[PNED] 14 Abr/ Pólis Ambíguos
Segunda-feira, 14 de Abril de 2003
(Para qualquer problema com esta lista, seguir por favor as instruções do
rodapé desta mensagem.)
DESTAQUE: Pólis ambíguos
Os Programas Pólis, na sequência aliás da Expo 98, cuja escola seguem,
introduziram entre nós o recurso ao conceito de requalificação ambiental
como justificação para grandes programas de obras que muitas vezes contêm
verdadeiros atentados ao ambiente e à natureza e até ao património histórico
e urbanístico. Em Aveiro parece desenhar-se mais um caso desses. A
preservação dos ecossistemas das salinas da Ria poderá estar dificultada por
mais uma intervenção desse tipo. Na verdade, aos que apenas pensam em termos
de investimento, preservar ou não um ecossistema é coisa que por vezes não
cabe nas suas preocupações da chamada requalificação. Não quer dizer que não
haja intervenções positivas no âmbito dos Polis, do ponto de vista
urbanístico e ambiental. Apenas que o uso do chavão não torna
automaticamente boa ambientalmente uma obra dita de requalificação
ambiental.
Seguem-se o sumário (Publico e JN) e os resumos de notícias de interesse
urbanístico/ambiental publicadas na edição electrónica do JN, em 14 de Abril
de 2003. A selecção é da associação Campo Aberto. Para os textos integrais
consultar as referidas páginas ou a respectiva edição em papel.
PNED = Porto e Noroeste em Debate
Notícias fora deste âmbito geográfico podem a título excepcional ser
incluídas por apresentarem interesse evidente para questões relativas ao
Porto e Noroeste.
SUMÁRIOS
Público Norte Porto
1. Vila Real: Programa Pólis; intervenção em Vila Real só deverá arrancar em
pleno fim do Verão; crescem as dúvidas em relação ao programa; sondagens
arqueológicas na Vila Velha surpreendem
2. Porto: associações do Bairro de S. João de Deus exigem participar no
processo de realojamento
3. Gondomar: CDU critica falta de política de desenvolvimento no concelho; é
a lógica do betão armado que preside à gestão da autarquia
4. Arcos de Valdevez: Boi da Páscoa regressou às ruas; raças barrosã e
galega
JN
1.Porto: STCP quer planear o Euro Mobilidade
2.Porto: A bota azul de Auzelle
3.Porto: Acessos às Antas caóticos em dias de jogos grandes
4.Gondomar: Fábrica de alcatrão perto de habitações
5.Porto: Revolta contra a Câmara Indignação Moradores do Bairro de S. João
de Deus
6.Póvoa de Lanhoso: Arcas contra o betão
7.Arcos de Valdevez: Bois de muita qualidade fazem jus à raça Barrosã
8.Barcelos: Mudar o centro urbano
9.Esposende: Nitratos contaminam água subterrânea até Vila do Conde
10.Figueira da Foz: Providência cautelar contra o aterro junto a Maiorca
11.Aveiro: Quercus contesta pousada nas salinas
12.Ria de Aveiro sem um investimento qualificador há dois anos
RESUMOS
JN
1.Porto: STCP quer planear o Euro Mobilidade
Empresa defende criação de projecto para facilitar acessos aos estádios das
Antas e do Bessa no Euro 2004 Plano deverá envolver todos os responsáveis
pelos transportes
“Assim, vamos fazer má figura no Euro 2004”. Insatisfeito com as actuais
condições para aceder aos estádios das Antas e do Bessa, Joaquim Gomes,
director do Departamento de Operações da Sociedade de Transportes Colectivos
do Porto (STCP), considera urgente elaborar um plano, envolvendo todas as
entidades responsáveis, para fazer face aos problemas de mobilidade que o
campeonato europeu de futebol vai criar.
2. Porto: A bota azul de Auzelle
por Jorge Vilas Jornalista Em matéria de compra de habitação estamos à
frente em todas as tabelas da União Europeia
Até parece que somos um país de ricos. Que navegamos na bonança de uma boa
conjuntura económica e que o milagre da Senhora Thatcher o tão propalado
capitalismo popular teve feliz concretização em Portugal. Por cá, 76% da
população é proprietária da casa que habita, quando a média europeia anda
pelos 61%. Até que enfim, dirá o leitor apressado: saltamos da cauda do
Velho Continente para o pelotão da frente… Puro engano. Esta nossa nossa
performance faz-nos descer no inferno das estatísticas. Muito prosaicamente,
tudo isto quer dizer que não há mercado social de arrendamento em Portugal e
que quem quer casa vai ao…
3.Porto: Acessos às Antas caóticos em dias de jogos grandes
Trânsito Percurso de autocarro desde Sá da Bandeira até ao estádio demorou
quase duas horas no dia em que o F. C. Porto jogou com a Lázio Num dia
normal, dez minutos chegavam
Inês Schreck
Milhares de carros parados, sem escapatória possível. O barulho provocado
pelas buzinas dos condutores torna-se ensurdecedor. O trânsito nas horas de
ponta já é habitual, mas quando há jogos nos estádios das Antas e do Bessa,
o caos toma conta da cidade.
4. Gondomar: Fábrica de alcatrão perto de habitações
Denúncia Vereador comunista foi alertado para duas instalações ilegais no
lugar de Atães, na freguesia de Jovim
Virgínia Alves
Uma fábrica de alcatrão e um estaleiro de materiais de obras viárias deram
origem a duas queixas de um morador de Atães, em Jovim, contra a Câmara de
Gondomar.
5. Porto: Revolta contra a Câmara
indignação Moradores do Bairro de S. João de Deus contestam a política de
realojamentos Querem que associações representativas sejam ouvidas e exigem
resposta em “três dias úteis”
Hugo Silva
Os moradores do Bairro de S. João de Deus estão contra o processo de
realojamento encetado pela Câmara do Porto e ontem demonstraram-no, uma vez
mais, num plenário que encheu a bancada do pavilhão local. A reunião,
convocada pela União Romani, pela Associação “Os Viquingues” e por um grupo
de residentes, acabou por transformar-se numa sessão de protesto contra a
autarquia e o respectivo presidente, Rui Rio.
6. Póvoa de Lanhoso: Arcas contra o betão
impacto Projecto para instalação de central betuminosa pronta está a
incomodar população Plano Director Municipal contempla construção
Berta Carvalho
Alguns moradores do lugar de Arcas, em Rendufinho, na Póvoa de Lanhoso,
estão preocupados com o impacto ambiental e visual que a eventual instalação
de uma central de betão pronto, da empresa URBANOP, possa causar na
proximidade das suas casas. Por isso, estão a fazer circular um
abaixo-assinado para enviar à Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento
do Território Norte.
7. Arcos de Valdevez: Bois de muita qualidade fazem jus à raça Barrosã
desfile Cerca de 30 bovinos de raça mostraram-se pelas ruas principais
daquela pequena vila Talhantes tentam mostrar a potenciais clientes que a
carne que vendem é de qualidade
Pedro Vila-Chã
Não há abstinência que não culmine em opíparos e soculentos manjares
carnais. O ritual indicava o sacrifício do cordeiro, no final da Quaresma.
Nos Arcos de Valdevez, terra de tradições enraizadas que conta com a aldeia
mais antiga do país (Soajo), a adaptação fez-se em função do gado
predominante: os bovinos de raça Barrosã. A chuva benzeu o gado, num domingo
em que a água benta era destinada aos Ramos que afilhados oferecem a
padrinhos.
8. Barcelos: Mudar o centro urbano
por joão albuquerque director geral da associação comercial e industrial de
barcelos Recuperação do centro de Barcelos foi fundamental para que
população gostasse da cidade
Uma parte significativa do desenvolvimento verificado na Europa, nos últimos
20 anos, teve por base o desenvolvimento estruturado de novas dinâmicas em
relação aos centros urbanos. Muitas são as cidades por essa Europa fora que
cresceram com coesão, atraindo investimentos públicos e privados que
permitiram criar polos de atracção.
9. Esposende: Nitratos contaminam água subterrânea até Vila do Conde
estudo Docente da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima desenvolve
trabalho de forma a evitar poluição com origem na actividade agrícola
Sensibilizaçao de lavradores está a resultar
Raquel de Melo
Vários estudos realizados na zona de aquífero livre, entre Esposende e Vi-la
do Conde, referem níveis elevados de nitratos nas águas, pelo que foi
implantado um plano de acção, que visa estudar medidas que procurem
minimizar os impactos da poluição agrícola,avaliando os níveis de
contaminação e impondo algumas restrições aos agricultores.
10. Figueira da Foz: Providência cautelar contra o aterro junto a Maiorca
confronto Comissão diz querer explicações de José Sócrates
Paulo Dâmaso
A Comissão Dinamizadora Anti-Aterro de Maiorca entrega, hoje, no Tribunal da
Figueira da Foz, uma providência cautelar, com a intenção de “travar” os
trabalhos de instalação do aterro de Resíduos Industriais Banais na
localidade. Segundo o presidente da Comissão e da Junta de Freguesia de
Maiorca, José Ligeiro, a decisão teve que ser tomada “pois a empresa
continua a trabalhar” no processo de preparação do local. “Os trabalhos
nunca chegaram a parar”, afirmou o autarca que “não entende a posição da
empresa”.
11. Aveiro: Quercus contesta pousada nas salinas
Polis Ecologistas argumentam que há planos que violam o PDM
José Carlos Maximino*
A Quercus está contra a construção de um porto de abrigo e de uma pousada,
no âmbito do Programa Polis, alegando que vão pôr em perigo uma Zona de
Protecção Especial (ZPE) da ria, classificada ao abrigo da Directiva Aves. O
porto de abrigo e a pousada estão previstos para uma área de salinas,
considerada, pelos ambientalistas, um “santuário” de aves. A Quercus
considera “extremamente importante a manutenção da exploração das salinas de
forma compatível com a conservação da natureza, não sendo assim aceitável,
nem possível, a inserção neste meio de actividades lúdicas e turísticas que
envolvem o movimento de massas com a consequente pressão sobre o
ecossistema”.
12. Ria de Aveiro sem um investimento qualificador há dois anos
Presidente da AMria e da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves denuncia a falta de
investimentos na ria
José Carlos Maximino
JORNAL DE NOTÍCIAS Quando é que a ria vai ter uma gestão autónoma? RIBAU
ESTEVES O modelo que levamos ao Governo, em Setembro, mereceu a
concordância do Ministro das Cidades, Isaltino Morais, mas ainda não tivémos
uma resposta definitiva. Queremos uma entidade com autonomia jurídica e
financeira, do tipo do Instituto de Navegabilidade do Douro, mas
directamente dependente do ministro, que nomearia o director. Esperávamos
uma resposta até meio do ano. Mas, agora, com a remodelação governamental,
espera-nos novo compasso de espera…
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