MEIO SÉCULO EM DEFESA DOS POVOS NO ECOSSISTEMA!
CONTRA O GENOCÍDIO E O ECOCÍDIO
Colocado em 23 de julho de 2019
Meio século!
Eis algo de que não falam os jornais, nem as televisões, nem as redes sociais. Alguém já deu conta de alguma que o referisse?
Em 2019 cumprem-se 50 anos sobre a fundação de Survival International, criada por um grupo de voluntários horrorizados pelo genocídio dos Índios da Amazónia. E essa organização muito contribuiu para impedir o que geralmente se considerava então inevitável: a total aniquilação dos índios do Brasil aí pelo ano 2000. Embora continuem ameaçados (e agora mais, com novas políticas de expoliação acicatadas pelos grandes agrários), o genocídio total felizmente não se efetivou.
Havia também quem negasse a existência de tribos não contactadas. Hoje sabe-se que existem muitas mais do que alguma vez se supôs. E, muito graças a Survival International, tornou-se opinião corrente junto das populações instruídas que os povos tribais não devem ser forçados a integrar-se na chamada «sociedade civilizada», seja onde for.
Nessa «sociedade civilizada» condena-se e fala-se muito do genocídio de judeus e de arménios, por exemplo. E ainda bem. Mas com Survival International, os genocídios em curso de que muito poucos falavam e condenavam — os índios da Amazónia, os bosquímanos no sul da África, algumas tribos das ilhas Andaman, na Índia, entre outros — tornavam-se mais conhecidos e, sobretudo, passaram a ser e ainda são combatidos.
Survival continua a defender os direitos dos povos tribais, os povos que ainda vivem no ecossistema e em paz com ele como aconteceu com todos os povos nos primórdios, o que é também defender a natureza onde eles vivem e afinal toda a humanidade.
A brochura comemorativa dos 50 anos de Survival International pode ser consultada na biblioteca da Campo Aberto, no horário de atendimento ao público ou sob marcação (contacto@campoaberto.pt), horário que estará suspenso durante todo o mês de agosto mas reabrirá a partir do início de setembro.
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