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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Sexta-feira, 27 de Junho de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Parque de Serralves assinalou 20 anos
Os 20 anos do Parque de Serralves assinalam a data em que o Estado português abriu ao público os jardins e terrenos do Casal de Santa Maria ou Quinta de Lordelo, uma propriedade com cerca de 18 hectares. A quinta fora adquirida um ano antes, em 1987, para aí se instalar um museu de arte moderna. O museu, projecto do arquitecto Siza Vieira, veio a ser inaugurado em 1999, mas a Casa de Serralves abriu ao público logo em 1987, passando a acolher exposições de arte contemporânea.
Os jardins que rodeiam a casa e as diversas zonas agrícolas da propriedade foram recuperados, abrindo ao público em 1988, oferecendo à cidade do Porto um parque de dimensões até aí inéditas. Em 1989, a Secretaria de Estado da Cultura promoveu a constituição da Fundação de Serralves, para gerir a propriedade, o acervo artístico entretanto adquirido e a construção do museu. Hoje são parceiros na fundação, além do Estado, através do Ministério da Cultura, a Câmara do Porto e diversas empresas e empresários do Norte do País.
O Parque de Serralves permitiu a criação de uma quinta de recreio, com um programa educativo ambiental, articulado com o programa educativo artístico. O parque, ao longo dos anos, foi sendo palco de instalações fixas de diversos artistas plásticos contemporâneos nacionais e estrangeiros, como Richard Serra, Claes Oldenburg e Coosje Van Bruggen, Ângelo de Sousa, Alberto Carneiro e Francisco Tropa.
Além dos enormes “vestidos” de Katty Xiomara, o programa dos 20 anos de Parque de Serralves, gratuito, contou com actuações do Grupo de Trombones e Quinteto de Metais, Quinteto de Sopros, Quarteto de Cordas, Grupo de Xilofones, o coro infantil da Academia de Música de Espinho e a Fanfare Orquestra da Escola Profissional de Música de Espinho.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c16a5320fa475530d9583c34fd356ef5&subsec=6c8349cc7260ae62e3b1396831a8398f&id=cd586e359230d6f49f49d5fbf54f62ba
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2. Bandeira Azul e Águas do Porto explicam presença de terras
Areal da praia acabou por cair por terra
Passavam poucos minutos desde que a bandeira azul ondulava ao vento, “no” Homem do Leme, quando surgiram criticas sobre o estado do areal, cuja areia terá sido substituída por terra, no decurso das obras.
A denúncia partiu de Domingos Pereira, 39 anos, todos eles vividos nesta zona da Foz. Segundo afirma, no decurso das obras no local, o areal foi severamente danificado, sendo agora constituído, maioritariamente por terra. “Isto não é areia. É terra!”, afirmou, mostrando-nos um balde com terra castanha escura, que rapidamente se tornou lama ao ser molhada.
Uma visita pelo areal deu para constatar que, de facto, são poucas as parcelas de terreno onde a areia ainda subsiste. “Vivo aqui há quase 40 anos e isto nunca esteve neste estado”.
Domingos Pereira diz ter confrontado um dos responsáveis da obra que ainda decorre na zona, questionando-o se iam repor a areia na praia: “Ele, um dos engenheiros da obra, disse-me que não há meios para que o areal seja devidamente reposto”. “Resta-nos isto”, afirma, apontando para a vasta área coberta por um manto marron.
Contactada pelo JANEIRO, A coordenadora do Programa Bandeira Azul, Catarina Gonçalves, afirmou que a qualidade da areia ainda não é um requisito para a classificação de uma praia com a bandeira azul. No entanto, é uma intenção da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) – que decide a classificação – tornar esse critério imperativo para tal distinção, num futuro próximo. “No máximo em 2010 essa norma vai estar em vigor”, assegura Catarina Gonçalves.
Por seu turno, o presidente da Águas do Porto, Poças Martins, explica que “foram já identificados alguns locais, incluindo o referido, em que, após o início da utilização pelos banhistas, é necessário rectificar, o que será efectuado tão rapidamente quanto possível, apesar de estarmos limitados, após o início da época balnear, ao facto de não podermos utilizar máquinas pesadas para fazer movimentações de areias”. Contudo, afirma em correio electrónico enviado ao Janeiro, que “houve, este ano, uma grande renovação dos areais das praias do Porto com areia recolhida junto à água, durante a maré baixa. Desta forma, a qualidade da areia das praias do Porto é, este ano, manifestamente superior à de anos anteriores.”
V.M.
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Problema da areia
A inspecção da areia das praias é efectuada através do projecto «Monitorização da qualidade microbiológica das Areias», de 2001. Segundo Catarina Gonçalves, a Câmara do Porto não aderiu ao projecto. “A areia das praias do Porto não é monitorizada”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=215ebaf7bada9aee52010aaf02fbe5c3
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3. Objectivo manter a bandeira
Até parece que o denso nevoeiro matinal que se abatia na Foz, que nem deixava avistar o mar, se dissipou de propósito. Em poucos minutos o cinzento tornou-se azul, da mesma cor da bandeira, que foi hasteada pela primeira vez numa praia da cidade.
A distinção calhou à Praia do Homem do Leme e as honras de içar a bandeira calharam a Rui Rio: “É certamente um orgulho para um presidente de Câmara, mas acho que, sobretudo, deve ser um orgulho para todos os portuenses”, afirmou.
Antes de alargar esse tipo de certificação às outras três praias da cidade, o autarca frisou que o grande objectivo é mantê-la: “Conquistar uma bandeira azul é demorado, exige muito trabalho. Mas se as coisas se degradarem, ela perde-se num ápice. O grande objectivo político é esse: não perder a bandeira que ganhámos e, no futuro, dar outro passo em frente e conquistar mais uma”.
Rui Rio relembrou o “estado lastimável” da água das praias do Porto no passado – facto que há bem pouco tempo levou à sua interdição – a assumiu o desígnio de alargar a classificação de Bandeira Azul a toda a envolvente da praia.
O autarca destacou ainda a componente social vinculada a esta certificação: “Há maior tendência de utilização das praias do Porto por pessoas que não dispõem de meios financeiros para ir passar férias para longe. Este acto privilegia em particular todos aqueles que passam os verões na cidade”.
Poças Martins, presidente da empresa municipal Águas do Porto (AdP), é um dos obreiros por trás desta certificação. Classifica a “intercepção das águas pluviais poluídas e o seu tratamento na Estação de Tratamento de Àguas Residuais (ETAR) de Sobreiras” como o passo fulcral para atingir este desígnio. “Daqui resultaram excelentes análises da qualidade da água em 2007 e no início de 2008, que permitem ostentar a Bandeira Azul”.
Poças Martins assegurou que estão a ser desenvolvidos todos os esforços para que, no mais curto espaço de tempo, todas as praias do Porto não só tenham bandeira azul, como a mantenham”.
As obras de saneamento e requalificação estão quase concluídas. “Foram feitas em tempo recorde!”, salientou o autarca, reconhecendo que a data pode constituir algum inconveniente para os veraneantes mas ao serem efectuadas nesta altura “ficaram três vezes mais baratas” do que se tivessem iniciado em Abril. “No balanço final, foi preferível assim”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=52303f3f28d95244ec05808c3c52fc80
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho
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