença marca indelevelmente a sua obra.
A ILUSTRADORA, TERESA LIMA
Teresa Lima nasceu em 1962 em Lisboa. Licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. A partir de 1994 começou a dedicar-se à ilustração de livros infanto-juvenis. É professora de Artes Visuais na Escola Vergílio Ferreira em Lisboa, onde vive e trabalha. Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração em 1998, com o livro Alice no País das Maravilhas, e em 2006, com a obra Histórias de Animais, e diversas outras distinções. Ilustrou livros de Lewis Carroll, Alice Vieira, Luísa Ducla Soares, Hans Christian Andersen, Sophia de Mello Breyner Andresen e muitos outros autores.
0 comentários