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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 19 de Maio de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Crónica: A nova religião da saúde
A cruzada higienista da ASAE virou-se agora contra as IPSS. Costuma
(ou costumava, não sei) dizer-se que em tempo de guerra não se limpam
armas. Querer obrigar as cozinhas de algumas das instituições de
solidariedade que, preenchendo o lugar deixado vazio pela
insensibilidade social do Estado, estão hoje na linha da frente da
guerra contra a fome, a ter túneis de congelação e outros rigores
próprios de restaurantes de luxo, forçá-las a destruir géneros
guardados em arcas congeladoras comuns e a deitar fora os alimentos
oferecidos pelas populações, tudo numa altura em que aumenta
exponencialmente em Portugal a legião dos carenciados, já é mais que
falta de senso, é falta de vergonha. Depois da demonização moral dos
fumadores, queimados como hereges na praça pública que são hoje os
media pelo verbo incendiário do director-geral de Saúde, e da
perseguição a rissóis, empadas e colheres de pau, o “calvinismo”
fiscalizador que se instalou na sociedade portuguesa não dá sinais de
desarmar. Já faltou menos para os encapuzados da ASAE começarem a
meter o nariz também nas nossas cozinhas, se não nos nossos quartos e
salas de jantar para verificar se usamos o preservativo ou se
fumamos. E por que não nos nossos lavabos para ver se tomamos banho
todos os dias?
Manuel António Pina
https://jn.sapo.pt/2008/05/19/ultima/a_nova_religiaoda_saude.html
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2. Matosinhos: Estudo vai identificar riscos
Segundo a nova legislação, é obrigatório incluir uma Carta de Risco e
um Plano Prévio de Intervenção de cada tipo de risco existente no
concelho no Plano Municipal de Emergência. Nesse sentido, e por
considerar que “não possui condições internas para a elaboração dessa
carta de risco”, a Câmara de Matosinhos vai encomendar o trabalho ao
departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto, a quem reconhece “a idoneidade e competência técnica adquirida
na elaboração das Cartas de Risco Distritais para o Governo Civil do
Porto”.
O estudo deverá ficar concluído em seis meses e vai custar 30 mil
euros. A proposta para a celebração do protocolo com a faculdade vai
ser apreciada hoje pelo Executivo, em reunião pública. “O objectivo é
completar os elementos em falta no Plano Municipal de Emergência”,
esclareceu Guilherme Pinto, notando que os principais riscos do
concelho já estão identificados, mas serão, agora, avaliados com mais
pormenor.
As questões relacionadas com o armazenamento e a indústria dos
combustíveis, com as grandes artérias rodoviárias que atravessam o
Município, com as cheias do Rio Leça e a proximidade do aeroporto são
os principais riscos identificados, afirma o presidente da Câmara,
certo de que com o trabalho da Faculdade de Letras será possível
prestar um melhor serviço à comunidade.
Além do levantamento das ocorrências no concelho, da sua localização,
identificação dos pontos críticos e elaboração de propostas de
prevenção, o trabalho prevê também a definição de planos de
intervenção, onde estão identificados os equipamentos a proteger em
caso de acidente, como as escolas, hospitais, centros comerciais,
aglomerados populacionais mais densos, praias, entre outros.
https://jn.sapo.pt/2008/05/19/porto/estudo_identificar_riscos_o_concelho.html
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3. Serra da Cabreira repovoada
A Câmara Municipal de Vieira do Minho está a proceder ao repovoamento
da serra da Cabreira. A ideia é muito bem vista junto da comunidade
de caçadores que estão, inclusive, a trabalhar com a autarquia para
transformar aquele espaço de montanha, mais ordenado, mais
fiscalizado e logo mais vigiado. Para além da prevenção mais atenta
de incêndios, a caça desportiva há muito que está associada ao
conceito de turismo cinegético, apresentando-se como um importante
recurso económico e social para as localidades que dispõem das
condições ideais para acolher esta modalidade.
Curiosamente, esta ideia de sustentabilidade vem ao encontro de uma
tese de doutoramento desenvolvida na Universidade do Minho, sobre as
áreas de montanha e que teve a Cabreira como estudo-base e onde são
apontados alguns erros do passado “as áreas montanhosas sofreram
processos de degradação ecológica e um considerável despovoamento,
acompanhada de uma incorrecta utilização de pastagens e de florestas
e, por vezes, de um crescimento não sustentável do turismo”.
O docente universitário aproveita para pedir “um aumento do
investimento na área arborizada” feito de “forma sustentável”,
apostando-se “na qualidade, na eficiência e no valor agregado do
sector”, através da preparação das áreas florestais para a produção
de bens e serviços diversificados, evitando a repetição “de uma
extensa mancha florestal de baixo valor económico” e, por isso,
exposta a um risco de incêndio muito elevado.
https://jn.sapo.pt/2008/05/19/norte/serra_cabreira_repovoada.html
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4. Baixo Vouga um pouco mais limpo
Os campos do Baixo Vouga lagunar, de Canelas até Avanca, estão um
pouco mais limpos depois de uma acção de limpeza, promovida, ontem,
pela Associação de Caçadores e Pescadores de avança (Estarreja) , que
permitiu recolher mais de uma tonelada e meia de toda a espécie de
resíduos, a maior parte plásticos e embalagens de pesticidas, mas,
também, pneus velhos, outras peças e acessórios de automóveis e até
fogões velhos.
A iniciativa, a primeira do género, organizada por um clube de
caçadores, na zona de Aveiro, reuniu cerca de meia centena de
associados, apesar da chuva que caiu, de manhã, na região.
https://jn.sapo.pt/2008/05/19/norte/baixo_vouga_pouco_mais_limpo.html.___
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5. Turismo responsável por efeito de estufa
Os ambientes densamente construídos e a proliferação de aparelhos de
refrigeração nos edifícios e estâncias turísticas estão a contribuir
não só para a formação de microclimas negativos, como também podem
interferir nos processos que induzem as alterações climáticas. O
alerta foi lançado por Andreas Matzarakis, um investigador do
Instituto Meteorológico, da Universidade de Friburgo (Alemanha),
durante a conferência internacional “Cidades e alterações climáticas.
Que futuro?”, na Universidade de Lisboa.
Segundo o especialista alemão, as condições microclimáticas podem
constituir um factor positivo de criação de áreas turísticas, já que
os turistas procuram, essencialmente, climas temperados e quentes.
Todavia, os efeitos negativos dessa carga de visitantes implica
alterações na climatologia urbana e no planeamento regional e urbano.
“Por um lado, o clima e as condições de tempo são os principais
factores promotores do turismo e do recreio ao ar livre,
conjuntamente com a natureza e a paisagem”, explicou Andreas
Matzarakis. “Por outro lado, o turismo afecta o clima e é responsável
por 5% das emissões de gases com efeito de estufa”, acrescentou o
investigador dos fenómenos climáticos.
Andreas Matzarakis justificou ainda que as propriedades físicas e
químicas das áreas urbanas contribuem, de igual forma, para as
alterações climáticas. “O fenómeno melhor conhecido é a ilha ou
arquipélago de calor urbano. No entanto, outros factores como a
poluição do ar e as alterações na ventilação também são importantes”,
admitiu, defendendo que as modificações do clima pela cidade podem
ser contrabalançadas pelo ordenamento do território.
https://jn.sapo.pt/2008/05/19/sociedade_e_vida/turismo_responsavel_efeito_estufa.html
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6. Visita guiada ao Jardim Botânico do Porto
O Jardim Botânico do Porto é um espaço de árvores centenárias mas
também de encontro com memórias de quem ali habitou. É o caso da
escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, que residiu na antiga
Quinta do Campo Alegre, transpondo essa vivência para algumas das
suas obras, como «O Rapaz de Bronze».
O conto infantil foi ontem dramatizado no próprio Jardim Botânico. A
chuva condicionou mas não impediu a actividade.
A ideia de recorrer ao conto de Sophia Mello Breyner para servir de
base a uma visita ao recém requalificado jardim partiu de Alcide
Gonçalves, arquitecta paisagística. Alcide Gonçalves explicou que a
ideia assenta na vontade de promover os jardins que “ainda estejam
preservados e que contam uma história, têm memória”. “A ideia tinha
também surgido por necessidades óbvias da profissão”, disse,
acrescentando que um dos objectivos destas incursões pelos jardins da
cidade é mostrar que “o jardim não é um espaço morto, não server só
para ter relva e jogar à bola”.
Sobre os “jardins ainda preservados” da cidade, Alcide Gonçalves diz
que “o Porto está a qualificar os espaços verdes e há muito para
fazer”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=12290f81b634aaec8ee8e70474c06c22
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
https://groups.yahoo.com/group/pned/
Se quiser consultar os boletins anteriores veja
https://campoaberto.pt/boletimPNED/
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
=============== PNED: Porto e Noroeste em Debate ===============
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